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sábado, 24 de abril de 2010

As mestiças - 30º capítulo

Ponto nº 1 - peço-vos imensas desculpas por não ter postado a semana passada e era suposto ter postado ontem, mas eu juro por tudo que eu não tive qualquer hipótese de postar. Por isso, o 30º sai hoje, e na Quarta-feira, vou postar o 31º capítulo.
Ponto nº 2 - a fic já está quase toda acabada, só para saberem, mas tenham calma porque ainda vão ler muitos capítulos.
Ponto nº3 - e não se esqueçam de comentar!
Capítulo 30

-Bom dia – disse a voz de Seth ao meu ouvido.
-Bom dia – disse ensonada.
A noite de ontem tinha sido… maravilhosa!
Olhei para a janela e o dia estava claro, embora com nuvens.
-Bem vinda ao Estado mais chuvoso dos E.U.A.
-Pois… Já tinha percebido isso.
-Eles estão há nossa espera na casa da Bella.
-OK. Dá-me só cinco minutos – pedi-lhe virando-me para o outro lado e fechando os olhos. Eu quero é dormir. O resto pode esperar.
-Sophie. Tu vais voltar a adormecer.
-Não vou nada – resmunguei.
Ele levantou os lençóis bruscamente, mas… surpresa! Eu não tenho frio!
-Toca a levantar! – gritou ele.
-Cala-te! Quero dormir! – gritei-lhe, atirando a almofada que estava ao meu lado contra ele.
-Não acertaste!
-Não me interessa!
Encolhi-me numa bola e tentei voltar a dormir, mas ele insistiu. Pegou-me ao colo e começou a correr pela casa pequena.
-Pára! Larga-me! – gritei. Finalmente abri os olhos e… oh não! Eu estava dentro da banheira!
-Seth… tu não…
-Eu sim – disse ele divertido com o chuveiro na mão. Ligou a torneira e um jacto de água gelada saiu. Tentei sair dali, mas ele agarrou-me e meteu o chuveiro mesmo por cima de mim. Comecei a fazer-lhe cócegas mas ele… nada. Continuava a encharcar-me. Com um reflexo rápido peguei no chuveiro e molhei-o todo.
Por uns segundos ele ficou a olhar para a sua T-shirt de dormir toda molhada. Depois olhou para mim furioso.
-Tu não devias de ter feito isso Sophie Cullen.
Começou a correr pela casa toda atrás de mim, mas de repente não o vi mais atrás de mim.
-Seth?
Nada. Será que lhe tinha acontecido alguma coisa?
Comecei a olhar para todos os lados e avancei pelo corredor por onde tínhamos atravessado. Respirei fundo e ele estava na esquina, com o coração demasiado rápido para o meu gosto.
Quando me ia a virar ele atirou-se sobre mim.
-Pára! – gritei, ou melhor, esganicei.
-Eu disse-te que não devias de ter feito aquilo.
Beijou-me super docemente. Agarrei no cabelo dele e puxei-o mais para mim. Quando ele achou que aquilo já estava a ir longe de mais, afastou-se.
-Temos que ir. Eles estão há nossa espera.
-Mas já?? – resmunguei.
-Sim.
Fui para o quarto dele e vesti rapidamente a roupa do dia anterior.
Chegámos há casa meia hora depois. Já lá estavam a Kate, o Garret, o Eleazar, a Carmen e a Tanya.
-Não acredito! Vocês chegaram! – exclamei abraçando cada um deles.
-Claro! Somos uma família – disse Tanya.
-Tive saudades vossas.
-Nós também – afirmou Kate.
-Tens treinado o teu escudo? – perguntou Eleazar.
-Claro! Queres experimentar? – perguntei divertida.
Agora não conseguia manter uma conversa séria. Eles estavam cá e isso seria melhor que nunca. Se não fosse pelo motivo que era… mas não interessa.
-Sophie! – gritou Nessie assim que entrou em casa. – Não acredito que ainda estás assim! Se a Alice aqui estivesse…
-Mas ela não está – respondi.
-Pois… mas mesmo assim, tens que ir mudar de roupa porque temos visitas. O Jake meteu as tuas coisas no quarto do meu pai. Anda, vou ajudar-te.
OK, era oficial. Ela tinha herdado um gene da Alice. Quem é que se iria preocupar com o que ia vestir?
Ela abriu uma mala gigante em cima da cama e tirou de lá tudo o que precisava.
-A casa de banho é ali – disse apontando para trás. – Fica à vontade.
-Obrigada Nessie.
Ela sorriu e depois deixou-me à vontade. Tomei um banho quente e vesti-me. Decidi prender o cabelo num rabo-de-cavalo e desci as escadas. Não notei que já tinham chegado mais visitas.
-Sophie, apresento-te o Peter e a Charlotte.
Não notei em mais nada. Só notei que eles tinham os olhos vermelhos. Isso significava que eles se alimentavam de sangue humano. Senti-me tonta. Há meses que não bebia sangue humano, e já nem me lembrava de sensação. Mas também não tinha vontade de experimentar.
-Soph – chamou-me Seth que estava ao meu lado com um braço na minha cintura.
Eu tinha que respeitar a decisão deles. Meti uma cara alegre e cumprimentei-os.
-Olá – disse.
Eles olharam-me surpreendidos mas sorriram.
-Queres ir apanhar ar? Não estás com muito bom aspecto – disse Edward.
Acenei com a cabeça e educadamente pedi licença da sala. Mal saí da porta, comecei a correr sem destino.
-Calma, Sophie. Vamos para a casa do bosque.
Olhei para Nessie. Eles tinham outra casa? Ela encaminhou-me para ela e quando a vi… uau! A casa era linda. Um estilo moderno, simples e… floral. Não sei explicar. Simplesmente adorei a casa.
-Anda, vamos entrar – disse Nessie.
A casa por dentro também era magnífica. Sentei-me num sofá confortável e Seth sentou-se ao meu lado muito atento a todos os movimentos que fazia.
-O que é que aconteceu há bocado? – perguntou Nessie.
Olhei para ela e os meus olhos encheram-se de lágrimas. Não era razão para tanto, eu sei, mas só de pensar que humanos tinham morrido e pior, que eu já tive aquele regime alimentar, fazia-me assim. Eu já não queria adoptar aquela dieta, porque se perdiam vidas.
-Eu… eu… quando vi os olhos deles… eu… não sei Nessie… não sei…
-Nunca viste os olhos vermelhos dos vampiros que se alimentam de sangue…
- Não digas mais nada! – gritei de repente. Respirei fundo várias vezes até me acalmar, limpei as lágrimas e comecei a falar:
-Eu só não acredito que já tive aquele regime alimentar! E custa-me mais saber que maior parte dos vampiros ainda se alimentam assim.
-Ouve, não te quero assustar, nem te atormentar mais mas… vais ver mais assim. Os próprios Volturi alimentam-se de sangue humano – disse Jacob.
-Eu sei. Eu pensei que não me iria afectar, mas afectou-me, e vou ter que sobreviver a isso.
Seth abraçou-me pela cintura e encostou a sua cabeça no meu ombro. Nessie encostou a mão dela na minha e mostrou-me imagens da sua sede do sangue humano quando era bebé e os olhos da mãe dela quando ainda era uma vampira recém-nascida. Quando vi os olhos da Bella tão vermelhos… encolhi-me toda. Tentei tirar a mão, mas ela prendeu-me.
-Vais ter que sobreviver com isto. Os vampiros que vêm para aqui alimentam-se todos de sangue humano. E pior ainda. Vais vê-los a irem embora para caçar com os olhos pretos e quando voltarem, vão ter os olhos vermelho vivo – sussurrou Nessie.
Tirei a mão rapidamente e encostei-me a Seth. Ele abraçou-me ainda mais e suspirou.
-`Tou com fome – queixou-se ele.
Rimo-nos os três, excepto ele próprio que não achou graça nenhuma àquilo.