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quarta-feira, 28 de abril de 2010

As mestiças - 31º capítulo

E como prometido, aqui está outro capítulo da minha fic. Depois de amanhã há o 32º capítulo (já foram assim tantos? O tempo passa depressa!)
Não se esqueçam de comentar!



Capítulo 31

A Nessie foi buscar comida à casa grande com Jake enquanto eu e Seth ficámos na casa da floresta.
Ficámos os dois no sofá sem dizer nada até que eu quebrei o silêncio:
-Em que estás a pensar?
-Em nada.
-Estás a mentir – acusei-o. Ele não disse nada. Limitou-se a olhar para o vazio.
-O que é que se passa? Conta-me Seth.
-Não se passa nada.
-Não me queres contar?
Ele olhou para mim como se pedisse desculpas.
-Voltámos! – exclamou Nessie.
Meteu a comida em cima da mesa que estava na sala e aproximou-se de mim.
-Anda conhecer o meu quarto!
Levantei-me e segui-a.
O quarto dela era de tamanho normal, tinha uma cama de solteiro e as paredes estavam pintadas de um cor-de-rosa clarinho.
-Ele só está preocupado com a reacção que possas ter quando vires muitos pares de olhos vermelhos – comentou ela, sentando-se na cama.
-Só isso?
-E não é motivo suficiente?
-Acho que não.
-Acredita que é. Tu és a impressão dele, logo, se tu não estás bem, ele também não estará.
-Vou comportar-me melhor.
-Não! – exclamou ela. – Não é uma questão de te portares melhor ou não! Simplesmente tens que… sei lá! Quando eu nasci não tive esse problema! Tenta só… não entrares tanto em choque.
-OK – disse desanimada.
-Então, gostas do meu quarto?
-Sim, é giro – disse sem emoção.
-Com saudades do Canadá?
-Também.
-Eu não queria que os Volturi viessem – sussurrou ela.
-Eu… tenho medo do que eles possam fazer – admiti.
-Eu também. Mas… Eu confio na minha família e nos vampiros que vêm.
-E se acontecer uma luta?
-Nesse caso, o Eleazar e o Garrett ajudam-nos.

***
-Eleazar! – gritámos as duas enquanto saltávamos o rio com dois lobos atrás de nós.
-Chamaram-me? – perguntou Eleazar enquanto descia as escadas.
-Sim! – exclamámos as duas
-Precisamos da tua ajuda – começou Nessie.
-Numa coisa – finalizei eu.
-E qual é?
-A lutar – dissemos as duas.
-Têm a certeza? – perguntou ele, receoso.
-Claro! – disse eu. – A probabilidade de virmos a lutar é de… 90%?
Ele suspirou e depois exclamou:
-Então ao trabalho!
Ele encaminhou-nos para o meio da floresta. Encontrámos uma clareira linda, bastante larga. Jacob e Seth ficaram na penumbra a observar-nos.
-Então vamos começar! Sophie, preciso que não uses o teu escudo em qualquer caso.
-OK – acenei eu.
-Nessie, tu lembras-te de alguma coisa?
-Sim. Sendo que eles são bastante fortes, ágeis e rápidos, tenta movimentar-te o mais rápido possível de maneira a deixá-los confundidos. Evita estar de costas para eles, porque dessa maneira é mais difícil eles partirem-te ao meio.
-Excelente. Sophie, percebeste tudo?
-Sim.
-OK, então, vamos começar por ti Nessie.
Afastei-me um bocado e fui sentar-me ao lado do lobo gigante cor de areia. Ele nem sequer olhou para mim.
-Estás cá com um humor!...
Ele olhou para mim carrancudo e nem precisei de tradutor. Ele estava furioso comigo por querer aprender a lutar.
-É para meu bem, Seth. Sabes bem que se houver luta, não me podes defender de tudo e de todos.
-Sophie, podes vir – chamou Eleazar.
Nessie passou por mim, tocou-me no braço e mostrou o rosto de Seth e Jacob quando estão zangados. Prendi o riso e continuei a andar.
-Evita usar o escudo – voltou a pedir Eleazar.
-Certo.
Eleazar meteu-se na posição defensiva e eu também. Ele investiu em frente e o meu escudo começou a expandir-se, mas eu impedi-o. Desviei-me para o lado e comecei a correr em círculos. Distraí-me por uma fracção de segundo quando vi Seth a ir-se embora. Eleazar apanhou-me e atirou-me ao chão.
-Rendo-me! – gritei.
-Muito bem. Se o Seth não te tivesse distraído, talvez nunca mais te tivesse apanhado. És mais rápida que a Nessie.
-OK – disse, enquanto me dirigia para onde o Seth tinha ido. Jacob e Nessie ficaram a observar-me mas não disseram nada.
Comecei a correr, seguindo o cheiro dele. Ele foi para La Push. Podia atravessar a fronteira sozinha? É melhor não arriscar. Comecei a correr há volta do perímetro e deparei-me com um lobo preto gigante. Ele começou a rosnar furiosamente. Eu sabia que ele era um lobisomem pelo tamanho, mas pelos vistos ele ainda não me conhecia. Antes que ele começasse a atacar-me, apresentei-me:
-Chamo-me Sophie Cullen, a impressão natural do Seth Clearwater.
Ele parou de rosnar e afastou-se. Passados uns minutos ele voltou em forma humana. Era um homem alto, bonito mas tinha uns olhos cautelosos, como se tivesse medo que eu o pudesse atacar.
-Desculpa. Sou o Sam – disse ele, entendendo-me a mão. Apertei a sua mão com firmeza e esbocei um pequeno sorriso.
-Não há problema. Eu queria saber se posso atravessar a fronteira para ir ter com o Seth.
-Claro, não há problema. Desde que não caces em La Push…
-Eu não caço humanos – interrompi-o rispidamente. – Sou vegetariana.
-Já deduzia isso. Consegues chegar há casa do Seth? Eu tenho que acabar o meu turno.
-Sim, claro.
-OK, então vemo-nos por aí, Sophie.
-OK.
Ele desapareceu e eu atravessei a fronteira. Corri um bocado e comecei a sentir o odor de Seth, que ia ter à praia.
O dia estava nublado e fazia a água parecer mais escura do que ela parecia. Ele estava no penhasco, pronto a saltar. Quando ele saltou, corri para a praia (em velocidade humana), pois sabia que ele não iria fugir ou evitar-me.
Sentei-me perto de uma árvore que estava perto do alto penhasco. Quando ele veio à tona de água, fiquei a observá-lo sem tirar os olhos dele. Seth veio ter comigo e olhou-me duramente.
-Porque é que não falas? – perguntei desviando o olhar para as ondas do mar.
-Eu estou a falar contigo.
-Não me estou a referir a isso – resmunguei. – Estou a referir-me… não te percebo. Estás preocupado comigo ou com aquilo que eu posso fazer?
-O quê? Onde queres chegar?
-Muito simples. Pensa um bocado nas últimas duas vezes que estivemos juntos? Consegues ver as diferenças?
-Soph – começou ele sentando-se ao meu lado. -, eu não estou zangado contigo.
-Então porque é que ages como tal? – enfrentei-o.
-Sophie, desculpa. Eu juro que não queria que te sentisses mal por minha causa.
-As desculpas não se pedem, evitam-se – disse rispidamente. Ele olhou para mim como se o tivesse ofendido. Mas ele tinha-me magoado primeiro e estava a magoar-me outra vez. Quantas vezes é que isto iria acontecer?
-Eu sei – afirmou ele cautelosamente, como se tivesse escolhido as palavras cautelosamente.
-Vou embora. Depois falamos.
Caminhei lentamente até à orla da floresta ouvindo o seu coração quente e forte. Eu não queria ter discutido com ele, mas foi inevitável.
-Lamento – suspirei esperando que ele me fosse ouvir.
Comecei a correr o mais rápido que pude e fui parar ao meu destino: há casa branca. Abri a porta e uma rocha bateu em mim, mas não sei como (talvez os meus reflexos de vampira) não caí.
-Fico tão feliz por te rever – sussurrou Bella ao meu ouvido.
-E-eu também, Bella – respondi.
-Sophie – chamou Edward. – Já chegaram mais visitas.
Agora não era momento de pensar em Seth, tinha que receber os vampiros cordialmente. Apesar de ser difícil deixar a pessoa que amo para segundo plano de pensamentos…

5 comentários:

Anónimo disse...

o que 'e que se passa com o Seth? tenho pena que as coisas tenham ficado assim entre eles.... bem mais um espectacular capitulo, muitos parabéns.
beijos
Matilde

C@rolina disse...

adorei, simplesmente adorei

C@rolina disse...

quem serão as visitas???

C@rolina disse...

5 estrelas!!!
:-)

C@rolina disse...

disses-e que vinha amanhã mas ainda não veio