Capítulo 20
Transformei-me e Embry estava a fazer a ronda com Jared.
Oi malta!
Jenny! O que estás a fazer aqui tão cedo? Aí deve de ter acabado de anoitecer!
Sim, Embry, mas eu tenho notícias.
E quais são?
Os Volturi estão de volta.
Os dois pararam de correr imediatamente e Jared começou a uivar, começando a chamar os outros.
Jenny! Como é que está a Selena?
Taylor?
Eu juro, juro por tudo, eu nem tinha notado que ele estava ali. Pensando melhor, ele não estava a pensar nada específico, não tinha nada no pensamento para além da floresta que lhe passava por um raspão. Quando ele falou na Selena, só surgiu a imagem dela a sorrir. Nada mais. Ele era um poço sem fundo.
Não quero que tenham pena de mim.
Eu não tenho!
Falei depressa demais, sem pensar uma única vez no que tinha dito. Ele ficou furioso, porque pensou que não era sentido, mas surpresa! Eu sentia o que ele sentia, e não era nada fácil lidar com isso.
Jenny, mais detalhes, pediu Jared.
A Jane está…
NÃO!
Bolas! Porque raios nós tínhamos que ter aquela coisa de ouvirmos os pensamentos dos outros!? Ele percebeu que a Selena estava em perigo, e correu ainda mais depressa.
Taylor!
Exclamámos todos ao mesmo tempo, fazendo-o tremer da pressão que tínhamos feito.
Estou a chegar a Denali. Jenny, cuida da Selena. Por mim.
Farei isso.
Ele saiu e ficámos só nós os três.
O que aconteceu?
Mostrei ao Jared e ao Embry o que tinha acontecido e eles perceberam imediatamente o que se passava.
Quando ele chegou eu já estava de ronda.
Jared! Já estás há imensas horas a fazer a ronda. Devias de descansar!
Descansa Jenny. Aqui as aulas ainda nem sequer começaram.
O que aconteceu, Jared?, perguntou Embry.
E então eu vi e senti: a luta do Taylor por buscar os seus instintos de lobo, tentar esquecer-se da sua parte humana, da sua Impressão, da sua família. Vi como Jared viu ele a construir a barreira sobre ele, como ele apareceu e desapareceu várias vezes do pensamento dele. Ele queria saber notícias da Selena, e recusava-se a falar com todos, ansiava apenas uma pequena notícia.
Fui má.
Não, Jenny, foste verdadeira e deste-lhe uma notícia.
Devia ter-lhe mentido.
A culpa assolou-me. Eu só fiz pior. Agora, ele devia de estar a sentir-me pessimamente mal e eu era a culpada.
Pessoal, vou sair. Falem com os outros. Tenho que voltar para casa.
OK. Tchau Jenny.
Voltei para trás e entrei no carro. Voltei para casa, um pouco mais devagar do que o normal, não me importando com os outros carros. Neste momento, só pensava em Taylor, e na sua dor. Era nestas situações que eu pensava “ainda bem que não tenho uma Impressão Natural”.
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