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terça-feira, 15 de junho de 2010

New Life - 3º Capítulo

Capítulo 3

Acordei com o Sol a bater-me na cara, o que me surpreendeu, embora estivessemos em pleno mês de Julho. Levantei-me, fui tomar banho, voltei para o quarto e abri as malas, fiquei a olhar para a roupa com o meu já habitual dilema “O que vestir?”, resolvi vestir uns calçoes, uma camisa xadrezada em tons de azul e umas sabrinas, depois arranjei os meus caracóis e desci. Não se encontrava ninguém em casa, fui até à cozinha e vi um papel, que dizia:

A minha mãe foi a Port Angeles com umas amigas, eu e o avô fomos a uma reunião no concelho. Desculpa ter-te deixado sozinha, se quiseres aparece por lá (olha que aquilo é uma seca), se não quiseres tens o almoço no forno e diverte-te.
Adoro-te priminha.
Beijos
Quil
PS- Quando chegar, vamos falar.

Não sabia do quê é que ele queria falar, mas não estava preocupada. Não queria estar em casa, mas também não queria ir até ao concelho, pelo que me lembrei que não tinha prancha para surfar e como me lembrava de uma loja de desporto, resolvi ir até lá e comprar uma nova.
(…)
Não foi muito complicado chegar lá, todos conheciam a loja, eu acho que todos naquela cidadezinha conheciam tudo. A loja dos Newton era a única loja decente que se arranjava por aqueles lados e parecia ser muito boa, em relação ao material. Ao entrar vi que apenas se encontrava lá um rapaz não muito mais velho do que eu, não tinha mais de 18 anos e como eu tinha 15, não era muito mais velho. Ao ver-me, o rapaz sorriu.
- Posso ajudar?- Perguntou-me amavelmente com um sorriso. Será que nesta cidade todos os rapazes só sabem sorrir?!?
- Sim, claro.- Respondi-lhe com um sorriso.- Gostava de ver pranchas de surf.- Disse-lhe.
- Claro, siga-me.- Dito isto, moveu-se para a outra ponta da loja, que continha imensas pranchas.- Aqui estão.- Sorriu-me
- Obrigado.- Agradeci-lhe amavelmente.
Tinha imensas por onde escolher, várias cores, vários desenhos. Acabei por escolher uma branca com uns desenhos engraçados em preto.
- Quero levar esta.- Disse-lhe apontando para a minha escolha.
- Boa escolha, acabou de chegar.- Disse
- Obrigado. Quanto é?
-São 100€- Respondeu-me
- Aqui está.- Disse, dando-lhe o meu cartão de crédito.
- Aqui está o talão.- Disse
Ao pegar no talão, reparei que estava outro papel colado nele.
- O que é?- Estava confusa.
- O meu número de telemovel.- Disse-me sorrindo
- Para quê?
- Para se quiseres sair algum dia.- Agora tinha-me piscado o olho.
Não lhe respondi, limitei-me a descolar o papel e deixá-lo em cima do balcão, pequei na minha nova prancha e estava a sair da loja, quando ele me disse.
- Desculpa se fui mal-educado- Parecia estar arrependido.- Não sei se te volto a ver e gostava muito de ver-te novamente.- Parecia estar a ficar envegonhado.
Resolvi virar-me. Ele olhava para o chão.
- Não precisas de ficar assim, desculpa a minha reacção, mas agora tenho mesmo que ir.- Disse-lhe rapidamente, não me queria sentir culpada, afinal não tinha culpa nenhuma.
Já estava a ir para casa, quando um carro parou à minha beira.
- Olá- Disse-me. Reconhecia aquela voz em qualquer parte. Jacob Black
- Olá
- Que andas a fazer por aqui?- Perguntou-me
- Vim às compras.- Respondi-lhe, mostrando a minha nova aquisição.
- Pois, ficas-te sem prancha.- Claro que ele também já sabia, será que ainda havia alguém que não sabia?
- Pois- Respondi-lhe
- Entra, eu levo-te a casa.- Disse-me
Entrei no carro e começa-mos a falar sobre tudo que aconteceu desde a última vez que nos vimos.
(…)
- Queres almoçar?- Perguntei-lhe quando chegámos.
- Almoçar? Sabes que horas são?- Perguntou-me, já pronto para gozar.
- Por acaso até não sei- Rimo-nos
Nesse instante o seu telemovel tocou.
- Olá amor.- Disse para a pessoa do outro lado do telemóvel
- Sim, amor, estou a ir agora.- Respondeu a qualquer coisa que lhe perguntaram.
Enquanto falava ao telemovel, fui saindo do carro, apenas acenei-lhe e ele retribuíu
Entrei em casa e não estava ninguém, resolvi ir para o quarto e ouvir música
(...)
Estava tão envolta na música, que quando Quil me tocou eu assutei-me
- Não te queria assustar.- Disse-me tentando abafar um riso.
- Não sabes como se bate à porta?
- Eu bati, mas ninguém respondeu resolvi entrar.- Disse-me
- Pois- Disse-lhe apenas isso, enquanto dirigia-me à aparelhagem.- Então o que querias falar comigo?
- Queria saber como estás?- Não estava a gostar da maneira como olhava para mim.
- Bem.- Estava a ficar confusa- Está tudo bem, o meu pequeno acidente foi ontem.
- Não estou a falar do acidente.- Estava mesmo a ficar confusa.
- Então?- Perguntei baralhada.
- Sabes que o Seth é um lobo.- Acabou aqui a frase, mas eu sabia que não era isto que ele tinha em mente.
- Sim, eu sei. O que é que eu tenho a ver com isso?- Ele ia falar do Seth? Afinal o que se passava?
- Ontem quando chegas-te estavas estranha, aconteceu alguma coisa?- Boa, ele queria saber o que eu sentia? Mas nem eu própria sabia.
- Tirando o acidente, não...- Ele notou a minha hesitação.
- Que tal me contares tudo?- Disse sentando-se na cama
- Não sei o que contar, nunca me senti assim, quando abri os olhos e o vi... Não sei explicar.- Disse-lhe sentando-me ao seu lado.
- Sabes que nós lobos sofremos o imprinting, certo?- Perguntou-me
- O que quer isso dizer, que eu sofri isso com o Seth??- Estava perplexa
- Como tu tens sangue de lobo nas veias, estive a falar com o avô e ele disse-me que o imprinting, pode ser mutúo, isto quer dizer, que tu sofres-te com ele e ele sofreu contigo.- Estava baralhada
- Mas eu não sou uma loba.
- Tu tens isso no sangue, apenas não sofres a transformação.- Explicou-me sorrindo
- O que isso quer dizer?
- Eu acho que tu te apaixonas-te.- Disse sorrindo.
- Conheci-o ontem, Quil.- Estava a ficar com medo, não sei do quê, mas estava
- Eu quando vi a Claire pela primeira vez, soube que ela era a tal, tal como o Jake.- Disse abraçando-me.
- Eu... Eu... Eu vou dar uma volta.- Disse-lhe saindo do seu abraço e pegando no meu casaco.
- Esta bem, hoje vamos a “uma festa à volta da fogueira”, não te demores.- Disse fazendo aspas no ar.
- Okay.
Saí de casa, não sabia para onde ía, até que cheguei à praia, e vi-o sentado nos troncos de àrvores.

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