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domingo, 3 de julho de 2011

As mestiças 2 - 22º capítulo

Obrigada pelos comentários! Li-os todos e é bom saber que continuam a seguir a minha fanfic! Prometo que vou fazer capítulos maiores.
Bjs




Capítulo 22

Uma semana passou e eu não entrei em contacto com a matilha, apenas com a minha tia Rosalie pelo telemóvel. Ela ia-me contando algumas novidades.
Eles não decidiram mudar-se para Forks, mas Jenny, Jacob, Nessie, o meu pai e a minha mãe vigiavam todos os movimentos de Jane. Selena não voltou a falar com eles, e desviava o olhar sempre que os via e pelos vistos tinha encontrado uma nova amiga: Jane, mas Jenny estava sempre de olho, e intrometia-se sempre que achava que aquilo estava a passar dos limites. A minha mãe queria ansiosamente notícias minhas, e a minha tia ia-a sossegando, dizendo que eu estava bem, na medida do possível, mas eu sabia que mais tarde ou mais cedo tinha que enfrentar os meus problemas.
Enquanto andava pela floresta, a pé, percebi que eles também precisavam de mim, mas eu não queria voltar a NY e enfrentar a dor da Selena. Eu estava a quilómetros de distância e conseguia sentir o que ela sentia, não seria capaz de estar ainda mais perto. Talvez fosse melhor eu voltar a Forks. Tinha a minha tia Leah, o Sam, o Jared, o Embry, o Paul e a Rachel. Era o melhor. Desta forma, eu conseguia ajudá-los, mas mantinha a distância que tanto precisava.
Voltei a casa e encontrei Tanya no escritório dela a ler um livro.
-Oi Taylor.
-Oi Tanya. Precisava de falar contigo.
Ela baixou o livro e deixou-o em cima de secretária.
-Claro! Fala.
-Eu estou a pensar em voltar a Forks.
Ela nem pestanejou uma única vez.
-Estás com saudades da tua família, não é?
-Vocês também são parte da minha família.
Ela gargalhou.
-Eu sei, e fico muito agradecida por nos considerares como parte da tua família, mas eu estava a referir-me à tua família lobo. Há uma semana que não te transformas e eu sei que isso é necessário para o teu bom funcionamento mental e físico.
-Sim.
-Há mais alguma coisa que me queiras contar?
-Não são só saudades. É uma maneira de os ajudar, mantendo a distância.
Ela acenou e sorriu.
-Muito bem! Só avisa quando fores para nós…
-Vou dentro de duas horas.
-Oh, OK – ela pareceu um pouco desiludida, mas levantou-se e falou: - Então vou telefonar à Carmen e á Kate que foram caçar para se despedirem de ti, pode ser?
-Sim, claro, também gostava de me despedir de todos. Até já.
-Até já, Taylor!
Saí do escritório dela e fui até ao meu quarto, que era o quarto de hóspedes. Comecei a arrumar as minhas coisas calmamente, pensando em quantas horas é que iria demorar se fosse a conduzir até Forks. Talvez umas seis. Chegaria por volta de meia-noite.
Fechei a mala, tirei os lençóis da cama e coloquei-os para lavar, peguei nas chaves do carro, nos documentos falsos e no meu telemóvel, e fui colocar tudo dentro do carro.
Kate e Carmen chegaram quando estava a entrar outra vez em casa e sorriram para mim. Retribuí o sorriso, apenas por educação. Não me apetecia sorrir, e também não tinha motivos para isso. A minha vida estava destruída. A Sel achava-me um monstro e fui um cobarde por me ter afastado da minha família, que naquela altura precisava de mim mais do que nunca.
-Faz boa viagem, Taylor – falou Eleazar dando-me um aperto de mão.
-Volta sempre que quiseres. Sabes que as portas estão sempre abertas para ti e para o resto da tua família – disse Carmen, enquanto me abraçava.
-Obrigado, Carmen.
-Foi bom ter-te aqui, embora não tenha sido por um bom motivo – falou Garrett, apertando-me a mão.
-Também gostei de ficar aqui.
-Quando chegares, avisa, pode ser? – pediu Tanya.
-Claro que sim.
-Manda cumprimentos aos teus pais – disse Kate.
-Farei isso – concordei e saí de casa. Acenei mais uma vez, e preguei a fundo no acelerador, rumo a Forks.

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