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terça-feira, 2 de novembro de 2010

Capítulo 39, New Life

Voltaram a bater à porta.
- VAI-TE EMBORA! – Gritou Seth.
Deixei de ouvir as batidas da porta e tentei ouvir os passos de alguém a descer as escadas, mas nada ouvi.
Tinha paralisado e só voltei a reagir com o beijo doce do meu amor.
- Era a Leah? – Sussurrei.
Ele não respondeu e abraçou-me.
- Porque a mandaste embora? – Voltei a sussurrar.
- Porque tu não precisas disto agora.
- Amor, já sabes que odeio que decidam por mim. A Leah está a passar por um mau bocado, ela precisa de mim.
- Princesa, que tal falares noutro dia? Hoje podemos ficar apenas nós os dois. – Sorriu-me e beijou os meus caracóis.
- Persuasão, Sr.Seth Clearwater?
- Não, saudades. – E beijou-me.
- Também tive muitas, meu amor. Mas ela precisa de mim, ela é a minha melhor amiga. – E afastei os nossos lábios.
- Tens a certeza que não queres ficar aqui comigo? – Apertou-me mais para perto de si.
Querer, queria, mas não podia.
- Não posso. – Suspirei. – Ela precisa do meu apoio. – Voltei a afastar-me, a muito custo.
- Se tu não queres, eu acho que vou dar uma voltinha, vou a casa dos Cullen, o Emment desafiou-me para um jogo de Playstation…
- Fazes muito bem. Depois vais ter comigo lá a casa?
- Não sei, talvez alguém precise do meu apoio ou de falar comigo…
Bati-lhe no peito, mas não o magoei.
- Adeus, amor. Ate logo. – Beijei-o e estava a afastar-me, mas ele agarrou-me.
- Senti tantas saudades tuas. – Suspirou. – Ate logo. Amo-te.
Afastei-me novamente, e sai do quarto rumo ao quarto da irmã.
Bastou bater unicamente uma vez à porta, e ela abriu.
- Entra. – Disse, sentando-se na janela.
- Vim em paz. Mais calma? – Perguntei sentando-me na cama.
- Desculpa o estalo, mas estava irritada…
- Oh a serio? Não reparei. – Ironizei. – Agora a sério, como estás?
- Confusa…
- Queres falar aqui? O teu irmão está no quarto ao lado, talvez seja melhor irmos dar uma volta.
- O Seth já não está aqui, vi-o mal tu entras-te a transformar-se.
- Então era verdade…. Queres falar?
- Sim, é melhor e não vamos dar uma volta, está uma tempestade horrível, lá fora.
Olhei pela janela e era uma verdadeira tempestade, ouvia-se o vento a soprar como se estivesse zangado com o mundo, a chuva caída sem parar.
- O Seth anda por ai com este clima?
- Acalma-te, o teu Seth está protegido pelo pêlo, alem disso, ele não esta a patrulhar, acho que foi a casa dos Cullen…
- Ele disse-me, mas não acreditei. Mas agora vamos falar de ti.
Ela veio se sentar à minha beira.
- O que tu sabes? – Perguntou-me
- O Seth disse-me que o Sam percebeu que te ama e que já não está com a Emily. – Sorri-lhe.
- Não comeces a pensar coisas, eu não tenho nada com o Sam…
- Pois. Então diz-me o que se passa e o que aconteceu para o Embry sair da maneira que saiu.
- Então tudo começou, quando eu fui mordida pelo Nahuel, mas vamos saltar essa parte até à parte que eu acordei.
Quando acordei a primeira voz que ouvi, foi o Sam, a perguntar como eu estava e chamou-me amor. – Sorriu, involuntariamente. – Estava também lá o Embry e ele manteve-se afastado até eu o chamar, quando ele falou e me chamou amor, o Sam rugiu, ao princípio não percebi nada, estava confusa, mas a cada minuto, a cada acção e a cada palavra deles, tudo se encaixava, mas ao mesmo tempo não.
O Sam, quando ficamos sozinhos, explicou-me tudo e contou-me o que aconteceu com a Emily, depois foi a vez do Embry falar comigo, sozinhos, e disse-me que me amava e recordou os nossos momentos.
O Sam está a tentar que eu volte para ele, o Embry está a tentar que eu não o deixe, mas eu não sei o que fazer… - Suspirou.
- O que sentes pelo Sam? – Perguntei.
- O Sam sempre foi importante na minha vida, eu sempre o amarei, mas eu não quero magoar-me novamente…
- E pelo Embry?
- Eu já te disse como começamos a namorar e eu amo-o, ele é importante na minha vida, mas também tenho medo de me magoar, ele ainda pode ter a impressão…
- Mas o Sam teve a impressão e ele quer-te, a ti.
- Passou oito anos, só se lembrou que me amava, quando me viu feliz…
- O que tu tiveste pelo Sam foi muito forte, pelo que me disseste, e o que tens pelo Embry também o é. Ele ajudou-te a encontrar novamente a felicidade.
- Esse é o problema, o Sam foi o meu primeiro amor, e eu continuo a ama-lo, mas também amo o Embry.
- Tens que seguir o teu coração.
- O coração só faz sofrer.
- Leah, não digas isso. O que tu sentiste, quando o Sam disse o que sentia?
- Uma coisa estranha. Borboletas no estômago.
- É o que sentes, quando o Embry to diz?
- Não… Mas amo o Embry.
- Leah, minha querida, tu podes amar o Embry, mas tu és completamente apaixonada pelo Sam. Isso é óbvio.
- Não quero magoar o Embry…
- Mas se continuares com ele e não quereres, vais magoa-lo ainda mais, e ainda por cima vais-te magoar e também ao Sam.
- Pensava que eras a favor do Embry, afinal de contas vocês sempre se deram muito bem… - Disse-me.
- É verdade, é por isso que te digo para seguires o coração, para não o magoares e além disso és a minha melhor amiga e o Sam até é fixe.
Rimo-nos.
- Tenho que pensar…
- Pensa. Mas segue o coração. Mas o que aconteceu de manhã? Com o Embry.
- Ah pois. Tivemos uma discussão, quer dizer, ele teve com o Sam, depois veio ter comigo e contou-me, eu pedi-lhe para que parassem de discutir, ele dizia que eu só queria isso, porque eu não queria que “o meu Sam ficasse magoado”. Palavras dele.
- É por isso que tens que decidir rápido, ou eles matam-se.
- Os rapazes são tão complicados…
- Pois são. – Rimo-nos. – Explicas-me uma coisa das Alcateias?
- Claro.
- Vocês são duas Alcateias diferentes, certo? Uma do Sam. – Ri-me. – e outra do Jake, certo?
- Sim, certo, e…?
- Mas uma vez o Seth disse-me que eles estavam na forma de lobo e ele estava a ouvir bocas do Jared. Como é possível?
- É como ligar o telemóvel, nós podemos deixar que eles nos ouçam e às vezes reparamos que eles estão a ouvir tudo como se fossemos todos da mesma Alcateia…
- Então são duas Alcateias, mas podem patrulhar como se fossem só uma, conseguem comunicar com os elementos da outra?
- Exacto. Não ouvimos os Alphas da outra Alcateia, quer dizer, só os ouvimos se eles quiserem, o que querem. Percebemos isso dos Alphas, quando estávamos a proteger a Nessie, e o restante ao longo dos anos, é muito vantajoso…
- Isso é estranho, ter os nossos pensamentos invadidos…
Ela percebeu o que eu estava a dizer.
- Eu não me tenho transformado, “estou em recuperação” e mesmo que o fizesse escondia os pensamentos.
- Pois é, tu consegues. Sabias que o teu irmão tem muito orgulho em ti?
- Ah?
- Nós estávamos a falar de vocês e ele disse com uma voz orgulhosa “que tu devias ser a melhor da história dos lobos, consegues não transformar-te, quando estás super irritada e consegues esconder os teus pensamentos que nem mesmo o Sam ou o Jake conseguem”. Palavras dele.
- Uau. – Riu-se. – Mas agora conta-me o que aconteceu lá, em Volterra.
- Vou resumir em pouco tempo.
- Faz isso, porque de caminho o meu irmãozinho está aqui para te raptar.
- Bela escolha de palavras, Leah. – Reclamei.
- Até parece que te ias importar se o Seth te raptasse.
- Não me importaria nada.
Rimos.
- O Nahuel raptou-me, porque o Aro Volturi pediu, ele queria criar uma terceira espécie, ao que me contaram, Aro é um grande coleccionador, ele gosta de raridades. E ele queria uma terceira, para a sua preciosa colecção. O objectivo dele era que eu reproduzisse essa espécie.
- Terceira espécie?
- Ele queria juntar os genes vampíricos com os dos lobos.
- Ah? Não acredito, não pode ser.
- Pode, pode.
- Ele queria que tu te envolvesses com um vampiro?!? – Consegui chocar Leah.
- A primeira escolha deles, foi a Nessie juntamente com um lobo, o que não é muito difícil, já que ela namora com um, mas ao junta-los, ficaria metade humano e a outra metade seria dividida, então decidiram por uma loba juntamente com um vampiro. Eles descobriram-me, quando o Nahuel veio aqui pela primeira vez, quando aconteceu aquilo ao Seth – estremeci. – e Aro escolheu-me.
- Então como…?
- Como é que não aconteceu? – ela acenou. – Porque um Volturi, o que devia fazer o trabalho, protegeu-me.
- Um Volturi protegeu-te?!? Porquê?
- Não podes pensar no que te vou contar, nem perto do Edward, ele está ansioso por saber a razão, mas não sabe, o vampiro em questão, teve o cuidado de não pensar na razão, nem o teu irmão sabe, ainda.
- Prometo. E não pensar, é o meu dom.
Ri-me.
- Bem, antes de eu nascer, o vampiro foi apaixonado pela minha mãe. – O maxilar de Leah descaiu. Em tantos anos nunca a consegui chocar, e só num dia, consegui-o duas vezes. – E quando eu cheguei lá, fazia-o se lembrar dela e ele prometeu proteger-me.
- Uau. – Pronunciou ainda com o queixo caído.
- É a história da minha vida. Tenho de tudo. O que mais me pode acontecer?
- E eu a pensar que a minha vida era complicada.
- Não é a nossa vida, somo nós. Por isso é que nos damos tão bem.
- Desculpa novamente o estalo.

2 comentários:

Anónimo disse...

adorei, quero saber oq a leah vai fazer
Beijos
Matilde

Margarida Teixeira disse...

eu adorei eu fiquei um pouco triste porque eu gosto de ver a leah com o embry mas se a historia é assim, bjs
guida