Capítulo 46
Passara 2 dias desde que contara a Embry, ninguém conseguia falar com ele, mesmo sabendo onde ele estava, já não aguentava mais, precisava de contar à minha família, eles também tinham o direito de saber!
Seth continuava a pernoitar no meu quarto, agora sem ninguém saber, não fazíamos nada, apenas ficava abraçada a ele a chorar e ele a acariciar o meu cabelo, dizendo que ia ficar tudo bem.
O meu avô e todos os outros já tinham percebido que acontecera alguma coisa e tentavam descobrir o que se passava, prometi-lhes que naquele dia ia ficar tudo bem, mas não ficou, talvez até tenha ficado pior.
Enquanto Seth patrulhava, eu ia arrumando o quarto, não queria estar com ninguém, sabia que me iam perguntar o que se passava e eu não aguentava mais mentir.
(…)
Já tinha arrumado o quarto e estava a ouvir música, sentada no banco da janela, que nem o ouvi entrar, assustei-me quando me tocou.
- Desculpa. – Disse. – Devo-te um pedido de desculpas e pedir-te uma coisa.
- Pede. – Disse automaticamente.
- Conta-me tudo.
- Tens a certeza?
- Sim, eu estou mais calmo, desculpa a maneira como reagi, mas foi um choque…
- Eu percebo, também foi para mim. Não estava à espera ter um irmão, ainda por cima mais velho…
- Podes-me contar?
- Claro. Tu tens esse direito.
Relatei-lhe a história que Robert me contara, sem esconder um único pormenor, as expressões de Embry iam mudando face a cada descoberta, acabei por perceber que as minhas expressões deveriam ter sido as mesmas, a única diferença é que quando Robert acabou de me contar, eu chorei, Embry ficou estático e chocado, talvez.
- Então têm mesmo a certeza disso?
- Sim, tu és meu irmão.
- A minha mãe, não é minha mãe, então?
- A dona Anna continua a ser a tua mãe, mãe do coração, mas biológica é a mesma do que eu.
- Eu sou primo do Quil? – Perguntou.
- Parece que sim.
-Ele sabe?
- Não, as únicas pessoas que sabem desta história, sou eu, o Seth, o Robert, a dona Anna e tu.
- Quando é que a Anna soube? – Percebi que Embry estremeceu.
- No mesmo dia que tu, antes. Quis avisá-la.
- O Seth?
- Estava comigo.
- Quando vais contar à família?
- Eu? Porquê? Eu supostamente sou a mais nova.
- Os dois? – Perguntou preocupado.
- Os dois. – Concordei. – Eu sempre te adorei como meu irmão, és um dos meus melhores amigos…
Fui interrompida por um enorme abraço, aqueles em que nós não conseguimos respirar.
- Adoro-te maninha. – Beijou-me a testa
- É bom ouvir isso. – Sorri.
- Como contamos?
- Calma, Embry. Hoje ao jantar, vens cá?
- Tenho que patrulhar. – Disse desanimado.
- Vais com quem?
- Com o Quil e com a Leah…
- Eu resolvo isso, não há problema. Prepara-te para conheceres a tua família. – Disse sorrindo.
- Eu já a conheço…
- Mas não oficialmente.
Embry sorriu nervosamente e abraçou-me.
- Falaste com… com… - Não consegui terminar.
Não sabia se dizia “com a tua mãe” ou “com a Anna” ou até “com ela”, não o queria magoar.
Ele percebeu.
- Sim, falei naquele dia em que falaste comigo. Ela disse-me que não sabia quem eram os meus pais e não me queria magoar, parecia ‘tar a ser sincera.
- Eu também falei com ela, como sabes, e ela não sabia mesmo quem eram os teus pais, ou isso ou é uma óptima actriz. Mas o que vais fazer?
- Vai tudo continuar igual, apenas vou acrescentar uns elementos à minha família.
- Não é só isso.
- Então? – Ficou confuso.
- Temos que tratar da tua parte da herança…
Embry silenciou-me com o olhar.
- A herança é tua!
- A herança é nossa! Tu és herdeiro por direito!
- Tu foste a filha que eles criaram!
- Embry, vamos discutir por causa da herança?
Começamos a rir-nos.
- É a nossa primeira discussão como irmãos. – Disse-me. - Como achas que vão reagir? – Perguntou-me.
- Não sei…
- Mal?
- Não, eles adoram-te, mas no princípio devem ficar chocados tal como tu e eu ficamos.
- Vamos ver. E a patrulha?
- Eu resolvo isso. – Respondi. – Posso fazer-te uma pergunta?
- Claro.
- O que se passa entre ti e a Leah?
Embry vacilou, mas continuou com o sorriso na cara.
- A Leah e eu já não temos nada…
- Amas-a? Isso magoa-te?
- Amo-a, mas ela escolheu o Sam…
- Ela ainda não o escolheu.
- Mas ela vai escolhe-lo, sabes disso. Tenho a certeza que tu lhe disseste para ela o escolher.
- Eu não disse para ela escolher o Sam e não a ti, eu disse para ela seguir o coração.
- E ela vai escolher o Sam… - Disse abatido.
- Tu vais encontrar outra rapariga que te faça feliz.
- Eu sei… Como vais resolver a situação da patrulha?
- Vou pedir ao Seth e ao Jared…
Pensara em Sam, mas não queria magoar Embry.
- Pede ao Sam. – Disse-me, surpreendendo-me.
- Ah?
- Pede-lhe, o Jared vai estar com a Kim e ele não tem nada para fazer.
- Tens a certeza?
- Claro.
- Tenho tanto orgulho em ti, maninho.
Ele sorriu-me e voltou a abraçar-me, depois liguei a Seth e a Sam.
Passara 2 dias desde que contara a Embry, ninguém conseguia falar com ele, mesmo sabendo onde ele estava, já não aguentava mais, precisava de contar à minha família, eles também tinham o direito de saber!
Seth continuava a pernoitar no meu quarto, agora sem ninguém saber, não fazíamos nada, apenas ficava abraçada a ele a chorar e ele a acariciar o meu cabelo, dizendo que ia ficar tudo bem.
O meu avô e todos os outros já tinham percebido que acontecera alguma coisa e tentavam descobrir o que se passava, prometi-lhes que naquele dia ia ficar tudo bem, mas não ficou, talvez até tenha ficado pior.
Enquanto Seth patrulhava, eu ia arrumando o quarto, não queria estar com ninguém, sabia que me iam perguntar o que se passava e eu não aguentava mais mentir.
(…)
Já tinha arrumado o quarto e estava a ouvir música, sentada no banco da janela, que nem o ouvi entrar, assustei-me quando me tocou.
- Desculpa. – Disse. – Devo-te um pedido de desculpas e pedir-te uma coisa.
- Pede. – Disse automaticamente.
- Conta-me tudo.
- Tens a certeza?
- Sim, eu estou mais calmo, desculpa a maneira como reagi, mas foi um choque…
- Eu percebo, também foi para mim. Não estava à espera ter um irmão, ainda por cima mais velho…
- Podes-me contar?
- Claro. Tu tens esse direito.
Relatei-lhe a história que Robert me contara, sem esconder um único pormenor, as expressões de Embry iam mudando face a cada descoberta, acabei por perceber que as minhas expressões deveriam ter sido as mesmas, a única diferença é que quando Robert acabou de me contar, eu chorei, Embry ficou estático e chocado, talvez.
- Então têm mesmo a certeza disso?
- Sim, tu és meu irmão.
- A minha mãe, não é minha mãe, então?
- A dona Anna continua a ser a tua mãe, mãe do coração, mas biológica é a mesma do que eu.
- Eu sou primo do Quil? – Perguntou.
- Parece que sim.
-Ele sabe?
- Não, as únicas pessoas que sabem desta história, sou eu, o Seth, o Robert, a dona Anna e tu.
- Quando é que a Anna soube? – Percebi que Embry estremeceu.
- No mesmo dia que tu, antes. Quis avisá-la.
- O Seth?
- Estava comigo.
- Quando vais contar à família?
- Eu? Porquê? Eu supostamente sou a mais nova.
- Os dois? – Perguntou preocupado.
- Os dois. – Concordei. – Eu sempre te adorei como meu irmão, és um dos meus melhores amigos…
Fui interrompida por um enorme abraço, aqueles em que nós não conseguimos respirar.
- Adoro-te maninha. – Beijou-me a testa
- É bom ouvir isso. – Sorri.
- Como contamos?
- Calma, Embry. Hoje ao jantar, vens cá?
- Tenho que patrulhar. – Disse desanimado.
- Vais com quem?
- Com o Quil e com a Leah…
- Eu resolvo isso, não há problema. Prepara-te para conheceres a tua família. – Disse sorrindo.
- Eu já a conheço…
- Mas não oficialmente.
Embry sorriu nervosamente e abraçou-me.
- Falaste com… com… - Não consegui terminar.
Não sabia se dizia “com a tua mãe” ou “com a Anna” ou até “com ela”, não o queria magoar.
Ele percebeu.
- Sim, falei naquele dia em que falaste comigo. Ela disse-me que não sabia quem eram os meus pais e não me queria magoar, parecia ‘tar a ser sincera.
- Eu também falei com ela, como sabes, e ela não sabia mesmo quem eram os teus pais, ou isso ou é uma óptima actriz. Mas o que vais fazer?
- Vai tudo continuar igual, apenas vou acrescentar uns elementos à minha família.
- Não é só isso.
- Então? – Ficou confuso.
- Temos que tratar da tua parte da herança…
Embry silenciou-me com o olhar.
- A herança é tua!
- A herança é nossa! Tu és herdeiro por direito!
- Tu foste a filha que eles criaram!
- Embry, vamos discutir por causa da herança?
Começamos a rir-nos.
- É a nossa primeira discussão como irmãos. – Disse-me. - Como achas que vão reagir? – Perguntou-me.
- Não sei…
- Mal?
- Não, eles adoram-te, mas no princípio devem ficar chocados tal como tu e eu ficamos.
- Vamos ver. E a patrulha?
- Eu resolvo isso. – Respondi. – Posso fazer-te uma pergunta?
- Claro.
- O que se passa entre ti e a Leah?
Embry vacilou, mas continuou com o sorriso na cara.
- A Leah e eu já não temos nada…
- Amas-a? Isso magoa-te?
- Amo-a, mas ela escolheu o Sam…
- Ela ainda não o escolheu.
- Mas ela vai escolhe-lo, sabes disso. Tenho a certeza que tu lhe disseste para ela o escolher.
- Eu não disse para ela escolher o Sam e não a ti, eu disse para ela seguir o coração.
- E ela vai escolher o Sam… - Disse abatido.
- Tu vais encontrar outra rapariga que te faça feliz.
- Eu sei… Como vais resolver a situação da patrulha?
- Vou pedir ao Seth e ao Jared…
Pensara em Sam, mas não queria magoar Embry.
- Pede ao Sam. – Disse-me, surpreendendo-me.
- Ah?
- Pede-lhe, o Jared vai estar com a Kim e ele não tem nada para fazer.
- Tens a certeza?
- Claro.
- Tenho tanto orgulho em ti, maninho.
Ele sorriu-me e voltou a abraçar-me, depois liguei a Seth e a Sam.
2 comentários:
AMEI!!! faz capítulos maiores pff, adorei a reacção do EMbry, a Leah devia ficar com o Embry!
Beijos
Matilde
já faz tempo que não posta...
estou muito curiosa para saber o que ira acontecer...
bjsss
Gabi
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