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domingo, 6 de fevereiro de 2011

As Mestiças 2 - 4º capítulo

Espero que gostem!
No texto, vai aparecer o nome jet lag, que é: quando viajamos de um lado para o outro, e há uma mudança horária, o nosso corpo demora um pouco a habituar-se ao novo fuso-horário e é normal adormecermos mais cedo, ou mais tarde.

Capítulo 4

Selena foi o caminho todo a dormir no meu ombro. Durante a noite toda esteve a preparar tudo para a viagem, por isso, eu não incomodei o seu sono profundo. A viagem foi bastante extensa, mas o ambiente descontraído da minha família, fê-la sentir-se melhor. A saída de La Push foi bastante dramática para ela, sendo que a mãe dela desatou a chorar e a implorar-lhe que ficasse mais um ano ou dois, mas a bolsa de estudo era tão importante para ela, que teve que recusar, causando-lhe uma dor interminável no seu coração fraco. Jasper conseguiu acalmá-la com o seu dom e até Jenny a abraçou, dizendo que lamentava. Alice, claro, fez de tudo para a alegrar e conseguiu.
Quando chegámos a Nova Iorque, já estava a anoitecer, por isso, ninguém suspeitou o que nós éramos. Selena estava tão cansada, que apoiou-se o tempo todo no meu ombro. Alice conduziu-nos até há nossa nova casa. Claro que era em Manhattan e claro que era gigante, com 9 quartos, 7 deles com casa de banho privada e mini roupeiro, 3 escritórios, uma sala de estudo, uma de informática, uma de videojogos, uma de vídeo, uma sala de estar e outra de jantar, duas casas de banho (públicas), uma cozinha de dar inveja, dois quartos de hóspedes e, onde Alice iria passar maior parte do tempo, um roupeiro gigante, com montes me maquilhagem e roupas ainda por estrear. Ela até deu pulinhos quando viu aquilo tudo e os seus olhinhos dourados brilharam.
O meu quarto era o mais afastado, ficava mesmo no canto da casa, mas era bastante extenso contando com o mini roupeiro e a casa de banho. Ao lado do meu quarto ficava o quarto dos meus pais e há minha frente estava o quarto da Nessie e do Jacob. Deitei a Sel na minha cama e depois fui ajudar a tia Alice a desfazer as malas. Uma das coisas boas que eu tinha herdado dos meus pais, é que conseguia ficar dias sem dormir, e não me sentir cansado. Talvez me desse jeito quando eu começasse a estudar para as provas.
-Não precisas de nos ajudar, filho – falou a minha mãe colocando uma mão no meu ombro e sorrindo. – Vai dormir.
-Tens a certeza?
-Sim, tenho.
Deu-me um beijo de boas noites e eu fui andando para o meu quarto. Como seria de esperar, a Sel estava toda encostada a um lado da cama, encolhida, talvez com frio. Eu, só por acaso, estava bastante quente naquela noite para a aquecer.
Despi a camisa e troquei as calças de ganga pelas de fato de treino e entrei devagar dentro da cama. Juro, que tentei fazer o mínimo de barulho, mas ela virou-se e perguntou sonolenta:
-Taylor?
-Eu mesmo – falei baixinho. Ela sorriu e abraçou-me.
-Assim está melhor – afirmou ela e enterrou a sua cabeça no meu peito. Adormeci instantaneamente.
O meu sonho estava a decorrer maravilhosamente. Ela estava com um vestido branco, a correr pela relva e sorria daquele jeito que eu tanto amava. Mas, ninguém me mandou ter uma família tão grande, especialmente a tia Alice…
-Bom dia! – disse ela e abriu os cortinados, mostrando um dia maravilhoso e solarengo. Afastou-se rapidamente para a sombra, de maneira a Sel não suspeitar. – Têm que aproveitar o dia! Está sol e vai fazer bastante calor! Vá, despachem-se!
-Tia! – exclamei, fechando os olhos num ar de reflexo. Sinceramente, ela não precisa de dormir, mas eu sou humano! Preciso de dormir!
-Não vale a pena discutires com ela, Taylor. Sabes disso – falou o tio Ed da ombreira da minha porta.
-Mas vocês invadiram o meu quarto, foi?
Selena tremeu nos meus braços e acordou, dando um meio sorriso para mim.
-Bom dia – disse ela e voltou a colocar a testa no meu peito. – Não dá para dormirmos mais um pouco?
-Não! – gritou, quer dizer, guinchou a tia Alice, que fez a Sel dar um salto e quase cair da cama, não fosse eu a segurá-la. – Vá, despachem-se! É Nova Iorque, baby!
-Tia, pareces uma criança! – exclamei e tapei os meus olhos com uma das minhas mãos. – Fala a sério? Estamos com jet lag!
-Não, não estão! – voltou ela a chatear. – Há, vá lá! A Esme até fez panquecas!
-O quê? Panquecas? – falou Selena, ainda um pouco atordoada. – Vou já!
-Toma um banho primeiro, querida – disse Alice. – Depois eu arranjo-te. Tens quinze minutos! E quanto a ti, Tay, talvez seja melhor tomares banho no quarto do Seth.
Olhei para Selena e ela deu aquele olhar misterioso, que ela tanto gostava de dar. Ela iria adorar NY. Eu já lá tinha estado, três anos atrás com os meus pais e foi maravilhoso! Eu iria mostrar-lhe tudo!
-OK, vamos lá – disse e Alice deu pulinhos de alegria e Sel saltou da cama e correu para a casa de banho. Também me levantei e levei as minhas coisas para o quarto dos meus pais. Eu ouvia Nessie e Jenny a rirem-se de algo da cozinha. Não via a hora para estragar o momento há minha querida prima.
-Eu oiço pensamentos, Taylor – ameaçou o tio Ed saindo do quarto dele. – E tem cuidado.
-Claro, tio Ed. Sempre.
Eu sabia que aquilo era uma ameaça, mas decidi fingir que não sabia. Tomei banho e vesti-me rapidamente. Depois fui para a cozinha. Jacob estava a tentar fazer girar uma panqueca na frigideira, pouco sucedido, devo acrescentar, enquanto Jenny e a tia Nessie estavam a rir daquilo. A minha mãe e o meu pai estavam a fazer coro, mas num canto mais afastado da cozinha. Esme estava a lavar uma frigideira e quando me viu, sorriu.
-Bom dia, Taylor.
-Bom dia, avó – falei e dei um beijo no alto da sua cabeça. – O que há para comer, para além das panquecas estorricadas do Jacob.
-Cuidadinho, rapaz, olha que eu continuo a ser o Alpha – disse Jacob, mas sorriu torto, portanto, ele estava a entrar no jogo.
-Bom dia, senhor Alpha – falei e fiz uma vénia, ao que Jenny riu ainda mais. Olhei para ela, malicioso e cheguei ao pé dela, peguei na mão dela e beijei as costas da mão. Virei-me para a tia Nessie e fiz o mesmo.
-E eu a pensar que só eu é que tinha essas mordomias – disse Selena, da porta da cozinha com Alice e Rosalie ao lado dela.
-Mas tu tens muito melhor – afirmei e rodei-a no ar, roubando um beijo no meu do rodopio.
-Assim está melhor – sorriu ela e deu-me um beijo. Nós nunca passámos dos beijos simples em frente aos membros da família, para não haver gracinhas nem insinuações. Não, nunca tínhamos ido mais longe, porque eu respeitava a decisão dela: sexo só depois do casamento.
Sentei-me há mesa com ela e comemos panquecas com leite e sumo de laranja. O pequeno-almoço estava a ser maravilhoso, porque toda a minha família tinha-se juntado a nós e Carlisle falou que na hora do crepúsculo iria à Faculdade onde iria leccionar Medicina, para preencher a papelada. Alice, Jasper, Rosalie, Emmett, Edward e Bella iriam frequentar o ensino secundário, mas no horário da noite. Dizia-se que eles teriam uma espécie de alergia ao sol, por esse motivo, a sua vida era maior parte nocturna. Eu, Sel, Nessie, Jacob, Jenny, o meu pai e a minha mãe iríamos frequentar a Faculdade. Sel, eu, a minha mãe e Nessie iríamos para o curso de Veterinária, enquanto Jacob e Seth iriam para o curso de mecânica, e a minha amada prima iria frequentar o curso de psicologia, mas as nossas aulas seriam durante o período diurno.
-Vá, vocês têm que ir embora – despachou-nos Alice. – Visitem tudo e divirtam-se!
Saímos de casa e fomos pelas ruas de Nova Iorque. Selena não parava de dar aquele sorriso que eu tanto gostava, que significava que estava a absorver cada segundo. Rimos muito, perdemo-nos muito pelas ruas, mas acima de tudo, divertimo-nos. Ver Sel a dar aquele sorriso tão especial dela, vê-la dar-se bem com a minha família, fazia-me sentir feliz também.
-Taylor, tira-nos uma foto – pediu Jenny entregando-me a máquina fotográfica dela.
-OK – disse e esperei até ela pousar com o tio Jacob e a tia Nessie.
Carreguei no botãozinho e depois entreguei-lhe a máquina. Sel deu um gritinho e eu olhei para trás alarmado. Suspirei, percebendo que não era nada demais, apenas o meu pai estava a fazer-lhe cócegas.
-Ei! Ela é minha! – gritei e corri até eles. Ele ficou a olhar para mim, sorrindo enquanto a minha mãe gargalhava com a cena.
-Tens que aprender a controlar os ciúmes, Taylor – recomendou Jenny ao meu lado. Nem me tinha apercebido que ela tinha chegado. – Vai haver muita concorrência.
-Espero que me ajudes, priminha – falei ao ouvido dela. Ela olhou para mim carrancuda, mas depois sorriu angelicalmente.
-Vou tentar – prometeu ela e depois voltou a ficar séria. – Mas não é por ti. É por ela. É demasiado ingénua para saber a diferença entre um tarado e um apaixonado.
-Eu sabia que tu me ias ajudar! – exclamei e girei-a no ar.
-Ai! – gritou ela e arranjou o cabelo. – Posso ajudar-te, mas isso não quer dizer que isso vá mudar alguma coisa.
-Nunca pensei o contrário – menti. Ai, ai, ás vezes a Jenny não sabia que tinha herdado o grande problema da tia Bella: muita má aptidão para mentir. De qualquer das formas, éramos primos e ela adorava a Sel. Até eram BFF.
-Taylor! – exclamou Sel e vindo abraçar-me. – Vamos comer CupCakes?
-Tu queres mesmo comer aquela coisa cheia de calorias? – indagou Jenny, parecendo enojada. – São só bombas para engordar.
-Mas achas que estás gorda? – indagou ela e depois virou-se para mim. – Amor, não estou gorda, pois não?
Ela fez aquele beicinho que eu tanto gostava (N/A: já repararam que ele gosta de tudo na Sel? Love is in the air!) e beijei-a.
-Estás perfeita, meu amor.
-Vês, Jenny? Posso comer um CupCake há vontade! – exclamou ela para a Jenny.
-Então, vamos comer CupCakes? – falou Nessie rodeando os meus ombros com um dos seus braços. – Vá lá, sobrinho, não sejas tão chato! Estás a precisar de um docinho.
Olhei para a Selena e ela estava com aqueles olhinhos de Shrek e um beicinho irresistível. Respirei fundo e falei:
-OK, vamos lá!
Apanhámos o metro até à rua onde estaria a lojinha dos famosos queques de Nova Iorque. Eu escolhi um de menta, Sel e Jenny escolheram com sabor a framboesa, Jacob e o meu pai escolheram de chocolate e a minha mãe e a Nessie escolheram de morango. Levámos mais uns para casa e depois pegámos o metro até nossa casa. Ainda tivemos que andar um pouco até à nossa casa, mas quando chegámos a casa, estávamos tão alegres como se o dia tivesse apenas começado.
-Eu acho que vou caçar – disse Nessie. – E Jacob, tens que falar com a Leah e com a Rachel.
-Sim, tens razão – concordou o tio Jacob. – Seth, vens comigo?
-Claro.
Eles saíram de casa, e eu e a Sel fomos para o meu quarto.
-Estou preocupada, Tay – admitiu ela sentando-se na minha cama e olhando para a colcha azul-marinho. – Como é que será a escola?
-Não precisas de ter medo, Sel – afirmei, sentindo uma pontada no meu coração, por a ver triste e insegura. – Eu estarei contigo.
-Eu sei. Mesmo assim, eu nunca estive tão longe de casa. O sítio mais longe a que fui foi a Los Angels e foi com o meu irmão. Quando ele morreu, nunca mais voltei a fazer nada disso. E agora, sinto que estar aqui é como uma traição a ele. Era uma coisa só nossa, sabias? Viajar, partilhar tudo, ninguém entrava no nosso mundo. E agora… sinto que tenho saudades dele.
Os olhinhos dela preencheram-se de lágrimas e o meu corpo todo começou a doer, como se corresse dias e dias a fio sem descansar um único segundo.
-Tu não o estás a trair, Sel. Estás a honrá-lo – disse-lhe enquanto secava as lágrimas do seu rosto. – Tenho a certeza que ele estaria muito orgulhoso de ti, agora.
O irmão da Selena, Jeremy, tinha morrido num acidente de carro enquanto ia a Seattle para recomeçar o ano lectivo na Faculdade. Um camião que transportava mantimentos para Forks, vinha em contra mão e ele não teve hipótese de se desviar. Quando os paramédicos chegaram, era tarde demais. O meu pai e Leah assistiram ao acidente porque estavam a fazer a ronda, e disseram que mal houve o impacto, o coração dele parou de bater. Eles afirmaram que ele não tinha sofrido nem um segundo. De qualquer das formas, Sel sofria a perda do irmão e considerava-se culpada (mesmo que não o admitisse) por o obrigar a ir passar a férias do Natal com ela a La Push.
-Sinto a falta dele – falou ela e agarrou-se a mim a chorar. – Espero que não esteja zangado comigo.
-Não está – assegurei. – Ele está orgulhoso por estares aqui, a investir na tua vida.

2 comentários:

Matilde disse...

simplesmente adoro.. continua!!!
Beijos
Matilde

C@rolina disse...

Quero mais, mais, mais!!!!!

Estive ansiosa a semana toda!!!
CC