Capítulo 6- Parte 1
Seth não me falava à 3 semanas, não sabia o que fazer, não me atendia os telefonemas, nunca estava em casa, nada, nem uma única notícia e Derek nunca mais tinha aparecido à escola, pelo menos não o tinha que ver, não conseguia depois do que ele me tinha feito, neste momento tinha saudades também das piadas, da descontração e da alegria de Emmett, até tinha saudades dos seus “insultos”.
Quando cheguei da escola, deixei a minha mochila no quarto, peguei apenas no meu branco Ipod e saí de casa, precisava de ar.
Fui para a praia, para o sítio onde eu e Seth nos tínhamos beijado pela primeira vez, reparei numa pequena gruta que tinha ao lado, fui para lá e sentei-me a ouvir música, estava a ouvir nesse momento, Your Love de Emma Burgess, mexia na água gelada, enquanto revivia o que tinha acontecido no dia que conheci aquele Cullen maluco, aquele Emmett, aquele sanguessuga, como eu lhe chamava.
Flashback
Estava a chegar à escola, tinha ido sozinha. Estava um bocado atrasada e quando estava a ir em direcção à minha aula, fui parada por uma pessoa.
- Olá bonequinha.- Disse Derek com um sorriso.
- Saí da frente.- Disse-lhe, continuando a andar.
- Oh vá lá, boneca. Se o teu namorado não acreditou em ti, é porque não gosta verdadeiramente de ti.- Continuava com um estúpido sorriso, na sua estúpida cara.
- Tu não sabes nada.- Gritei-lhe.
- Vê-se. Se tu fosses minha namorada, eu tratava-te como uma rainha.- Disse agarrando-me
- Larga-me.- Gritei-lhe.
Ele voltou a agarrar-me e levou-me para fora do edifício.
- Larga-me.- Gritei-lhe, mas ele não o fez, nem respondeu.
Continuei a gritar-lhe, mas ele continuava a arrastar-me, passado um bocado parou.
Reparei que estava na floresta perto da escola. Quando ia a falar, Derek beijou-me, quis separar-me, mas não conseguia, ele era mais forte do que eu.
Começou a tocar-me, eu tentava afastar-me, mas sem efeito. Depois começou a beijar-me o pescoço e aí eu gritei, ele depressa tapou-me a boca, comecei a chorar, continuava a tentar libertar-me, mas não conseguia. Derek estava a desapertar os botões da minha camisa, nesse momento consegui libertar-me e comecei a correr, mas depressa ele apanhou-me.
- Tu não me foges.- Disse-me perversamente, enquanto me voltava a beijar, para eu não conseguir gritar.
Recomeçou a desabotoar os poucos botões que ainda faltavam da minha camisa e depressa fiquei sem ela. As lágrimas caíam intensamente, ele sorria e começava a beijar o meu peito, lutava contra isso, mas ele encostou-me com mais força contra a grande árvore. As árvores que se encontravam lá eram as testemunhas, as testemunhas silenciosas.
Quando ele estava a desabotoar as minhas calças, ele caiu no chão inanimado, assustei-me e vi o que tinha acontecido. Um homem encontrava-se lá, ele era alto e incorporado, cabelo preto, olhos dourados. Ele veio até mim e segurou-me, estava prestes a desmaiar, despiu a sua camisola, pois a minha tinha ficado em farrapos e vestiu-ma.
Quando acordei, estava num quarto impessoal, o grande rapaz estava junto à janela ao telefone, quando desligou veio até mim.
- Como estás?- Perguntou-me
- Bem.- respondi reticente.
- Já agora sou o Emmett Cullen.- Disse com entusiasmo.
- Bianca Ateara.
- Ah eu sei, tu és uma lobita.- Ele estava a tentar insultar-me?
- E tu ao que me parece és um sanguessuga.- Disse-lhe
- Ei! Loibita, acalma-te, estava a brincar.- Ele estava mesmo entusiasmado.
- Eu também.- Respondi-lhe
Rimo-nos, ele tornava o ambiente leve, divertido, mas lembrei-me de uma coisa.
- Tu não contas-te a ninguém, pois não?- Perguntei saltando da cama.
- Será que todas as mulheres são tão impacientes?
Mais uma boquinha e eu atirava-lhe com alguma coisa.
- Mas não, não contei. Não sabia se querias ser tu a contar…- Interrompi-o
- Não quero que ninguém saiba disto.
Ele ia dizer alguma coisa, mas desistiu.
- Queres comer?- Perguntou-me passado algum tempo.
- Não obrigado. Já agora, onde estamos?
- Estamos num hotel em Port Angeles.- Respondeu-me
- Tenho que ir embora.- Disse-lhe.
- Está bem.- Disse abrindo-me a porta e fomos até um Jeep.
- Uau.- Disse apenas.
- É meu.- Disse orgulhoso.- Eu gosto de coisas grandes.- Continuou.
Pelo caminho ouvíamos AC/DC.
Enquanto conduzia a alta velocidade, ia resmungando para si, algo assim “As raparigas são tão desconfiadas, tão curiosas, tão impacientes, tão teimosas”, eu apenas me ria e ele olhava para mim.
- Estás entregue, oh lobita.- Disse, gozando-me
- Obrigado, sanguessuga.- Retribuí.
Percebi que estávamos na fronteira, achava eu.
- Consegues ir sozinha?- Desafiou-me
- Claro, afinal eu não sou nenhuma sanguessuga.
- Pois não, és uma lobita.
- É o melhor que consegues?- Agora tinha sido a minha vez de desafiar.
Foi interrompido pelo telemóvel.
- Já vou, Rose.- Disse com um sorriso de orelha a orelha.- Sim. A floresta precisa de uma devastação.- Olhou-me, a provocar.
Saí do carro e comecei a andar.
- Oh lobita, tem cuidado.- Disse com um grande sorriso.
Quando cheguei a casa, ouvi um grande sermão e usei a desculpa de um trabalho, Gaby teria que confirmar.
Fim do Flashback
Reparei que involuntariamente estava a chorar, já tinha passado dois dias desde aquele incidente, ainda ninguém sabia, excepto Emmett, que me ligava todos os dias para saber como estava, mas espantosamente eu divertia-me muito com ele, com ele por perto, nem que fosse por telemóvel, o ambiente ficava mais leve.
1 comentário:
wow... coitada da Bianca!!! ainda bem que o Emmett apareceu!
gostei muitp do capitulo!´continua a escrever. parabéns
beijos
Matilde
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