Capítulo 13
(sem narrador)
Paul acordara logo quando o sol lhe tocou na face, através da janela. Ela não estava lá. Pensou que poderia estar na sala ou na cozinha, então foi ver se estava em ambas. Não estava lá. A senhora Howell até lhe tinha chegado a dizer que não a vira sair. Cassie parecia estar desaparecida. Era a única coisa de que Paul estava ciente. Isso causa-lhe dor e só conseguia pensar nela. Onde é que ela estaria e no que estava a pensar quando saíra de Forks sem avisar. Ele gostava dela mas nunca teve oportunidade de lho dizer. Apenas o demonstrou através de actos que achara serem os mais simples e menos complicados.
Ela era o seu anjo branco que entrara na sua vida. Sofrera impressão por ela e desde então, ele sabia que ela seria a rapariga que o acompanharia naquela vida humana. A cada minuto que passava, ficava cada vez mais impaciente. Não tinha nenhuma pista de onde ela poderia estar, mas ele iria fazer os possíveis para a encontrar. Estava sentado perante o mar que La Push oferecia, dando o seu normalíssimo brilho através do reflexo da luz na sua face límpida. Não conseguia ficar parado e por pouco não ficava exaltado de preocupação.
Mas quando olhou para à sua volta, reparou numa estranha criatura à sua direita que vista de longe não se podia dizer bem se o era ou não. Aproximou-se cada vez mais e viu o que era. Um anjo com asas relativamente brancas, como as de Cassie, envergado por vestes um pouco incomuns para certas pessoas. Mas estava acompanhado. E pelo que a sua visão lhe permitia ver, parecia ser a Rachel. Estavam os dois abraçados, ali em plena praia, sem ninguém que os visse na sua cumplicidade. Chegou à beira deles e deitou-lhes um ar de poucos amigos.
- Tu. – Dirigiu a sua atenção para o estranho anjo, provocando-lhe um certo incómodo. – Sabes onde ela está?
- Ela quem, Paul? – Perguntou Rachel, já assustada perante a atitude com que ele se dirigira ao anjo.
Paul simplesmente ignorou a falar por parte dela e voltou-se de novo para o anjo. Nada sabia dele, no entanto, ele sabia que poderia ser uma oportunidade num milhão de saber onde estava a rapariga que amava. No entanto, apesar de ter sido um pouco inoportuno, o anjo dissera-lhe o seu nome. Chama-se Alphonse. Mas nem aquilo serviria para a encontrar, quanto mais achar o que quer que fosse que lhe daria algo para seguir o rasto dela.
- Estou a falar da Cassie. – Respondeu seriamente.
Alphonse não se admirara nada perante aquela resposta vindo do nada. Conhecia aquele sujeito através das observações que fizera para manter a sua amiga em segurança. Era o lobo por quem ela se tinha apaixonado.
- Ela apenas está a cumprir a missão que lhe foi designada. – Respondeu-lhe Alphonse, tentando evitar qualquer tipo de confrontos logo quando estava com a sua protegida. – Mais nada.
Paul não compreendia. Cassie tinha uma missão? E qual seria era o grande enigma que lhe invadira agora o pensamento de uma forma brusca. Estava quase a perder a paciência quando Rachel repousa uma das mãos em cima do seu ombro. De certa forma, conseguiu manter o temperamento e evitar que se transformasse. Conseguiu ter novamente a razão, mas calma era algo que agora não lhe convinha nada.
- Ela foi até ao pilar de luz, que se encontra em Inglaterra.
Após ter ouvido isto, Paul voltou o seu olhar para ele. Já tinha um destino, mas agora era preciso que se esclarecesse ainda alguns pontos. Já começava a traçar um rumo, mas necessitava de mais informações.
- Explica isso melhor, que nem eu compreendo. – Pediu Rachel, dando a mão a Alphonse acabando por soltar aquela que estava a tentar acalmar Paul.
- Nós os anjos chamamos-lhe pilar de luz, enquanto os humanos lhes chamam Stonehenge. Tem um poder invulgar, poderoso e extremamente necessário em casos extremos.
Mas o que tinha tudo aquilo a ver com a Cassie? Nada na sua cabeça parecia entender, excepto o facto de ela estar (possivelmente) em Inglaterra. Enquanto tentava assimilar todos os factos que se reuniam na sua mente, Alphonse mais uma vez esclareceu:
- Ela foi sacrificar-se para proteger não só esta vida, mas também o mundo em que ambos residíamos e este também.
As últimas palavras faziam agora todo o sentido para ele e tudo parara nele. A Cassie ia sacrificar-se. Dar a sua vida por algo. Ele mal podia acreditar. No entanto, ele tinha que fazer alguma coisa. Tentar impedi-la ou achar outro modo de conseguir com que tudo se resolvesse. Não a queria perder, pois não sabia se aguentaria vê-la partir. Tomou uma decisão: Partir para Inglaterra e evitar que ela morresse. Rachel e Alphonse decidiram acompanhá-lo, mas com o intuito de se poderem despedir.
Não era por mal que o iriam fazer, mas quando um anjo tomava uma decisão, não havia nada que o demovesse dela. Várias horas passaram e os três já estavam num comboio em direcção à terra dos ingleses. Na sua mente, não cabia o conceito de perder a rapariga que amava do fundo do seu coração. Espera por mim, Cassie. – Pensou ele para com os seus botões.
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