Dá-nos a tua opinião sobre o filme Amanhecer-Parte 1 AQUI.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Eternity - 1º Capítulo


1º Capítulo

Para onde iria? Que caminho tomar? Apenas me deleitava com o som relaxante do oceano a ressoar indefinidamente nos meus ouvidos. Não me podia desleixar em nada. Ergui-me da areia e comecei a caminhar por entre aquele caminho que me era desconhecido. O vento sobrevoava a fina camada de água, empurrando e trazendo de novo cada onda. Preocupava-me o facto de não ter um sítio onde ficar. Cruzei os braços numa tentativa de trazer um pouco mais de calor para o meu corpo. A noite estava calma mas fria de rachar. Ainda não havia chegado o inverno, mas o tempo naquela zona parecera-me instável.
A cada passo que avançava, sentia-me distante. Distante de tudo e de todos. Talvez pelo facto de estar morta e, ao mesmo tempo, viva sob a forma de uma criatura amaldiçoada com algo que não merecia de todo. Contava com o facto de ter um simples repouso, mas tudo se virara contra mim. Eu não merecia nada daquilo. Perdi-me nos meus caminhos antigos e voltara a perder-me nos actuais. Nunca podia levar a cabo as minhas decisões, porque quase não as cumpria. Era o instinto que me perscrutava e me aconselhava em tudo o que fizera até hoje. Mas naquele momento, precisava de algo mais do que um conselho para poder encontrar um abrigo decente.
Continuei sem rumo definido por uma estrada que se encontrava ao pé da praia, o que me parecia um pouco estranho. Podia ter parado para pedir informações, mas quem me iria ajudar? Pressupus que ninguém se daria ao trabalho de o fazer. Apenas senti que devia tomar aquele caminho. Obedeci uma vez mais aos meus instintos e segui-os à risca. Não iria pôr em causa aquilo que a vida me ensinara e o quão cruel fora comigo ao regalar-me com algo que não desejava. Apenas recordava algumas palavras que me foram ditas por Alphonse, um anjo amigo, antes de descer a este mundo:
“Tem cuidado. Sobretudo, com essa cidade para onde vais. Pelo que sei, existem vampiros por lá. E nos lobisomens nem se falam. Toma cuidado restrito e mantém a cabeça quente em todas as situações adversas que te apareçam, Cassandra.” Pois é. Para ele, era muito fácil dizer. Não era ele o encarregado da missão, mas sim eu. Já agora, o meu nome é Cassandra. Mas todos, ou seja alguns, me tratam por Cassie. Não que isso importe para alguma coisa. Mas as condições eram outras, assim como os meus motivos. Desviei pensamentos que pareciam desnecessários naquele momento e centrei a minha visão na estrada.
Ao longe via uma casa. Tinha as luzes acesas, o que significava que estava habitada. Talvez alguém de lá me pudesse ajudar. Pedi ajuda às minhas asas que num instante saíram da sua invisibilidade prematura e me fizeram levantar voo. A cada batida delas contra o vento, acercava-me cada vez mais perto do lugar que tinha visto naquela estrada acidentada e frívola. Já estava suficientemente perto da casa. Descansei um pouco numa árvore ali ao pé, encostando-me a um dos seus ramos. Pelas janelas límpidas e completamente destapadas, podia-se ver tudo o que se passava do lado de fora. Havia apenas uma senhora de idade sentada num sofá, a ler um livro que parecia estar desgastado.
Precisava de ajuda. Era agora ou nunca. Desci calmamente da árvore até que os meus pés tocaram a terra molhada. Deve ter sido regada recentemente, pensei. Então me dirigi até à porta de entrada. Era toda revestida de um branco sublime assim como as paredes do lado de fora da casa, embora as telhas fossem de um castanho-escuro. A princípio estava com medo de que me recusassem o meu pedido, mas ainda assim tinha que tentar. Bati uma vez à porta e nada. Nada se ouvia. Até que vi a maçaneta da porta a abrir-se e a porta a deslizar lentamente até ficar aberta e ver a senhora que avistara do cimo da árvore.
- O que desejas, pequena? – Perguntou ela, com um sorriso nos lábios. Achei estranhas tão boas maneiras comigo, mas apenas sorri de volta. Deveria ser simpática perante semelhante gesto.
- Perdi-me numa praia e precisava de um lugar onde pudesse passar a noite. Será que podia passá-la em sua casa? – Perguntei ainda receosa do que pudesse advir como resposta. - Isto é, se não se importar é claro.
A senhora estendeu as mãos de bom grado e convidou-me a entrar. Agradeci devidamente e avancei passo ante passo para dentro, ouvindo a porta a fechar-se por detrás de mim. Tanta simpatia só por minha causa? O que terei feito para merecer tamanha generosidade da sua parte? Enquanto tentava decifrar aquelas perguntas repetidas na minha cabeça, a senhora mostrava-me uma toalha e uma camisola de pijama.
- Obrigada, gentil senhora. – Disse pegando na toalha e limpando os pés ensopados de água cálida e gelada.
- Por favor, jovem. O meu nome é Christine Howell. – Respondeu num riso descontrolado. – Não preciso de tanta formalidade, pequena.
Aquele momento de felicidade fazia-me recordar os velhos tempos em que a minha anterior vida me fazia feliz. Porém, com aquele acidente, deixara de a ter. Isso e a possibilidade de voltar a sentir-me viva. Mas aquela senhora irradiava alegria, apesar de tudo. Ainda por cima comigo, que era nada mais que uma mera desconhecida a meu ver. De seguida, dissera-me para me vestir e deixar a toalha e as roupas que envergava em cima de um cesto que estava junto à cozinha e que tinha um quarto vazio no andar de cima que podia utilizar. Enquanto ela se retirava para mais uma vez se fechar na sala, que mais parecia um minúsculo espaço, retirei a minha roupa e vesti a camisola oferecida pela senhora Howell. Dava-me até à zona dos joelhos, o que achei que até ficava bem. Fui até à cozinha e deixei a minha roupa dentro do cesto, retirando-me de seguida.
Subi as pequenas escadas de madeira firme até chegar ao andar de cima, vendo alguns quadros a decorar as paredes ásperas. Havia uma casa de banho mesmo ao pé da minúscula escadaria e dois quartos ao lado. Abri a porta do primeiro por que passei e vi um quarto perfeitamente arranjado. Desde janelas com cortinas de seda bege até a uma cama centrada com móveis à frente e de lado da mesma estrutura e textura. Devia ser o quarto da senhora Howell. Então fechei a porta cuidadosamente e avancei para o quarto ao lado. Este sim devia ser aquele que procurava. Entrei e comecei a observar todos os cantos e recantos daquele sítio.
A cama estava completamente encostada à parede. Havia uma pequena janela circular por onde se via o exterior de uma forma diferente das janelas normais. Havia uma mesa-de-cabeceira no extremo canto do quarto com um candeeiro já a desgastar-se, mas lá me consigo safar. Tinha que agradecer tudo o que aquela senhora estava a fazer por mim. Podia-se ver a luz a brilhar de uma forma raríssima e tal visão era uma beleza constante. Deitei-me naquela cama e deixei o meu corpo repousar, assim como as minhas asas que de momento permaneciam escondidas da realidade.
Tinha-as forçado demasiado e precisavam de descanso. Adormeci alguns segundos depois e convidei o sono para entrar no meu corpo. Assim o fizera e assim já repousava depois de uma noite que me parecera rara e cansativa, mas ao mesmo tempo, de generosa felicidade.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

As mestiças 2 - 7º Capítulo

A Jenny continua a narrar!
Espero que gostem!

Capítulo 7

As pessoas passavam distraidamente, sem prestar atenção em nada o que as rodeava, apenas fechadas no seu próprio mundo. Bateram à porta, mas eu nem sequer prestei atenção quem era.
-Olá, Jenny.
Olhei para trás e vejo Embry.
-Embry! – gritei e corri, saltando para cima dele, fazendo-nos cair no chão.
-Olá miúda!
-Embry, OMG! Nem acredito! Como é que vieste?
-Andando – respondeu ele, sorrindo.
Dei uma estalada no seu ombro ao de leve e ele riu-se ainda mais.
-Parvo! Eu queria saber, é se vieste com a Leah ou com a Rachel.
-Nenhuma delas pode, sabes disso.
-Ah, pois – falei já desanimada.
-Mas, hey, temos o fim-de-semana para nos divertir-nos, o que dizes?
-Eu estava a pensar em ir este fim-de-semana a La Push – propus-lhe a minha ideia, mas ele fez uma cara de poucos amigos.
-Duvido muito, miúda. Acho que o teu pai não te vai deixar. Mas talvez no próximo deixe.
-Eu queria ir neste!
-Eu estou aqui! Não sou suficiente para ti? – disse ele na brincadeira.
-Deixa-me pensar: não!
Ele fez beicinho e eu beijei-lhe a bochecha, levantando-me.
-Anda, vamos ver um filme ou qualquer coisa assim do género.
-Então não me queres mostrar Nova Iorque?
-Prefiro ficar em casa com o meu melhor amigo – disse eu, fazendo voz triste.
-Ah, pronto, OK, convenceste-me! E eu a pensar que ia a uma discoteca conhecer alguma rapariga interessante.
-Se a Leah te ouvisse…
-Tu não lhe vais contar – disse ele, como se fosse uma certeza.
-Tenta. Deixas-me sozinha ou qualquer coisa assim do género, e eu farei questão de te ver a sofrer nas mãos da minha tia.
Ele suspirou e depois girou-me no ar.
-Já tinha saudades tuas, miúda. Não estás a imaginar a falta que fazes na matilha.
-Imagino. Também tenho saudades das corridas. Por isso mesmo é que queria ir este fim-de-semana, para correr! Sentir o ar frio e puro de Forks, correr sem limites e estafar-me, de maneira a ficar uma semana inteira no sofá a repousar.
-E eu a pensar que ias ficar mais responsável com a Faculdade. Acho que me enganei – falou ele, dramaticamente.
-Eu ainda nem sequer comecei!
-Oh, eu sei. E então, já viste algum rapaz giro por aqui?
-Embry! – repreendi. – Achas que eu ia mesmo falar contigo sobre isso, para depois contares ao meu pai, ou ao Edward e depois acabarem com a espécie dele? Mas é que nem pensar!
Ele riu-se e depois falou:
-Sim, ou não?
-Honestamente, não. Mas também ainda não estive bem lá dentro. Só fui à secretaria e buscar os livros, nada mais.
-Não há rapaz melhor para ti do que os rapazes de La Push. Já pensaste quantas gerações é que podes conhecer? Tu nunca envelhecerás!
-Não quero pensar nisso! Acho que já estou a ficar com rugas, mesmo sem idade para isso!
Nós rimos e depois falei:
-Anda, vamos ver um filme.
-OK, como queiras, vamos lá ver um filme: terror ou acção?
-E se for romance?
-Para eu vomitar? OK, mas depois tens que pagar a seco esta camisola.
Ri e fomos andando para a sala de cinema.

Porque Dói Tanto - 15º Capítulo


Capítulo 15

- Oh mas aqui está ela…a nossa querida Rubi, tu não fizes-te o que mandámos. – Disse o Caius.
- Eu sei, é que um dos lobos protegeu-a. – Explicou a Rubi.
O meu pai fechou os olhos assim como os lobos a Rachel e os Cullen. Caius caminhou para a Rubi e cravou-lhe os dentes no pescoço.
O Seth que estava ao meu lado puxou-me para si e fez-me fechar os olhos. Só conseguia ouvir os gritos da Rubi já estiraçada no chão.
- É isto que acontece a quem não cumpre a regras. – Disse o Caius.
Como sempre Caius é o mais impiedoso dos Volturi e talvez até o que menos sentimentos tem. Mordi o lábio e fiquei ali a olhar para eles.
Caius lambeu um pouco de sangue que tinha ao canto da boca e virou a atenção para a Rachel e para o Paul.
- Sabes Aro…há aqui uma rapariga que parece apetitosa. – Disse o Caius em direcção á Rachel.
- Pare! – Gritei.
- Eu paro em troca de qualquer coisa… - Caius estava desesperado por sangue.
Suspirei e tentei encontrar uma resposta ou uma troca lógica, aliás bastante lógica em relação á tal troca.
- Você já matou uma inimiga minha, certo? Então uma troca lógica era eu dizer-lhe que o sangue da Rachel sabe muito mal. Na verdade ela droga-se. – Respondi.
Os vampiros não querem sangues já “infectados”, eles preferem sangue limpinho e que não seja amargo mas sim doce e que os possa fortalecer.
- A sério? Bem nesse caso eu preciso de sangue limpo… - Disse ele olhando para mim.
- Não, não vai querer ela come muitas porcarias. – Disse o Seth.
O Caius pensou duas vezes e recuou até ao Aro.
- Caius, não acredito que querias sugar o sangue das meninas. – Disse o Aro ironicamente.
O Aro caminhou para mim e agarrou a minha mão, a sua mão era fria e suave.
- Hum…parece que estás a sofrer por causa da Rubi… - Murmurou o Aro a tentar perceber os meus pensamentos em relação a ela.
- Sim, parece que sim. – Respondi.
Ele inspirou o ar e largou a minha mão afastando-se apara ao pé de Caius.
- Bem, por agora acabámos o nosso trabalho aqui…até breve meus amigos. – Disse Aro.
No fim de aquilo tudo eu o Paul e a Rachel fomos até casa do Jacob para ver como ela estava.
- Obrigada por dizeres que me drogava. – Disse ela.
- Desculpa Rachel mas eu só te estava a proteger, se eu fosse ao Caius ou algum deles eu não queria beber sangue amargo e devias agradecer-me por te ter salvo. – quando entrámos na casa vi o Jacob a olhar para nós sentado no sofá – Jake…
- O que se passou? E o que é que o Collin está a fazer lá fora? – Perguntou.
Inventa qualquer coisa Renesmee…mas algo com que ele acredite! – Pensei para mim.
- Bem… - Comecei.
- Ele… - Começou a Rachel.
- Ele veio ver como estavas. – Disse o Paul.
Sentei-me ao pé do Jacob, abracei-o pela cintura e pousei a minha cabeça no meu ombro quente.
- Não se passou nada querido. – Disse eu docemente.
Jacob
Pus a minha mão sã na cabeça da Renesmee e acariciei-lhe os caracóis sedosos.
- Eu amo-te meu amor. – Confessei. Não é bem confessar eu digo isto quase todos os dias só para ela perceber que a amo de verdade.
- Eu também. – Respondeu abraçada ainda a mim.
- Ah vá lá, vocês até enjoam. – Disse o Paul.
O Paul e a Rachel sentaram-se no sofá ao nosso lado como sempre, passado de uns minutos a Nessie já estava a dormir encostada a mim.
- Ela é mais simpática a dormir do que acordada… - Disse o Paul.
- Eu acho que ela é maravilhosa das duas maneiras. – Respondi dando-lhe um beijo na cabeça.
A Nessie agarrou-se mais a mim e enterrou a cabeça na minha barriga. No dia seguinte acordei e já me consegui mexer andar e talvez até correr.
Abri os olhos e vi a Nessie a sorrir para mim.
- Olá querido. – Disse ela.
- Olá amor. – Respondi bocejando.
- Eu vim tratar de ti, o teu pai foi sair. – Disse a Renesmee.
Sair? O meu pai anda muito esquisito passa a vida fora de casa…

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Eternity - Prólogo


Prólogo

A eternidade que me fora oferecida. Já não sabia dizer se era uma maldição sequer. Mas era um modo de vida diferente daquelas menos peculiares possíveis. Quando atravessava o outro lado, nunca mais regressavam. Isso já me acontecera. Era difícil para mim falar no que me acontecera. O assunto permanecia intocável. Não iria falar daquilo com ninguém. Naquela espécie de pós-vida, recebera um sinal. Tinham-me recrutado para ser um anjo. Não tinha nada a perder, agarrando de seguida aquela oportunidade que me parecia ser única. Pouco tempo depois, haviam-me incumbido uma missão: regressar ao mundo dos vivos. Mesmo não sabendo o que tinha de fazer, fiz como me tinham mandado. Desci dos céus e aterrei suavemente nas areias de uma praia chamada La Push. As minhas asas ficaram invisíveis, aparecendo só quando eu realmente precisava. Entretanto, comecei a olhar para o que restava do anoitecer, enquanto ondas do mar me batiam constantemente na ponta dos pés.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Nova Fanfic: Eternity

Olá meus queridos!
A partir de hoje e todas as segundas, quartas e sextas irei publicar uma nova fanfic do Vítor.
Chama-se Eternity.
Espero que gostem xD


Sinopse:

O que mais me preocupara era o bem-estar dos outros. Mas como poderia dizê-lo se nem o meu próprio garantia? Algo me segurava àquele declive impertinente, não sabendo bem o quê. A percepção fugia-me ao tentar alcançá-la. Por mais que me esforçasse, de nada adiantava. Estava condenada a uma vida isolada de tudo e todos, amaldiçoada pela alma e pela vida que a mim me havia castigado. Procurava respostas para, de alguma forma, completar as perguntas sem relutância que se formavam naquele caminho incerto. Como poderia ser assim? Tudo havia mudado e eu não sabia o que procurar. Apenas se formara uma eternidade, à qual nunca poderia fugir.

Porque Dói Tanto - 14º Capítulo

Olá meus queridos!
Eu nao sei o que aconteceu, mas eu pensava que esta fanfic já tinha sido publicada, mas pelos vistos não.
Obrigada Anne por teres avisado no chat.

Domingo irei postar o 15º capitulo.
Desculpem o atraso.
Comentem a escritora agradece, pois a culpa nao foi dela, foi totalmente minha.



Capítulo 14

Passei a mão pela sua testa quente e sorri.
- Elas estão bem. Mas claro que a Ray vai ter de descansar muito. – Respondi.
O Jacob virou a cabeça para mim.
- E tu? Tu é que interessas. – Disse o Jacob.
- Não…tu é que interessas, cada vez que me tentas defender quase morres… - Murmurei.
O Jacob sorriu e engoliu a seco, a sua mão subiu até á minha cara e acariciou-a. Pousei a minha mão em cima da sua, fechei os olhos e mostrei-lhe todos os nossos momentos juntos.
- Amo-te… - Murmurou.
- Dizes isso muitas vezes…mas eu gosto. – Citei as suas palavras como ele as disse quando íamos ver Romeu e Julieta.
- Convencida. – Murmurou.
O Billy convenceu-me a ir a casa tomar um banho e dormir um pouco.
- Renesmee, eu e a mãe tivemos a pensar e para que possas estar sempre segura vamos tirar-te da escola. Vais estudar em casa como fazíamos na escola ela pode atacar-te e lá não estamos sempre contigo. – Disse o meu pai.
- Ok pai… - Murmurei.
O meu ânimo estava em baixo, apenas tomei banho descansei um pouco e fui com a minha mãe para La Push, ela também queria ver o Jake.
- Olá Bella. – Saudou o Billy.
- Olá. – Disse ela.
- O Jake está a dormir mas podem entrar. – Disse ele sorridente.
Olhei para a minha mãe e ela entrou primeiro.
10 MINUTOS DEPOIS:
Depois entrei eu para ver o Jacob, ele já estava melhor mas mesmo assim o meu coração não estava descansado.
UMA SEMANA DEPOIS:
- Podes ir fazer-me umas waffles amor? – Perguntou o Jacob.
- Claro querido. – Respondi.
Fiz a waffles e levei-lhas, sentei-me ao seu lado e o Paul ligou-me.
- Oi Paul, que se passa? – Perguntei.
“- Se estás com o Jake age normalmente e finge que a Ray quer falar contigo. Bem, os Volturi estão aqui e querem falar contigo entre tanto o teu pai, o Carlisle e o Emmett também estão aqui.” – Disse o Paul.
- Oh, ok. É assim eu vou-me despedir do Jake e depois vou ter com a Ray. – Respondi.
Desliguei o telemóvel e o Jacob olhou para mim com uns olhos triste.
- Prometo que volto rápido. – Murmurei.
Beijei o Jacob e saí de ao pé dele, encontrei o Collin um dos lobos ali á frente da casa dele na forma humana.
Não falo com ele depois do que ele me fez, convencer o Jake de que eu nunca iria gostar dele.
- Vim vigiar o Jacob. – Disse ele.
- Ok, vê-la se pelo menos o fazes bem. – Respondi em direcção á floresta.
O meu coração batia rapidamente como se me fosse sair pela boca, talvez fosse do medo? Dos Volturi eu deixei de ter medo á muito tempo.
O que importava era apenas a segurança do Jacob. Cheguei á floresta e estavam lá quase todos: Emmett, o pai, a mãe, o Carlisle, o Sam em lobo, o Paul em humano com a Rachel atrás dele, o Emmett e o Jasper.
- Renesmee…que pena termos de nos ver nestas circunstâncias. – Disse o Aro.
- Passemos ao que interessa. O que quer? – Perguntou o Paul.
- Saber do meu recém-nascido. – Respondeu o Caius.
Então o recém-nascido é dos Volturi?
- Ah e também queremos saber da Rubi. – Pediu o Aro.
- A Rubi fugiu, não sabemos dela. – Disse o meu pai a olhar fixamente para mim.
Olhei para a Rachel, ela estava completamente a tremer.
- Será que posso levar a Rachel até casa? – Perguntei.
- NÃO! – Caius parecia estar um pouco fora de controlo, os seus olhos estavam muito vermelhos – Não…queremos todos presentes. – Caius parecia estar mais calmo mas os seus olhos vermelhos não transpareciam essa calma…
Engoli a seco e vi a Rubi no meio de uns arbustos na forma humana. O que é que ela quer agora?
Fiz um olhar um pouco assustador para ela mas acho que ela não se assustou nada.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Robert Pattinson no E!


Neste momento, está a dar no canal E!, Extreme Close Up (Plano Aproximado, em Português) com o Robert Pattinson.
Não percam!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

As Mestiças 2 - 6º capítulo


Capítulo 6

Acordei com o sol a fustigar-me a cara. O tempo estava solarengo e dali conseguia avistar a 5ºAvenida, onde passavam táxis e pessoas atarefadas. Aquilo era engraçado, ver as pessoas de fato e gravata, com pasta na mão, a zangarem-se ao telemóvel e a esquivarem-se de encontrões que aconteciam frequentemente.
Bateram à porta e eu pensei em fingir que estava a dormir, mas não valeria a pena sendo que tinha um leitor de mentes e uma vidente em casa.
-Sim? – falei e senti-me com mais energia. Era Selena.
-Bom dia, amiga! – exclamou ela e atirou-se para a minha cama. Quando olhou para a janela comentou: - Uau, isto é tão giro aqui! Em La Push ou em Forks não há este movimento. I love New York!
-Ei, mais calma! – disse, mas juntei-me a ela, a observar a paisagem, deitada na cama ao lado dela. – Mas tens razão: aqui há mais movimento, isso significa, mais diversão!
-Sim, mas não te esqueças que temos que tratar das coisas da escola hoje. Já é quinta-feira e eu não quero perder nem mais um dia. Mal vejo a hora de ver os meus livros.
-Já sabes o que contém a bolsa de estudos? – indaguei e olhei para ela.
-Sim, quer dizer, foi logo das primeiras coisas que eu perguntei. Tem alojamento grátis no campus da universidade, livros grátis e trezentos dólares por mês.
-Tão pouco? – falei e julguei-me ofendida. – Para uma rapariga que tem que cuidar de si, trezentos dólares dá para ir a um cabeleireiro e comprar três peças de roupa numa loja em segunda mão!
-Ei, não sejas assim! – exclamou ela, rindo. – Sou uma universitária, mais respeito.
-A sério? Eu também!
-Oh eu sei, mas eu sou bolsista, tenho mais categoria. Somos uma raça em vias de extinção.
Rimos as duas e fomos para a cozinha. Só o tio Jasper é que lá estava. Olhei para os seus olhos e estavam negros. Num gesto protector, coloquei-me um passo à frente da Sel, não fosse ele descontrolar-se.
-Bom dia, Jasper! – falou Selena indo dar-lhe um beijo. No momento em que ele a abraçou, julguei que ela ia morrer. Acho que até o meu coração saltou.
-Bom dia, Selena – falou ele, sorrindo.
Suspirei, já relaxada e fui buscar torradas para as duas e uma chávena de chá (estamos de dieta).
-O Jacob falou-me do teu comportamento ontem, Jenny.
Enrijeci e fingi que estava mais concentrada em barrar a minha torrada com manteiga magra.
-Queres falar sobre isso?
Percebi o olhar de Sel posto em mim e enfrentei o tio Jasper.
-Não, obrigada, já estou melhor.
-Se quiseres falar…
-Eu sei, eu sei, Jasper! Posso contar contigo – falei e revirei os olhos.
-Então, o que vão fazer hoje? – perguntou ele, desviando os assunto da conversa.
-Vamos buscar os livros da escola e depois vamos dar uma volta por aí. Conhecer museus e isso – respondeu Selena, dando uma dentada na torrada com doce de morango dela.
-Hum, interessante. Eu já fui ontem.
-A sério? – perguntou Selena quase dando um salto da cadeira animada. – Posso ver os livros?
-Eu estou um ano atrás de ti. A não ser que queiras recomeçar o 12º ano.
-Ah, pois – disse ela desanimada. O brilho nos seus olhos já tinha desaparecido. – Mas o Carlisle tem os livros, não tem?
-Ele está a dar aulas de Medicina, Sel – falei eu, sorrindo para ela. – Calma, Sel. Falta pouco para enfiares o nariz nos livros…
Revirei os olhos e depois virei-me para o tio Jasper.
-Onde estão todos?
-Acho que ainda estão todos a dormir. A Alice está no guarda-roupa feminino a ver algumas peças para dar à caridade aqui. E acho que os outros ainda estão a dormir.
-Hum, OK. Selena, queres vir comigo buscar os livros?
-Mas não íamos todos?
-Podemos ir só as duas, eu sei o caminho – respondi. Eu já decorei todos os mapas sobre esta cidade. Uma das melhores coisas que temos: memória fotográfica.
-OK, então – disse ela e eu sorri. Acabámos rapidamente o pequeno-almoço e pegámos as nossas coisas. Despedimo-nos do tio Jasper e saímos de casa. Apanhámos o metro até à NYU (New York University) e quando chegámos lá, ficámos espantadas a olhar para a grandiosidade do campus e da própria universidade. Entrámos, ainda um pouco alucinadas com aquilo, e dirigimo-nos até à secretaria. Selena começou o seu discurso:
-Olá, bom dia, chamo-me Selena Anderson e candidatei-me à pouco tempo a uma bolsa de estudos e ganhei, por isso, vim cá receber os livros e saber onde me vou instalar.
A senhora que tinha uns óculos em meia-lua e vestia-se de forma antiquada, ou seja, toda com padrão axadrezado, olhou para nós as duas e falou:
-Um momento.
Levantou-se e procurou um papel qualquer e sorriu de vitória por o ter encontrado.
-Aqui está, Selena Anderson, dezoito anos, média de dezoito, vai entrar na área de Veterinária – falou a senhora, lendo várias coisas que estavam no papel. Olhou mais no processo e depois entregou o horário à Selena. – Como podes ver, as tuas aulas começam às nove horas, todos os dias da semana, mas tens a quinta-feira livre e o resto são irregularidades. Podes sair e entrar no campus à hora que quiseres, mas os dormitórios e a própria Faculdade fecham à meia-noite. A partir dessa hora, e até às seis e meia da manhã, é proibida a entrada de qualquer pessoa.
Selena acenou e indagou:
-E qual vai ser o meu dormitório?
A senhora voltou a olhar para o papel que tinha o processo escolar dela e respondeu:
-Edifício três, tens um mapa do campus na parte de trás do horário – ela voltou-se para mim e continuou: - E quanto a si, o que deseja?
-Bom dia, o meu nome é Jennifer Black, vim buscar os meus livros e o meu horário.
-Com certeza.
Ela voltou a levantar-se e buscou mais qualquer coisa na montanha de papelada que ali existia. Falo a sério, como é que alguém se consegue organizar no monte daquelas montanhas de papel? Ela regressou com o meu álibi escolar, de aulas particulares em casa, dadas pela minha avó (que tinha o curso de professora) Esme. Não está muito longe da verdade, mas podemos descer uma hierarquia (a minha avó Bella).
-Aqui tens – disse ela, estendendo-me o horário. Fixe! Iria ter a quinta-feira livre como a Selena, só tinha um tempo de manhã e era logo à primeira hora. – Alguma dúvida?
-Não senhora – respondi de maneira educada. Ela olhou para mim, como se quisesse perfurar o meu ser e descobrir o que ia dentro da minha alma. Juro, estava a tentar ser minimamente simpática, sendo que ela nem um sorriso verdadeiro deu.
-Eu tenho – falou Selena. – Quando é que as aulas começam?
-Amanhã é a apresentação das turmas aos professores e segunda-feira as aulas começam. Mais alguma dúvida?
-Sim, os nossos livros, onde os podemos levantar? – inquiriu Sel.
-Saem deste edifício e viram logo à esquerda. Vão andando, até atravessarem dois edifícios. Entram no terceiro.
-OK, muitíssimo obrigada pela informação – falei, na vez da Sel. Dei um breve sorriso à senhora e peguei no braço da Sel tirando-nos daquele sufoco. – Bolas, estava a ver que ela ainda nos batia.
-Estava só a fazer o trabalho dela – defendeu Sel.
-Estás a defendê-la? – perguntei admirada. Não era qualquer pessoa que a Sel defendia, era preciso ter-se uma relação muito próxima para ela defender alguém, mas quando o fazia, realizava-o tão bem, que mantinha essa pessoa maldosa calada durante semanas a fio.
-Claro que não! – ripostou ela, ofendida com a minha pergunta. – Só estou a pensar: quantas vezes é que ela terá de repetir aquilo, diariamente, e sinceramente, se tivesse que fazer o trabalho dela, também ficaria assim.
-O quê? Parada no tempo?
Virámos à esquerda e atravessámos os primeiros dois edifícios rapidamente.
-Claro que não! Eu nunca hei-de parar! Nem morta! Hei-de revolver-me no caixão e dizer que ainda não era a minha hora, então, todos vão desmaiar e eu irei desfazer-me em lágrimas, e então sim, será o meu fim!
Gargalhei e entrámos no terceiro edifício. Estava lá muita gente, e pelo que percebi, também era o posto de primeiros socorros.
-Está imensa fila – observou ela. – Queres ir comer um gelado?
-Não, estou de dieta – respondi e vi ela deitar-me um olhar de “não estás nada gorda, para quê a dieta?” – Nem vale a pena tentares contradizer-me.
-Eu nem sequer disse nada!
-Mas ias dizer!
-Ei, desculpem, este é o edifício onde vamos buscar os livros, certo? – perguntou um rapaz alto, de cabelo loiro e olhos azuis.
-Sim, é – respondeu Selena. Eu olhei para ela, espantada. Normalmente, ela raramente falava com estranhos, muito menos para dar indicações, mas naquele caso, ela até estava sorridente.
-OK, obrigado.
Ele ficou atrás de nós e eu falei baixinho para ela:
-Falamos mais tarde.
Ela apenas cruzou os ombros. Ficámos na fila mais vinte minutos e depois foi a nossa vez. Dei a vez à Selena, que quando pegou nos livros sorriu de orelha a orelha. Eu tentei não gargalhar, mas acabei por me engasgar. Dei o papel ao senhor, que tinha um sorriso afável, e depois ele entregou-me os livros dizendo:
-Um bom ano!
-Obrigada! – agradeci e saí da fila com Sel.
Voltámos para casa calmamente, rindo de coisas disparatadas que víamos, como por exemplo, uma rapariga com uns calções super curtos, com botas que ultrapassavam os joelhos, e mais algumas barbaridades.
Abri a porta, e fui encostada à parede. Eu nem sequer me tinha apercebido de nenhum movimento.
-Tens a noção do quão preocupado fiquei com a Selena? Pensei que lhe tivesse acontecido alguma coisa! – gritou Taylor, apertando-me os braços e empurrando-os com excessiva força contra a parede.
-Taylor! – repreendeu Selena.
O avô Ed e a minha mãe estavam ali, a tentar tirá-lo de cima de mim. Quando conseguiram, a tia Sophie apareceu e disse aos gritos:
-Isto passou dos limites. Para o quarto, já!
-Mas mãe…
-Já! Acabou-se a conversa, Taylor Clearwater!
O tio Ed foi atrás dele, seguindo cada movimento dele e a minha mãe e a Sel ficaram a olhar para mim completamente chocadas.
-Não é nada que me surpreenda. Vou para o quarto – informei e fui mesmo para o meu quarto. Sentei-me na cama, ouvindo música, tentando abstrair-me dos gritos que vinham do quarto da tia Sophie. Eu nunca a tinha visto tão fora dos limites dela, normalmente, até é a pessoa mais pacífica da família, mas pelos vistos, ela também sabe deixar aquele lado doce dela e ser uma perfeita loba.

P.S. eu te amo 54º Cap.

POV Lizzy


Eu e Maia ficamos abraçadas por um bom tempo. Ela estava se sentindo sozinha e nestas duas semanas praticamente havia bloqueado suas emoções e fraquezas humanas por medo de ser repreendida por Renata e Damon.
Assim como seus irmãos Maia havia mudado muito sua aparência era de uma criança entre três e quatro anos. Surpreendeu-me o fato de Aro não ter se atentado para esse fato, resolvi perguntar a Maia.
- Maia alguém percebeu o quanto você cresceu de maneira acelerada?
- Renata e Nahuel. Renata chegou a me levar até Aro mais como aparentemente eu não tenho nenhum poder interessante, pelo menos foi isso que eu entendi. Maia deu de ombros.
- E você tem sentido alguma coisa por causa do seu crescimento acelerado?
- Eu não sei se é por causa do meu crescimento Lizzy, mais minha cabeça doe muito. Eu posso ouvir os pensamentos das pessoas e me comunicar por meio do pensamento mais aqui não usei meu poder. Não quero que eles descubram, não quero ficar neste lugar! Mais falou entre lágrimas. Tenho usado meu escudo para me proteger.
Então essa era a razão pela qual Aro não havia conseguido ver o poder de Maia e nem seus pensamentos. Como ele poderia ser tão terrivelmente tolo a este ponto. Deveria ter imaginado que a neta de Bella pudesse ter o mesmo escudo.
Coloquei Maia sentada na cama e reparei que ela tinha olheiras profundas e parecia bem cansada, me lembrei de que tinha uma surpresa que iria lhe deixar feliz.
- Maia alguém te mandou um presente!
Seus olhos brilharam de empolgação.
- Então eles não se esqueceram de mim e da mamãe? Papai virá nos buscar? E o Seth e todo mundo da minha família até meus irmãos?
- Certamente na hora certa eles virão de buscar não se preocupe com isso. E é claro que ninguém se esqueceu de você ou de sua mãe todos amam vocês.

Peguei no bolso o presente que Seth havia mandando por mim. Era uma miniatura de lobo que o próprio Seth havia feito nos momentos felizes quando Maia ainda estava em casa ele iria entregar mais não teve tempo e junto havia um bilhete.
- O Meu Seth não me esqueceu Lizzy.
- Não meu anjo e ele sente muito sua falta.
- Eu também. Sabe quando minha cabeça dói muito eu me fecho em meu próprio escudo e deixo minha mente passear pelas lembranças felizes de quando estava perto do Meu Seth e a dor vai passando devagar.
Essa coisa do imprinting era tão absurdamente linda, alguém poder amar de maneira tão grande e incondicional. Maia amava o Seth era nítido o carinho com que ela falava do seu nome e o quanto o desejava por perto.
- Quer que eu leia o bilhete para você?
- Não precisa eu já aprendi a ler sozinha, sabe nessas duas semanas em que estou aqui sozinha. Posso ler em voz alta?
- Se você prefere. Sentei-me ao seu lado e passei o meu braço por seu ombro trazendo ela para mais perto de mim.
Olá Maia,
Espero que você esteja realmente bem... Sinto sua falta... Me desculpe por não ter sido bom o suficiente para proteger a você e sua mãe, queria ter feito algo!!! Espero que você possa me desculpar!!!
Prometo que quando menos esperar estarei indo te buscar!!!
Gostou do lobinho que te mandei? Acho que assim você poderá me sentir mais perto de você e saiba que eu jamais te esqueci, espero que você sempre se lembre do seu melhor amigo!!!!
Com Amor
Seth
- E lindo Maia o bilhete que seu amigo te mandou.
- Sim, mais veja ele estava chorando quando escreveu.
- Como você sabe?
- Ah! Olha só a tinta está manchada e a marca da lágrima dele está aqui perto da minha!
-Não fique assim dará tudo certo mais rápido do que você possa imaginar.
POV Nessie Black
Falei com Aro e ele havia me permitido caçar nas proximidades de Volterra desde que Stephan e Nahuel pudessem me acompanhar. Não discordei, pois era com Nahuel mesmo que preferia estar.
Resolvi antes passar no quarto da menina que havia vindo comigo, ver como ela estava e levá-la para caçar comigo. Quando abri a porta uma pessoa estranhamente familiar apareceu.
- Olá Nessie.
- Você me conhece?
- Sim. Mais posso lhe ajudar em alguma coisa?
Dois olhinhos brilhavam por trás da moça. Eu me abaixei e ela sorriu de maneira afetuosa, havia amor sim muito amor por trás daquele sorriso.
- Você é a Maia que veio comigo para cá?
- Sim sou eu m... Ela se interrompeu enquanto as lágrimas caiam.
- Você cresceu muito.
- É acho que sim.
- Eu vim aqui para convidar você para caçar comigo você gostaria de ir?
- Podemos Lizzy ir com a Nessie. Outra vez o mesmo amor presente em palavras.
- Claro vamos você precisa se alimentar.
Fomos a um bosque que ficava próximo. Beber o sangue de animais me deixou feliz e satisfeita.
Lizzy estava sentada conversando com Stephan e Maia sentada em seu colo brincava com algo em suas mãos que me chamou a atenção. Desviei o olhar, mais algo me atraia, me puxava.

- Que foi Nessie está tudo bem? Nahuel perguntou
- Sim. O que e aquilo na mão da Maia.
- É um lobinho que o melhor amigo lhe deu.
- Estranho aquele lobo me faz querer lembrar algo ou alguém.
- Logo você saberá o que significa. Agora acho melhor voltarmos ou Aro poderá ficar preocupa e resolver vir atrás de nós.
- Sim vamos mais antes que quero te agradecer Nahuel por tudo que tem feito por mim, você é um bom amigo. Sabe eu não confio naqueles vampiros somente em você.
Nahuel suspirou pesadamente e depois voltamos todos. Quando já estava entrando em meu quarto, Lizzy me chamou e me entregou um saquinho.
- Isso lhe pertence Nessie.
Quando pensei em responder ela já havia sumido com Maia. Entrei no quarto e me sentei na cama. Abri o saquinho e virei foi quando caiu um colar e uma aliança.
Havia um lobo no colar ele era avermelhado e na parte de trás havia uma frase “Sempre Serei Teu”. O que significava esse lobo e essa frase. Peguei a aliança e quando olhei dentro havia um nome Jacob Black.
Minha cabeça doía no mesmo momento em que meu coração disparava dentro do peito.
Mergulhei em uma escuridão sem fim, não sentia nada a minha volta. Era escuro e me sentia com medo. Imagens começaram a passar em minha mente como fleche elas estava se formando de alguma maneira se entrelaçando como um grande quebra-cabeça.
Não sei dizer quanto tempo fiquei assim inconsciente. Estava quase desistindo quando vi um lobo avermelhado do meu lado e logo depois um rapaz alto, forte, cabelos escuros, olhos escuros como a noite, um sorriso maravilhoso, e sim o cheiro amadeirado que tanto amava estendeu a mão para mim.
Eu chorava enquanto estendia a minha mão até ele. Quando nossas mãos se encontraram uma corrente passou por nós e então como que em uma grande explosão em minha cabeça me fez ver que era ele, Meu Jake o homem que eu amava. E então ele disse
- Vem vamos voltar junto. Você veio me salvar agora é minha vez de te salvar.
Quando abri meus olhos estava ofegando. Tudo era terrivelmente assustador, será que alguém poderia saber que eu estava me lembrando de tudo?
Sai pela porta correndo para minha sorte não havia ninguém no corredor. Essa era o horário preferido de caça dos vampiros à noite. Eles podiam se entregar a sua verdadeira natureza.
Sem bater entrei no quarto de Maia ela estava sentada na cama enquanto Lizzy lhe penteava os cabelos para colocá-la para dormir.
Ela me olhou assustada.
- Filha me desculpa eu não... Não consegui dizer mais nada as lágrimas vieram fortes demais. Lizzy tentava me consolar mais eu não conseguia até que aquelas mãozinha pequenas levantou meu rosto e disse.
- Não chore mamãe eu sei que você não fez nada por mal. Mais você precisa usar seu escudo. Eles não podem saber que você voltou.
Coloquei meu escudo em torno de mim. Sabia que teria que representar um papel a partir de agora e sem dúvida o melhor de toda a minha vida.

POV Bella
Eu sei que a segunda parte de nosso plano teria que esperar um pouco mais e sinceramente isso me deixava profundamente aflita. Stephan havia se comunicado conosco e sabíamos que Lizzy agora estava tomando conta de Maia e que Nessie estava muito próxima de Nahuel e que ele realmente estava arrependido e estava cuidando muito bem dela.
Jake meu melhor amigo estava lá em cima deitado completamente sem vida. Seth chorando pela casa nem ronda mais fazia. Leah e Sam dobravam seus turnos. Leah sendo solidaria a Seth e Sam ao Jacob.
Tínhamos sorte de que a gravidez de Emily não era tão acelerada quando a minha e de Nessie. Quando Sam ou Leah não podiam estar por perto Kim e Rachel ficavam lhe fazendo companhia e sempre havia um dos rapazes do bando por perto caso fosse preciso chamar.

Billy estava terrivelmente preocupado com o fato de Jacob não estar se transformando, pois se ele parasse completamente seu processo de envelhecimento seria iniciado.
Carlisle nos garantia que não havia nada de errado com Jacob. Ele apenas estava se auto protegendo da dor terrível que ele estava sentindo.
Rosalie e Emmett estavam fazendo seu melhor papel como pais temporários de Yuri e Benjamim que, aliás, diga-se de passagem, estavam enormes a aparência era de uma criança de três ou quatro anos mais eles muito mais fortes principalmente Yuri.
Edward, Jasper, Alice e Carlisle estavam atentos a qualquer alteração nos planos que fosse necessária nossa interferência. Embora as visões de Alice ainda tinham falhas o que a deixava profundamente irritada.
Esme procurava manter uma rotina mais próxima possível de quando a família estava completa o nosso pedido, pois não queríamos que Yuri e Benjamim sofressem mais do que já estavam sofrendo.
Subi para o quarto onde meu melhor amigo estava. Peguei em sua mão quente que dava choque com a minha tão fria. Comecei a me lembrar do primeiro dia em que o vi quando voltei para Forks, logo em seguida o quanto ele me foi importante quando Edward me deixou, acho que até hoje Jacob não tem noção da importância que ele deve naquela fase da minha vida. Depois me lembrei da disputa que ele e Edward travaram abertamente para ficar comigo, enfim cada lembrança, cada dor que havia causado ao meu eterno melhor amigo. A última lembrança que tive foi da nossa luta contra os Volturi na clareira. Nessie sendo protegida por Jacob, eu com um plano para que eles fossem embora se algo de ruim acontece-se.
Jacob pareceu me mexer na cama. Mais achei que fosse impressão minha. Sua fisionomia era uma mistura de dor, ausência e tristeza não era possível definir em palavras. Apenas me lembrava a que eu mesmo já tive um dia quando perdi algo que me era por demais valiosos.
Aproximei-me mais e comecei a falar alto coisas que sentia naquele momento.
- É meu amigo parece que sempre teremos algo que irá nos tirar a felicidade ou pior tirar quem amamos de perto de nós. Somos uma dupla bem estranha. Unidos pelas perdas... Queria que você pudesse de alguma maneira entender que a Nessie está viva, ela apenas não se lembra de você... Você se lembra quando fui a Volterra salvar o Edward e você me pediu que ficasse por você e nem mesmo permiti que você pensasse em ir comigo? Pois é agora eu queria que você pudesse ir comigo... Jacob as coisas não podem acabar assim, nosso plano vai dar certo! Será que um dia serei perdoada por ter causado tanta dor a você. Por que eu sei que se não tivesse inventado de ir embora com a minha família, separado a Nessie de você nada disso estaria acontecendo.
Por algum motivo que me era desconhecido os aparelhos de Jacob mostravam uma alteração nos batimentos cardíacos e poderia jurar que ele estava suando. Passei a mão em seu rosto e sussurrei e seu ouvido uma frase que eu havia dito a ele no passado.
“- Você era o único a quem poderíamos confiá-la. Se você não a amasse tanto eu não poderia suportar isso. Sei que pode protegê-la Jacob.” E completei a frase Eu irei buscá-la, Nessie voltara a ser sua meu amigo. Beijei a testa de Jacob e coloquei sua mão na cama novamente, porém quando estava me levantando algo segurou meu pulso.
POV Jacob Black
Sei que pode parecer egoísmo da minha parte estar aqui deitado, imóvel mais a dor era forte demais. Nenhum humano sobreviveria a isso, ou melhor, eu conheço uma somente uma que foi capaz de sobreviver!
Tudo era escuro e sem vida. Sem cheiro pelo menos não o cheiro que eu gostaria de sentir.
Ouvia a preocupação de todos inclusive a do meu pai. Sim ele esteve aqui preocupado por que se eu não voltar a me transformar irei começar meu processo de envelhecimento acelerado. Eu não sou eterno, nunca fui o que me mantinha eterno era Nessie e nosso amor. Estaria presente até quando ela existisse mais ao que parecia a vida não iria me permitir viver ao seu lado, ao menos nessa vida.
Estava mergulhado em lembranças quando senti minha amiga Bella perto de mim, segurando minha mão dizendo coisas sobre nosso passado mais o que mais me chamou a atenção foi ela dizer que Nessie estava viva que eu precisava acreditar nisso, mais como? Eu não a sentia!
Foi então que vi um anjo chorando e mergulhando na mesma escuridão que eu. Mexi-me sem entender o motivo. Algo queria me conduzir até aquele anjo.
A morte era assim? Simples? Alguém simplesmente vem ao nosso encontro? Era o fim de verdade? Não havia mais nada a ser feito?
Mais por que o anjo chorava. O que tinha eu feito de errado para o meu anjo protetor chorar assim.

Não sabia se podia me aproximar e então me lembrei que era um lobo, sim um grande lobo avermelhado e no instante em que pensei nisso me vi olhando para o anjo na forma do lobo. Ela me olhou confusa como se não pudesse entender o que eu era ou quem eu era. Precisava voltar a minha forma humana seria mais fácil para o anjo me levar.
Bastou um pensamento e me senti na minha forma humana novamente, estendi minha mão pensando que ficaria mais fácil para o anjo me levar e foi então que um sorriso dominou minha face, meu coração disparou, eu ouvi Bella dizendo que gostaria que eu fosse buscar Minha Nessie junto com ela, a ouviela dizer que ela mesma irá.
Quando olhei para o rosto do anjo era ela a minha Nessie. Ela estendeu a mão para mim embora ainda estivesse confusa. Quando nossas mãos se encontraram uma corrente passou por nós e houve uma grande explosão dentro de mim meu corpo estava retomando a vida ali estava a Minha Nessie a mulher que eu amava.
Eu precisava dizer algo para consolar ela nesse momento. Isso era o certo a fazer.
- Vem vamos voltar junto. Você veio me salvar agora é minha vez de te salvar.
Abri meus olhos ofegando e me deparei com todos da família no quarto e mais o Seth me olhando.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

As Mestiças 2 - 5º capítulo

E aqui está um novo capítulo!
Espero que gostem!


Capítulo 5
Jenny a narrar

Eu fiquei no meu quarto a ouvir música, até que com os meus ouvidos apurados, ouvi Selena a soluçar no quarto ao lado. Apurei o ouvido e percebi que ela chorava mesmo a sério. O que será que terá acontecido? Qualquer coisa com o Taylor é impossível, sendo que ele era o namorado perfeito, não cometia um único erro, excepto talvez, quando pensou em deixar a Selena para o próprio bem dela, porque se podia descontrolar. Mas coitado, nem doze horas de separação aguentou e teve que voltar para os braços dela.
Por fim, o choro dela foi diminuindo e o ritmo cardíaco também. Era hora de ir saber o que se tinha passado. Bati à porta levemente, apenas para Taylor saber que eu ia entrar, não fosse ele estar despido ou qualquer coisa assim do género (falo a sério, isso só aconteceu uma vez, quando tínhamos supostamente onze anos e ele estava como tinha vindo ao mundo!) Abri a porta e ele estava a colocar a Sel na cama. Ela tinha adormecido.
-Ainda não é hora de jantar – informei. – Achas que depois a devemos acordar?
-Acho que não. Se ela acordar a meio da noite, nós depois vamos à cozinha.
-O que se passou?
-O irmão dela.
-Oh, compreendo – confirmei. Eu tinha conhecido o irmão dela e fiquei na casa dela durante os dias seguintes porque ela precisava de apoio. Nunca a vi tão destroçada. Até cheguei a pensar que ela tinha criado uma depressão ou algo do género. Não comia, não bebia, não saía da cama e começou a criar febres bem altas.
-Ela sente que está a trair o irmão – falou Taylor colocando uma manta sobre ela. – Ainda se sente culpada.
-Irá sentir-se sempre, mas a dor pode diminuir.
Aproximei-me dele e coloquei uma mão no ombro dele.
-Ela ficará bem – assegurei. – Terá todos nós atrás dela, como cachorrinhos obedientes que somos. Nunca se sentirá sozinha. Eu própria farei essa missão resultar.
Dei-lhe o meu melhor sorriso de segurança e depois saí do quarto. O avô Ed estava no meu quarto, sentado na minha cama.
-Fizeste um bom trabalho, Jenny.
-Foi pela Selena, não pelo Taylor – falei azeda. Sempre que baixava a guarda, eles pensavam que eu estava a criar uma amizade com o meu primo, mas estavam errados. Se eles reparassem, eu só lhe dava conselhos e outras coisas, se os assuntos envolvessem a Selena. Caso contrário, eu estava sempre a espicaçá-lo. Sendo que vou ter a eternidade, pelo menos aproveito o meu tempo a irritar alguém!
-Jennifer – repreendeu ele.
-Avô, não consigo controlar! Dá-me tanto prazer irritá-lo como beber sangue! Pronto!
-Mas isso não é correcto, Jenny – continuou ele com o sermão. – Ele é teu primo e devem respeitar-se.
-OK, OK – falei, rendida. – Já me deste um sermão em Forks e o pai também já me deu. Eu vou… tentar controlar-me Também, não tenho para onde barafustar! Nós não nos podemos descontrolar.
-Exactamente, Jennifer. Um passo em falso e toda a família será prejudicada. Não sei se já te contei, mas para teres noção, Jenny, uma vez o tio Jasper descontrolou-se e tivemos que nos mudar à pressa, queimando tudo. Não sei se percebes, mas aqui não seria tão fácil queimar uma casa e desaparecer da cidade.
-Eu sei, avô – falei e olhei o chão, já um pouco arrependida. Mas só um pouco, OK?
-Ainda bem que já percebeste. Até logo.
-Onde é que vais? – perguntei antes de ele sair do meu quarto.
-O Carlisle vai apresentar-se ao trabalho, e nós vamos com ele para irmos buscar os livros e os horários. Se não te lembras, nós temos o horário de noite.
-Ah, pois é. Então, boa sorte!
-Até já, Jenny. Não vamos demorar.
Ele deu-me um beijo na testa e foi embora. Voltei a deitar-me na cama, até a avó Esme (é eu sei que é estranho chamar-lhe avó, mas bisavó fica ainda mais estranho!) me chamar para jantar. Taylor juntou-se a mim no corredor e fomos os dois em silêncio até lá. Só lá estava a tia Soph e tinha uma cara toda tristinha.
-Tia, o que se passa? – perguntei preocupada.
-O Seth foi com o teu pai falar com os Alphas da matilha.
-Com a Rachel também?
-Sim, também.
-Ah, são assuntos de adultos, não te preocupes, querida – falou a avó Esme. – Eles estarão cá bem depressa.
-Eu queria ir passar este fim-de-semana a La Push. Acham que vão dar?
-Vais ter que falar com o teu pai – respondeu a tia Sophie. – Não será um pouco cedo? Quero dizer, ainda agora chegámos.
-Mas eu queria ver a tia Rachel. Tenho saudades dela.
-Ei, mãe, nem penses! Não vou com ela! – exclamou Taylor de repente.
Olhei para a tia Sophie e ela estava a olhar para o Taylor, quase a implorar.
-O quê? – perguntei confusa.
-Eu tenho a Selena aqui, mãe! Mas é que nem pensar!
-Ela ficaria bem connosco – falou a tia Soph.
Então percebi: a tia Sophie queria que ele fosse comigo, talvez porque assim seria mais fácil eles terem mais privacidade para eles, sem nós dois cá em casa. Mesmo que fosse para isso, não só era egoísta, como era impossível deixar a Selena deste lado do país, com o Taylor na outra extremidade. Ele morreria.
-Tia, não vai dar – falei. – E eu já me sei cuidar sozinha, obrigada.
-Mas querida, é muito perigoso.
-Deixem de discussões, meninos – falou a avó Esme. – Se o Jacob deixar ela ir, eu ofereço-me para ir com ela. Não precisam de discutir por causa disso
A avó Esme era a maior! Mas, de qualquer das formas, eu já era crescidinha e podia muito bem ir a La Push sozinha. Vinha e voltava, sem um único arranhão.
-Voltámos! – exclamou o tio Seth mal chegou a casa. Entrou dentro da cozinha e beijou a tia Sophie.
Sorri amarelo. Por favor, eles não tinham um quarto? Sinceramente, ás vezes era horrível ser a única da família sem um namorado para namorar.
-O que foi, filha? – perguntou a minha mãe, tirando os meus cabelos do rosto, de maneira a me observar melhor. Levantei o olhar e desviei logo. Não queria que ela percebesse o que eu estava a pensar.
-Nada, mãe.
-A tua hora chegará, não te preocupes – falou ela. Meu Deus, ela era mesmo minha mãe! Conhecia-me como se eu fosse a palma da mão dela!
O meu pai virou-se para nós e falou:
-Quando menos esperares, Jenny. É sempre assim que acontece.
-Mas vocês podem parar de falar da minha vida amorosa, como se fosse uma coisa já destinada? Se calhar, até sou como a tia Rachel, sem nenhuma impressão! – gritei, furiosa, com as lágrimas a virem-me aos olhos.
Olhei para todos, que me estavam a fitar, atónitos. Eu raramente levantava a voz, e quando fazia isso, era para gritar com Taylor.
-Tem calma, filha – pediu a minha mãe, tocando-me no braço, tentando acalmar-me com imagens de La Push e florestas cheias de fetos e árvores centenárias.
-Não! – respondi. – Vocês já repararam que só eu é que estou sozinha? Já tentaram entender-me, por um segundo sequer? Já viram a minha frustração de não saber quando e onde e se vai acontecer a Impressão Natural? Vocês não me entendem e fingem que está tudo bem, evitam pensar no assunto. Porquê? Porque sou uma aberração, e porque ainda não tive o amor da minha existência traçado? Parem por um segundo e vejam-me como alguém com sentimentos, que tem o direito de pensar o que quer e que não quer saber da Impressão para nada. Porque eu sou um ser que precisa de livre arbítrio.
As lágrimas começaram a brotar dos meus olhos compulsivamente e a avó Esme chegou-se ao pé de mim, para as limpar, mas eu não queria conforto, queria sossego e deixar estas emoções fluírem por mim até se cansarem de me dilacerar e irem-se embora.
Corri até ao meu quarto na velocidade vampírica e deitei-me na minha cama, a chorar. Eu tinha arrependimento por lhes ter dito aquilo, vergonha por ter exposto tanto os meus sentimentos e frustração porque, eu estava com medo da Impressão Natural. Eu já tinha visto todos os rapazes de La Push, Forks, Port Angels, até mesmo de Seattle, mas agora, eu estava num sítio onde eu nunca tinha vindo e eu estava com medo de me acontecer a mim, porque nunca se sabe quem é que o destino nos destina.
Bateram à porta e eu nem sequer respondi, eu sabia que era Taylor. Talvez para me chatear mais o juízo.
-Anda cá, prima – disse ele e abraçou-me, não como um primo, mas como um amigo, alguém que me compreende. – Eu entendo-te. Eu também estava com medo. Eu sei o que estás a passar.
-Taylor… promete que nunca me deixas – falei aquilo, mas sem saber bem o que estava a falar. Eu só sabia que me sentia confortável nos braços do meu primo e que não queria sair de lá. Eu sabia que ele me compreendia, porque vi os seus pensamentos, assisti ás suas frustrações. Podíamos quase matar-nos um ao outro quase todos os dias, mas éramos família e entendíamo-nos mutuamente.
-Prometo, Jennifer, prometo que nunca te deixarei.
Desfiz o abraço e sentei-me na cama, com as costas encostadas ás almofadas gigantes. Ele ficou a olhar para mim um segundo e perguntou:
-Queres que eu te traga alguma coisa para comer? A Esme está preocupada contigo.
-P-pode ser – gaguejei, nem sem bem porquê. Eu pensava que a minha voz estava segura para poder falar.
-Volto já – falou ele e desapareceu. Passado um minuto, ele apareceu com um tabuleiro só com coisas boas, incluindo mousse de chocolate, que de certeza que a avó Esme tinha feito.
Comi tudo num instante (sou metade lobisomem, tudo o que me aparece há frente, que é comestível, eu como) e depois olhei para ele.
-Eles estão chateados comigo? – perguntei num fio de voz.
-Não – sorriu ele. – Estão espantados com o teu comportamento e não sabem como lidar com isso. Talvez seja melhor teres cuidado com os teus pensamentos quando estiveres em forma de lobo. O teu pai vai querer saber o que se passa na tua cabeça.
-Felizmente, que já não me vou transformar muitas mais vezes – suspirei e encostei a cabeça para trás. – Acho que vou dormir um bocadinho. Importas-te de quando saíres fechares a porta e avisar toda a gente que eu não quero falar com ninguém?
-OK, eu digo – disse ele e depois saiu do quarto.
Fiquei ainda a pensar um pouco sobre a minha reacção. Tinha sido tão instantânea como transformar-me em lobo ou correr atrás dos inimigos. O meu lado racional nem sequer tinha reagido. Eu podia ter-me transformado ali mesmo, e magoar a minha mãe ou a tia Sophie. Ou até mesmo a tia Esme! Eu tenho que ter mais cuidado…