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sábado, 12 de junho de 2010

As mestiças -39º capítulo

Desculpem o atraso, mas confundi os dias.


Capítulo 39




-Meus amigos – começou Aro. – Nós viemos cá com um motivo e tentámos a todo o custo evitar uma guerra, mas vocês não nos estão a facilitar-nos a vida. Ainda não falei o motivo da nossa vinda. E queria que todos vocês soubessem. Marcus, meu irmão, tu querias falar.

Marcus veio até ao encalço do seu irmão, Aro, e começou a falar:

-Sophie, percebo a tua confusão. Nós, os Volturi e o teu pai planeámos desde o dia em que nasceste que te irias casar com um dos nossos: o Alec. A intenção disto era criarmos um descendente dos Volturi, mas tu desapareceste quando ele te ia buscar.

-Por isso, falei do bilhete que tu tinhas deixado e todos concordámos que viríamos buscar-te – terminou o meu pai.

O quê? Desde que eu nasci que ele planeava isto? Como era possível? E ainda por cima com um deles! Nós já não vivemos no século dezanove ou vinte! Já não existem casamentos combinados!

Não sei se estava espantada e incrédula ou furiosa. Talvez até mesmo os três.

-Tu o quê? – gritei-lhe. – Tu não tens esse direito. Eu não vou casar com um deles! Está completamente fora de questão! Eu não sou como eles! Eu não quero o futuro que decidiste por mim! Tu não sabes o que eu quero!

Nessie abraçou-me e impediu-me de avançar. As lágrimas estavam a começar a cair de tanta raiva e impotência que tinha dentro de mim.

-Vamos acabar com isto – cuspi. – Eu vou lutar contigo.

-Como queiras. Mas aviso-te desde já que vai ser mortal.

Não me atingiu. Não entrei em choque por ele querer a minha morte porque eu sabia que desde que eu nasci, ele queria que eu morresse, queria ver-se livre de mim.

-Combinado.

Avancei e os dois clãs andaram todos para trás. Agora era só eu e o meu pai.

Começámos a lutar. Era uma dança eu desviava-me cada vez que ele atacava e ele desviava-se cada vez que eu investia. No início até nem tive muitas dificuldades, mas ele começou a fazer outras manobras e eu comecei a ficar confusa. Não vou desistir. Pela minha família e por aqueles que acreditam em mim, por mim, para não deixar ele sair vitorioso. Comecei a entrar no jogo dele e tive uma oportunidade: ele estava indefeso, a minha rapidez deve de o ter surpreendido e eu investi. Ele tentou defender-se, mas já era tarde. Arranquei-lhe a cabeça e comecei a desmembrá-lo. Agarrei no isqueiro que a Alice me tinha dado antes disto começar e queimei o corpo dele. O cheiro a incenso foi muito intenso mas Benjamim desviou o vento e assim eu não tive que sentir aquele odor que queimava as narinas.

Então, o choque assolou-me de repente. Eu tinha matado o meu pai. O meu pai tinha morrido e a culpa era minha. O único familiar que era do meu sangue tinha morrido. Dei lentamente alguns passos atrás sem perceber que os dava. De um segundo para o outro Edward e o Seth estavam do meu lado e ajudaram-me a voltar para o meu posto.

Fiquei ao lado da Bella e ela meteu um braço à minha volta. Seth encostou o seu pêlo fofinho ao meu corpo e senti-me confortável entre eles os dois.

No entanto, nada faria desaparecer ou apagar o que eu tinha feito. O meu próprio pai! Que pessoa sem escrúpulos era eu para matar o meu pai há frente deles todos. Seth tinha razão; eu não devia de ter lutado contra ele. Nunca deveria de ter existido aquela estúpida votação que eu pedi que eles fizessem. Sentia-me uma criminosa, uma assassina.

Aro soltou um longo suspiro e isso fez-me voltar à realidade. Voltei a “accionar” o meu escudo que entretanto tinha adormecido e enfrentei todos aqueles olhos vermelhos.

Fitei Aro, Caius e Marcus com raiva. Se naquele momento tivesse o poder da Jane, eles já estavam no chão a gritar de dor.

-Bem, parece que isto esclarece as coisas – disse Aro, fitando o chão pensativo. – A Sophie mostrou que é forte e não quer entrar no nosso clã. Sendo assim, nós não fazemos mais nada aqui.

-Espere! – gritou uma voz.

Tentei focá-la e encontrei o dono daquela voz: era Leonardo. Ele estava do lado deles? Traidor.

-Tenho mais uma coisa a dizer – disse ele, aproximando-se de Aro calmamente.

Visto deste ângulo, até parecia que eles eram amigos íntimos, com a facilidade com que ele se mexeu entre os guardas dos Volturi.

-Diz, meu jovem – incentivou Aro.

-Ele pode ter morrido, mas este casamento já está marcado há mais de cinco anos. Por isso, eu acho que ela deve de se casar com o Alec.

Do nada, Seht correu para cima dele e matou-o. Edward foi até lá acendeu a fogueira. Isto aconteceu tão rapidamente, que se eu piscasse os olhos não teria acompanhado nada daquilo.

A guarda dos Volturi não reagiu, como eu esperaria. Em vez disso, ficou a observar aquilo tudo com espanto estampado na cara.

Mais uma vez, Aro soltou a sua gargalhada maquiavélica e fitou Edward com interesse. Quando ele desviou os olhos de Edward para Seth, o meu escudo alargou-se que eu tive que suster a respiração para não atingir nenhum membro dos Volturi (não queria luta, como é óbvio).

-Fantástico – disse Aro. – Impressionante.

-Não estamos interessados nas suas propostas – disse Edward rispidamente.

-Oh, lês muito bem mentes – afirmou Aro. – Mas mesmo assim, vou fazer as propostas: Renesmme Cullen, estarias interessada em pertencer há nossa família?

Nessie respondeu com uma calma, que naquele momento, até tive inveja dela:

-Não, obrigada.

-Que pena. E tu Alice?

-Também dispenso – recusou Alice.

-Bella? – indagou Aro.

-A mesma resposta que a minha filha, Aro.

-Edward, não preciso de te perguntar. E tu, Sophie?

-Não – foi tudo o que consegui responder.

-Que lastimável perda. Seriam uma mais-valia para a nossa grande família.

Nenhum de nós respondeu e Aro continuou o seu discurso:

-Sendo assim, acho que já não fazemos nada de útil aqui. Foi um prazer reencontrar-vos a todos.

E desapareceram tão rapidamente como apareceram.

Eles foram-se embora! Todos começaram a abraçar-se uns aos outros e gritar vivas. Mas tudo parecia distante para mim. Não é que eu não estivesse feliz, pelo contrário, estava e muito, mas ao olhar para a fogueira arroxeada, tudo perdia a alegria. Eu tinha matado o meu próprio pai e… sentia uma perda enorme, mas também um grande alívio. Saber que ele já não existia neste mundo fazia-me feliz, mas saber que eu matei o meu pai… não. Não podia admitir isso a mim própria. Olhei rapidamente à minha volta e só via felicidade. Seria eu capaz de destruir esta felicidade? Talvez.

Entrei pela floresta adentro e fui parar ao pé de um penhasco. Sentei-me na beira, porque sabia que não haveria problema algum se caísse.

-Notei que tinhas desaparecido – disse Rosalie atrás de mim.

-Olá Rose. Que fazes aqui?

-Vim fazer-te companhia – disse ela enquanto se sentava ao meu lado. -O que fazes por aqui? Era suposto estares a comemorar. Os Volturi foram-se e sem baixas do nosso lado.

-Pois. Mas acontece que não consigo ter essa felicidade toda que tu tens dentro de ti – disse-lhe.

Ela ficou calada.

-É uma altura grande – comentou ela, referindo-se à altura do penhasco.

-Pois é.

-Mas sabes que não é o suficiente para te matar.

Dei um sorriso torto.

-Eu sei.

-Conheces a minha história.

-Sim, a Nessie contou-me – disse.

-Quando eu soube no que me tinha transformado tentei matar-me. Muitas vezes. Mas quando encontrei o Emmett, descobri a minha razão de existir. Apesar de ter cometido muitos erros, mesmo depois de o encontrar, eu sempre voltava para casa e sempre soube que era amada. Sophie, tu não precisas de fazer isto. Tu tens a tua razão de existir, que é o Seth. Ele ama-te e tu ama-lo. Imaginas só o que ele vai sofrer quando tu desapareceres?

Não lhe respondi logo. Deixei primeiro digerir as palavras que ela me tinha dito e depois perguntei-lhe:

-Queres dizer que eu não devo cometer erros porque o Seth sofreria?

-Não. Só estou a dizer que o Seth sofreria menos se tu sofresses menos. A tua tristeza é a tristeza dele.

-Obrigada Rose – disse-lhe, abraçando-me.

-De nada, sobrinha – disse ela retribuindo o abraço.

4 comentários:

Vitor disse...

Adorei.
É a primeira vez que comento este belissimo blog.
Tá mto giro.

Quanto a este capitulo, está bom. Espero saber a continuação mto em breve :D

ana rita disse...

ADOREIIII!!!! está cada vez melhor esta fic
Quantos capitulos é ke aida falta para ela acabar???
Parabens a fic esta optima!!!

Anónimo disse...

ehhhhhhhh!!!! os Volturi foram-se embora, e todos estão felizes ehhhhh!!! mas como e que vai ficar a Sophie?? posta rápido estou ansiosa para lê-lo !!!!
adorei!!1
Beijos
Matilde

C@rolina disse...

Como os brasileiros dizem: eu AMEI este capitulo!!!!!
Foi lindo de morrer LITERALMENTE