P.S. - para quem não leu As Mestiças, convém que leiam para perceberem algumas personagens, para não há problema caso queiram começara a ler já esta fic.
Irei postar todos os Sábados aqui.
E agora, o primeiro capítulo:
Capítulo 1
Aaaaaaah, eu nem acredito que ela fez isto outra vez! E ainda por cima até parece de propósito! A tia Alice tinha-me mandado arrumar o quarto ainda ontem!
-Mãe, olha só o que ela me fez! – gritei descendo as escadas num ápice.
A minha mãe estava lá (os meus olfactos de lobisomem, vampiro e humano nunca falharam) e olhou para mim.
-O que foi, filho? – perguntou ela.
-Mãe! A Jenny desarrumou o meu quarto! Outra vez – queixei-me.
-Ei! Eu não fiz nada! – defendeu-se a pirralha aparecendo na sala. – Tia, eu só estava a ver uns CDs. Ó pai!
Como aquela miúda é irritante e mimada! É preciso chamar o pai Alpha para a defender? Nem sei como vou aguentar a eternidade toda como membro desta família.
Jacob apareceu colocou-se ao lado da minha mãe com os braços por cima do peito.
-O que é que aconteceu afinal?
-Foi ele!
-Foi ela! – gritei ao mesmo tempo que ela.
Fitei-a e não medi esforços para expressar a minha raiva para com ela.
-Jacob? – disse a minha mãe. – Acho que devemos de aplicar-lhes um castigo.
Ah, não mãe! Cuidado com o tempo verbal. Não é no plural, é no singular e aplica-se somente a ela.
-Tens razão – concordou o tio. – Como Alpha exijo que façam as pazes. Agora.
-Nem pensar! – exclamou Jenny. – Eu só estava a ver uns CDs, não tenho nada para pedir desculpa!
-Tu desarrumaste o meu quarto pirralha! – gritei para ela.
-Taylor! Não fales assim com a tua prima! – exclamou a minha mãe.
Aff, a sorte da pirralha é que a minha mãe gostava muito dela. Quer dizer, a tia Nessie adorava-me e fartava-se de repreender a Jenny pelas barbaridades que ela dizia.
-OK. Desculpa Jenny. Passei-me um bocado. Aquilo arruma-se num instante – disse olhando para ela no fundo dos seus olhos. -Também, são só uns CDs, consigo arrumar aquilo em cinco segundos.
-Vê lá como olhas para a minha filha – avisou o tio. Até imagino quando for a pirralha a ter a impressão natural. O tio vai meter uma venda no olhos e fita cola na boca para ele não conseguir olhar para ela e falar algum elogio. – Jenny, a tua vez.
Jenny suspirou e depois disse desdenhosa:
-Desculpa Taylor. Para a próxima volto a avisar-te com carta formal, OK?
-Jenny… Estás a dar-me cabo dos nervos!
Comecei a tremer. Aquela pirralha conseguia meter-me fora do sério. O fogo percorreu a minha coluna. queimando-a mas eu não me podia transformar dentro de casa, por isso respirei fundo e consegui acalmar-me.
-Está tudo resolvido! – exclamou Jacob. – Vou dar uma volta. Jenny, vem comigo.
Saiu porta fora e a Jenny foi com ele.
-Ei! Então, o que se passou desta vez? – perguntou o meu pai, que viu a Jenny a sair porta fora – O que foi que ela fez?
-Desarrumou o meu quarto – respondi dando-lhe um abraço.
Ele aproximou-se da minha mãe e deu-lhe um beijo. Nhack! Eu não preciso de assistir a isto, por favor! Fingi que estava engasgado e comecei a tossir.
-A Leah queria falar contigo – disse o meu pai num tom de voz natural, mesmo para despachar-me.
-Ainda bem. Também preciso de falar com ela – disse eu saindo porta fora. Pelo já estava fora daquele momento amoroso entre pais.
A loba cinzenta estava mesmo entre as árvores e quando me viu recuou, voltou na sua forma humana.
-Oi tia – disse-lhe.
-Oi Tay. Como está o meu sobrinho favorito?
Revirei os olhos instantaneamente. Ela sempre dizia aquilo.
-Tia, tu só tens um, por isso…
-Por acaso, a Jenny é a minha sobrinha adoptada – interrompeu ela.
-Ah, não! Mas será que toda a gente não vê que ela é uma peste, irritante, pior do que a tia Alice em SPM (N/A: Síndrome Pré –Menstrual)?
-Taylor! – repreendeu a minha tia.
-Desculpa, mas é verdade!
-O que ela fez?
-Desarrumou o meu quarto. Outra vez!
A tia aproximou-se mais de mim e deu-me um dos melhores abraços que só ela podia dar. Talvez fosse o instinto de protecção que ela tinha sobre mim ou sei lá, mas ela era a única que com um abraço me reconfortava, fazia-me sentir feliz e seguro. Eu sei, já tenho aparência e mentalidade de um homem com vinte e dois anos e não devia de querer estes sentimentos, mas era tão bom!
-O teu pai, está lá em cima? – perguntou ela subitamente.
-Sim, está.
-Então vamos.
Entrei na sala com Leah no meu encalço e como sabia que ela queria falar com o meu pai, perguntei logo:
-Queres ir caçar, mãe?
-Claro. Mas vamos só os dois – disse ela.
-Pode ser.
Pegou na minha mão e fomos os dois andando pela floresta. Inspirei fundo e deixei os meus instintos de caçador dominarem-me. O fogo percorreu a minha coluna toda e eu transformei-me no lobo. A minha mãe já tinha começado a correr em busca de algo.
Cacei um alce ou lá o que foi e notei que ela já não estava a caçar e fui procurá-la. Estava sentada de costas para mim numa clareira.
-Oi mãe. Já não tens mais fome?
Olhou para mim e sorriu brevemente.
-Não.
Sentei-me ao seu lado e fiquei apreensivo, pois conhecia muito bem a minha mãe e sabia que ela queria dizer-me algo.
-A Jenny é muito bonita.
Olhei para ela, confuso. Onde ela queria chegar com aquilo?
Então compreendi. Ela estava a comparar a Jenny com a Selena; talvez até mesmo esperando que eu me apaixonasse pela minha prima, sendo que não éramos realmente parentes.
-Sim, é. Mas não tanto como a Selena.
Selena era a minha impressão natural. Ela linda, doce, meiga, compreensiva, sempre que eu precisava de algo, ela estava lá. Era a namorada perfeita para mim, e fui o homem mais feliz do mundo quando ela me disse que também me amava.
-Como é que ela está?
-Bem. Mas amanhã tem que ir para Nova Iorque – lembrei-a. Ela vai estudar veterinária, e até de um certo modo é irónico porque eu me transformo em lobo. O dia em que ela me disse que tinha ganho uma bolsa de estudo para NY, passou-me de uma rajada. No início ela estava feliz e eu também, afinal a felicidade dela era a minha também; mas ela pensou um pouco e sofreu imenso, começando logo a chorar porque se iria separar de mim. O meu desejo de a deixar feliz fez-me tomar uma acção precipitada dizendo-lhe logo que iria com ela para onde ela fosse, mas vi que não podia ir, tinha que ficar junto da minha família. Precisava de proteger as terras.
-E tu queres ir – afirmou.
-Como é que tu sabes?
-Há muita coisa que eu sei.
-Mas eu vou ficar – disse eu. A minha mãe olhou-me cuidadosamente, analisando cada traço meu. – Tenho que proteger as nossas terras.
-Eu não te impeço de ires – disse-me ela calmamente. – E não te preocupes quando ao teu pai, eu trato do assunto.
O quê? Ela ia ajudar-me? Isso era demais! Eu iria ficar ao pé da Selena!
-Obrigada, mãe! – disse ele e abraçou-me.
-E há outra coisa.
-Qual é?
-Sobre a Leah – respondeu ela.
-O que tem a tia?
-Eu ás vezes sinto-me colocada de lado quando tu lhe contas certas coisas que não me contas a mim. Sabes que não ser uma lobisomem é muito mau. Como se fosse posta de parte – desabafou.
-Oh, mãe, mas eu conto-te tudo. E o que eu falo com a tia são coisas banais.
-Ela descobriu primeiro que tu gostavas de Selena. Não eu.
-Na verdade, até foi o pai. Eu contei-lhe quando estávamos a fazer uma ronda os dois – corrigi.
-Mesmo assim. Quero que saibas que és meu filho e que podes sempre contar comigo.
-Eu sei mamã – disse e voltei a abraçá-la.
5 comentários:
ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
voltas.te!!!!!!!!!!!!!!!!! simplesmente adoreiiii!!!! ta fantástico, escreves lindamente!!! já tinha saudades de ler o que escrevias.
Beijos
Matilde
finalmente as mestiças regressaram!!
eu amei o primeiro capitulo desta nova historia.
bjs
guidinharp
Tou a adorar esta fic! é uma das minhas preferidas!!
Mas sera que me podem dizer o horario desta e de Almas Opostas?
Obrigada e beijinhos para todos
AH parabens por estas duas fic, sao optimas ;)
ADOREI
É bom ter esta fic de volta
o primeiro capitulo está muito giro
:)
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