Capítulo 32
Bianca
Acordei com o Sol a bater-me na cara, olhei ao redor e ainda me encontrava no quarto dos Volturi.
Sentia tantas saudades do meu amor. Será que era o destino? Será que nós não devíamos ficar juntos? Porquê é que tínhamos que sofrer assim tanto? Eu apenas queria ser feliz com ele, mais nada!
- Bom dia. – Saudou-me Alec.
Todas as manhãs ele aparecia para ver como é que eu estava, mas naquele dia tinha vindo mais cedo.
- Vai ser hoje que me vais contar o que querem? – Voltei a perguntar, estava farta destes joguinhos!
Sorriu-me e pousou a bandeja em cima da cama.
- Alimenta-te. – Pediu-me, mas como nos dias anteriores atirei com a comida. – Vais ficar fraca.
- Por favor, conta-me. – Supliquei com as lágrimas a distorcer minha visão.
Ele limpou uma lágrima que caíra do meu olho e abraçou-me, paralisei.
- Eu queria poder ajudar-te, mas eu não posso. – Sussurrou-me.
- Porquê?
- Porque se eu o fizer, eles matam-me.
- Não estou a perguntar isso.
- Então? – Olhou para mim confuso.
- Porque é que me queres ajudar?
- Porque tu fazes-me lembrar uma rapariga que eu gostei, mas ela casou-se com outro e morreu à uns meses. – O seu semblante entristeceu.
- Sou parecida com ela? – Sussurrei, não sei porquê.
-Sim, mesma cor de cabelo, de olhos, mesmas feições, tudo…
- À quanto tempo a conheceste? Se não quiseres responder eu compreendo…
- Não faz mal. Conhecia em Miami, tive que ir lá fazer um trabalho, à uns 17 anos, mas ela estava casada e uns anos mais tarde, descobri que ia ser mãe…
- Ela morreu…? Quiseste-te vingar…? – Fiquei assustada.
- Não. Ela sofreu um acidente de carro e eu vinguei a sua morte, matei o motorista do carro que provocou a sua morte. – Agarrou inconsientemente e violentamente a colcha.
Ai tudo encaixou-se como um puzzle, a aparência parecida à minha, o mesmo Estado, a morte, a altura.
- A rapariga, por acaso, não se chamava Kristen, pois não? – Gritei, levantando-me da cama.
- Como é que tu sabes? – Levantou-se também.
Não lhe respondi e comecei a chorar, ele era apaixonado pela minha mãe! A minha mãe conhecera um vampiro!
- Que se passa? – Perguntou vindo na minha direcção. – Bianca, que se passa? – Voltou a perguntar, agarrando-me.
- Qual era o apelido dela? – Inquiri entre soluços.
- Charles, porquê?
- Esse não era o apelido do marido?
- Sim… Que se passa?
- Sabes o meu nome? Todo?
- Bianca Ateara.
- E o apelido do meu pai?
- Tu és Charles? Tu és a filha da Kristen? – Paralisou, parecia que entrara em estado de choque.
Deixei-me cair sobre a cadeira próxima. O que mais me faltava acontecer? Fizera tanto mal na minha vida passada?
Saiu do transe, veio até mim e beijou-me. Tentei afastar-me, mas era como empurrar um camião, não havia movimento, finalmente ele afastou-se.
- Desculpa, mas estava com tantas saudades dela… - Não falei. – Eu não posso fazer o que tenho para fazer… - Voltei a não falar. – Tu tens que saber a verdade, mas não te posso ajudar, apenas contar a verdade.
Aquilo já me interessava, levantei-me e sentei-me na cama.
- Por favor, conta-me. – Pedi.
- Talvez saibas que Aro gosta de coleccionar raridades. – Abanei negativamente a cabeça. – Então parece que vou ter que começar pelo inicio. Aro sempre invejou os Cullen, por causa dos poderes, eles são muito fortes, talvez mais do que nós. Quando a filha do Edward e da Bella nasceu, Aro ainda ficou mais invejoso e quis inclusive matar a família…
- Eu essa parte sei, o Seth disse-me. – Quando disse o seu nome, sentia uma dor horrível, o meu coração estava com ele, e sem ele, o que era eu?
- Sim, mas não conseguiu, porque o Nahuel apareceu, e desde então Aro tem observado os Cullen, qualquer passo em falso e eles eram aniquilados, mas não cometeram qualquer irregularidade. À quase um ano, o Nahuel apareceu aqui e disse que queria se juntar a nós, Aro assentiu, mas disse-lhe que teria que fazer tudo que ele mandasse, Nahuel concordou, e desde então tem andado a fazer aquele joguinho com os Cullen e com os lobos, pois se eventualmente, os Cullen o matasse, nós teríamos uma desculpa para começar uma guerra, acontece a mesma coisa com os lobos…
- Mas porque é que me trouxeram? Para assim eles virem aqui e iniciarem uma guerra, claro…
- Estás enganada, não foi para isso que te trouxeram para aqui. – Disse-me Alec.
- Então…?
- Como te disse no inicio, Aro gosta de coleccionar raridades…
- E eu como loba, ele tinha uma raridade. Mas eu não sou loba, apenas tenho sangue de loba…
- Continuas enganada… - Sorriu-me.
- Então explica-me!
- Aro quer criar uma nova espécie, mais forte do que um vampiro e do que um lobo…
- Mais forte? Existe?
- Não existe, por isso é que eu disse criar…
- Tem lógica… - Sorri envergonhada.
- Também acho… - Riu-se. - Mas como eu estava a dizer, o Aro quer juntar lobo com vampiro…
- Mas nenhum dos dois pode ter filhos…
- Que tal se me deixares de interromper para eu contar?
- Desculpa.
- Então como eu estava a dizer, novamente. – Deu ênfase a essa palavra. - Aro quer juntar essas duas espécies, para dar uma terceira. Mas como um lobo nem vampiro podem ter filhos, e como não existe um humano com sangue e genes vampíricos…
- Eles estão a pensar que eu possa dar essa terceira espécie? – Gritei horrorizada.
- Tu tens os genes de lobo que eles querem, se tu quisesses poderias transformar-te em qualquer altura…
- E eles estavam a pensar que eu me ia envolver com um vampiro?!?
- Podes falar baixo? Eles não sabem que eu te estou a contar.
- Desculpa, mas estavam?
- Sim, foi por isso que te deram assim um quarto, para te sentires à vontade…
- Porque é que me quiseram a mim?
- A primeira escolha dele, foi a filha do Edward, mas ela é meia vampira e com um lobo, ficaria metade humano e o resto ficaria dividido entre lobo e vampiro, assim descobriram-te, na primeira visita do Nahuel lá e quiseram-te…
- Estavam a pensar que eu me ia envolver com quem?
Alec não respondeu, foi ai que mais umas peças se juntaram.
- Contigo! – Gritei.
- Eu no princípio concordei, era um trabalho, mas quando tu apareces-te eu não podia fazer isso…
- O que vou fazer? – Comecei a chorar, novamente.
- Não sei, duvido que consigas sair daqui, mesmo comigo.
- Eu… eu pensava que eles vinham-me salvar…
- O Nahuel é esperto, deve tê-los confundido, e eles devem pensar que tu não estás em Volterra, o Nahuel poderia levar-te para qualquer lado.
- O que vou fazer? – Disse, entre soluços.
- Espera um bocado... – Disse, saindo do quarto.
Passado uns segundos, eles apareceu novamente e sentou-se à minha beira, retirou um objecto do bolso e deu-mo.
- Liga-lhes, mas rápido.
Dei-lhe um beijo e marquei o número que tanto conhecia, tocou várias vezes, mas não atendeu, voltei a desligar a chamada.
- O Seth não atende, não deve estar com o telemóvel. – Lamentei-me.
- Só sabes o dele?
- Eles devem estar todos na forma de lobo, só se....
Seth
Mais um dia, sem a minha princesa, já estava a ficar louco e amanhã ela faria os seus 16 anos. Voltei para a casa dos Cullen, era lá que nos encontrávamos para tratar da estratégia.
- Estou farto de estar parado! – Gritou Quil.
- Eu já disse para irmos atrás dela. – Claro que Emment disse, para ele não passava de um joguinho!
- Seth, tem calma. Sabes perfeitamente que o Emment quer ajudar. – Defendeu Edward.
- Eu sei, desculpa.
Nesse momento o telemóvel de Emment tocou, tocou várias vezes e eu já estava farta de o ouvir.
- ATENDE ESSE TELEMÓVEL! – Gritei-lhe.
Ele atendeu e caiu sobre a cadeira próxima dele, um brilho apareceu-lhe na cara, tal como na de Edward.
- Estava tão preocupado, estávamos todos. Tu és maluca?!? A convivência comigo dá nisso! Onde é que tu estás? – Parou de falar, para deixar a outra pessoa responder. – Nós vamos para ai. Tem calma, não te assustes. – Olhou para mim. – Ele está aqui, vou passar-lhe. Adoro-te lobita. – Passou-me o telemóvel.
- Estou? – Disse fracamente para a pessoa do outro lado, fosse ela quem fosse.
- “Amor? Oh, meu amor, tenho tantas saudades tuas.” – Estava a ficar maluco?
- Princesa? És tu, princesa? – Cai sobre o sofá.
- “Claro que sou, meu amor. Como é que estás?”
- Não interessa como eu estou. Fizeram-te mal? Como é que estás? Onde? Oh, minha princesa, eu amo-te tanto...
- “Amor, eu também te amo...” – No outro lado alguém falou para a minha princesa. – “Amor, tenho que desligar. Amo-te nunca te esqueças”
Desligou o telemóvel, levantei-me e atirei Emment contra a parede.
- Onde ela está? – Gritei-lhe, lutando contra os braços de Edward, Sam, Quil, Jake e Jasper.
- Ela está em Volterra, os Volturi capturaram-na, mas alguém está a protegê-la, só não me disse quem…
Antes que alguém falasse, Edward afastou-se e foi abrir a porta, quando o fez, Alice e Rosalie entraram com a minha irmã inconsciente.
- O que lhe aconteceu? – Perguntou Sam, pegando nela.
- Foi o Nahuel, apareceu-lhe e ela deu-lhe luta, mas com o seu poder, ele conseguiu dominá-la…
- Ela foi mordida e está a arder em febre. – Interrompeu Carlisle.
1 comentário:
Muito lindoooo^^
Sou do Brasileira mas moro no japao!!
Leio o seu blog todos os dias!
Por favor nao deixe de postas^^
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