Fiquem com o último capítulo da fanfic Eternity, espero que tenham gostado de mais uma fantástica história do Vítor.
Capítulo 15 (último capítulo)
(sem narrador)
Paul encontrava-se sentado sobre a robusta areia de La Push, donde podia ver a beleza que o mar trazia. Cada vez que o presenciava, fazia-o lembrar-se do que acontecera há três meses. Supostamente já deveria ter passado todo o sofrimento e a solidão, mas nada se comparava com a perda do seu anjo. Cassie tinha desaparecido, como se fosse um sacrifício necessário. Mas de que serviria isso? Não ajudaria em nada. Porém, ainda sentia a ligação que os unia. Sentia a Impressão que os vinculava.
Tinha feito de tudo para a impedir de cometer aquele que podia ser o maior erro da vida dela. Não queria perdê-la por nada, mas no entanto o destino tinha-os separado. Os músculos da mão ficaram cada vez mais tensos e o ódio que sentia perante todos aqueles que tinham levado a sua amada começara a entrar na realidade. Contudo, uma parte de si mantivera controlada. Poderia talvez ser os bons momentos que passara com ela que o faziam manter a sua aparência normal.
Mantinha pouco contacto com os outros lobos e encontrava-se cada vez mais distante das outras pessoas. Em poucos instantes, encontrava-se sempre à porta de casa de Rachel e via Alphonse ao pé dela. Ou estaria a reconfortá-lo perante a perda de uma amiga ou simplesmente estavam a unir-se mais do que uma simples amizade. Queria perguntar-lhe se sabia de alguma coisa sobre Cassie, mas de nada adiantaria, pois sabia que não havia outra forma de fazê-la voltar. Sentia-se culpabilizado pela sua morte.
Após tentativas de impedir que aquilo acontecesse mesmo, nada adiantou. Ela já não existia naquele mundo terreno. Tendo sido o tempo tão pouco para se poderem conhecer melhor, o sentimento tinha falado mais alto. Ela era a sua parceira, embora fosse um anjo. Mas seria o seu anjo e de mais ninguém. Seriam um só, se tal fosse possível. A tristeza que Paul sentia no seu interior era imensa e cada vez que à memória sobressaíam todos os momentos desde que a conhecera, só pensava em como tinha sido um cobarde.
Cobarde por não ter dito antes o que era e o que ditava os seus sentimentos. Não se deixava aproximar de ninguém com o intuito de não se descontrolar. Ele desejava que tudo tivesse acontecido de maneira contraditória ao que se sucedeu. Assim, talvez tivesse uma vida. Uma em que estivesse ao lado dela. Mas algo de estranho aconteceu. Pequenas esferas de luz, iguais àquelas que vira quando estivera em Inglaterra, fizeram-se sobressair à beira-mar. Eram cada vez mais e isso confundia-o, pois não sabia o que se estava a passar.
Levantou-se da areia e observou aquilo que parecia ser surreal. Foram-se juntando cada vez mais, até que desapareceram por completo e no seu lugar, dera lugar a um corpo. Ele mal podia acreditar no que via à sua frente. Esfregou os olhos para tentar perceber se era real o que os seus olhos mostravam. Voltou a abri-los e continua a ver. Era mesmo. Ela estava ali. Sorriu na sua direcção e o coração dele voltou a sentir a ternura que por ela era única. Correu na sua direcção a abraçou-a de forma intensamente amável.
Não se deixou conter e lágrimas correram pelo seu rosto, como simples fios de prata. Olhou-a com uma felicidade estonteante e viu que também ela chorava. Estava tão feliz por vê-la de novo que sentiu o suave toque das mãos dela a preencher o vazio que se fizera durante meses perpétuos. Levou gentilmente a sua mão ao seu cabelo e afastou uma madeixa para trás da orelha. Voltou a sorrir-lhe novamente e observou atentamente os seus olhos azulados. Mas uma pergunta ainda incidia naquele momento.
- Como é possível? Diz-me como é possível estares aqui, Cassie. – Perguntou ainda irradiado de felicidade.
- Eles decidiram dar-me mais uma oportunidade, mas como humana. – Respondeu, aproximando o seu corpo até que o encostou completamente ao de Paul. – Mais uma oportunidade de refazer aquilo que já estava escrito na minha vida.
Tanto ele como ela estavam felizes por se terem reencontrado. Embora não o dissessem por palavras, eles expressavam o que sentiam por um outro gesto mais carinhoso. Os lábios dele aproximaram-se dos dela, cercando-os em todas as frentes. Quando se encontraram unidos, o sentimento deixou-se levar pela corrente. Era recíproco de ambos os lados e nenhum tentara quebrar aquele momento em que o silêncio à sua volta era simples e único, apesar do som das ondas do mar ser apenas uma contribuição para o momento em si.
- Eu amo-te, Paul. – Falou ela, separando os lábios. A honestidade nas suas palavras era algo que o deixara a sorrir por breves instantes. Ele ia dizer por fim o que sentia.
- Também te amo, Cassie. – Respondeu, deixando os seus braços elevar-se até à cintura dela.
Os lábios de ambos voltaram a unir-se, deixando-se levar maré daquilo em que acreditavam. Para Cassie, a eternidade havia sido uma constante incansável e maldita. Mas se não fosse ela, não tinha encontrado Paul nem se tinha encontrado a si mesma. Seria uma nova etapa na sua vida. Uma eternidade ao lado da pessoa que amava. Era o que mais desejara. Uma eternidade humana com Paul.
(Fim)
1 comentário:
adorei...so agora comecei a ler fanfics...mas adorei esta! quando pensei k tudo ia terminar de uma forma tao tragica e cheia de sofrimento so me apetia chorar e parar de ler naquele perciso momento...mas percebi que as coisas nao podiam acabar daquela forma e continuem a ler...e nao me arrependo de o ter feito!!! o vitor tem muito jeito para escrever gostava muito de ler mais fanfics dele!!! :p
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