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sábado, 30 de abril de 2011

As mestiças2 - 15º capítulo

Espero que gostem!
Para quem não viu o que eu respondi no comentário anterior, eu tenho grandes planos amorosos para a Jenny, mas não prometo que vá ser fácil!


Capítulo 15

O fogo continuava no meu corpo, mais do que o normal, sendo que a minha temperatura normal eram trinta e nova graus célsius. Isso indicava que eu não era humano (trinta e sete graus), lobisomem (quarenta e um graus) ou vampiro (perto dos zero graus, ou menos). Respirei fundo e tentei controlar alguns movimentos, como mexer os dedos das minhas mãos, mas aquilo doía demasiado.
-Ele está a mexer-se.
Senti as deslocações de ar e do nada, algo me tocou e eu abri os olhos. Aquele toque foi como um choque eléctrico devido á diferença de temperaturas.
Não havia qualquer luz no quarto, apenas a que vinha do corredor e isso sobressaltou-me. Onde é que eu estava?
-No teu quarto. Mas ainda é de dia.
-Edward? – falei e o fogo na minha garganta aumentou de temperatura.
-Eu mesmo. E aconselho-te a ires caçar o mais depressa possível.
Sangue. Era disso que eu precisava. Mas havia coisas que eu precisava de resolver. Coisas que eu precisava de perceber.
-O que me aconteceu?
-Não te lembras? – perguntou Edward e sentou-se na ponta da minha cama.
Tentei focar-me no que me tinha acontecido e lágrimas vieram-me aos olhos. A Sel. A minha Sel. Ela estava assustada. Tentei ligar-me a ela, como o meu pai me ensinou quando precisamos de saber se a nossa impressão está bem e tudo o que recebi foi uma onde de desespero, frustração e confusão. Ela estava magoada e confusa. Irritada e zangada comigo. Mas porquê? O que é que eu fiz? Eu só lhe tentei contar a verdade!
-A Selena ficou muito chocada quando tu disseste que nós éramos vampiros.
-Não – contradisse. – Quando eu disse que a minha mãe era uma vampira. Quer dizer, meia vampira.
-Sim. E ela deduziu que todos nós éramos.
-Ela não compreende – afirmei e o meu coração doeu, como se uma faca o tivesse trespassado. Aquilo fez desaparecer todo o controlo que estava a tentar manter no meu corpo. O desconforto apoderou-se de mim e subitamente eu precisava de mais algo. Precisava dela, mas ela não me queria. A minha coluna ardeu ainda mais e eu percebi que tinha que ir embora dali imediatamente.
-Toma – disse Edward e entregou-me as chaves do Porshe da Alice, com o passaporte, um telemóvel, o meu bilhete de identidade e alguns cartões de crédito. – Vai passar uns tempos fora. Só mantém o contacto connosco regularmente.
Acenei com a cabeça e saltei da cama. Peguei no meu casaco favorito e saí dali o mais rápido que pude.
-Taylor.
Virei-me para trás ao ouvir a voz da minha mãe.
-Só… porta-te bem, está bem? Não faças nada de que te venhas a arrepender – falou ela, com lágrimas nos olhos.
-OK – foi tudo o que disse.
O elevador abriu e eu desci directamente para a garagem.
Para onde iria, ainda não sabia, mas apenas tinha uma certeza: seria para bem longe dali.

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