Quando olhei para as últimas pessoas fiquei surpreendida por ver um que me olhava como um cego olha para o Sol. Era alto, e tinha a pele castanho-avermelhada. Também fixei os olhos nele mas com curiosidade. Percebi que todos me observavam, por isso levantei-me lentamente sem fazer qualquer movimento brusco (eles eram 18 e eu era uma) e sorri. Dois vampiros que estavam no primeiro Volvo e outro que estava ao pé do jipe vieram na minha direcção. Retraí-me mas não saí daquele lugar; nem sei se conseguia, parecia que tinha os pés pregados ao chão.
-Olá – cumprimentou o vampiro que estava no meio. – Eu sou o Carlisle e esta é a minha família. E tu és…
-Eu sou a Sophie. - respondi fixando os meus olhos na neve que estava aos meus pés.
Estava tão intimidada que não conseguia mexer um músculo. Uma onda de segurança atravessou o meu corpo, não sei como. Num momento estava com medo e intimidada e no outro estava segura de mim.
-Eu fiquei a saber que havia uma igual a mim e dirigi-me até cá. – comecei –A Renesmee é igual a mim. Eu vim há procura dela porque estou sozinha e pensei que…
Já tinha falado demais. Mas porquê? A calma preencheu-me e desta vez percebi de quem vinha: do rapaz que estava do lado esquerdo de Carlisle. Ele estava a olhar-me com curiosidade. Os seus olhos eram dourados; lindos. Ele sorriu-me e eu sorri-lhe de volta. Que podia eu fazer?
Uma rapariga que era mais ou menos da altura do meu ombro veio para o lado do rapaz louro e sorriu-me. O seu sorriso era caloroso e fascinante. Não resisti e alarguei mais o meu sorriso. Ela ao ver a minha reacção falou:
-Bem-vinda Sophie! Eu sou a Alice e este é o Jasper, – disse apontando para o loiro – e o Edward.
Foi a primeira vez que olhei atentamente para Edward. Ele era lindo (óbvio, ou não fosse um vampiro), tinha os olhos dourados, cabelo cor de bronze e olhava-me com uma curiosidade estranha. Parecia que olhava para a minha alma através dos meus olhos.
-Estás lá quase – disse ele.
Fiquei espantada. Eu tinha perdido alguma coisa? Não tinha percebido. Talvez alguém tivesse dito alguma coisa e ele respondido. Era a única possibilidade.
Ele sorriu-me e disse divertido:
-Eu leio mentes.
Não sabia o que dizer. Uma rajada de vento passou por mim e pela primeira vez notei que tinha uma T-shirt e estava com arrepios. Mas eu não sentia frio.
-Porque não entras connosco? Comes alguma coisa e falas sobre como nos encontraste. O que achas? – perguntou Carlisle.
-C-claro. Por que não? – disse.
Os outros entraram há nossa frente, só o rapaz de pele castanho-avermelhada é que ficou há nossa espera. Encaminhei-me atrás de Carlisle, Jasper, Edward e Alice.
-O meu nome é Seth – disse-me ao ouvido.
Virei-me para trás assustada. Era o rapaz que estava ao pé do segundo Volvo. Sorri-lhe timidamente.
-Prazer Seth – disse embaraçada. Entrei dentro daquela casa acolhedora com Seth logo atrás de mim.
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