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Capítulo 25
-Há uns tempos atrás, decidi mudar-me para o Texas com a minha tia, para conhecermos outro tipo de civilização. Acho que não sabes, mas eu nasci quase no centro da floresta tropical, por isso, o meu conceito de civilização é um pouco diferente do teu. Quando estive no Texas, conhecia uma mulher chamada Maria e ela alegou lembrar-se do Jasper.
-Do Jasper? – perguntei, atónito. Eu conhecia bastante bem o passado do Jasper, mas pensei que a Maria já estivesse morta.
-Sim, do Jasper. Foi ela quem o transformou e não estava lá muito feliz por o Jasper ter-se esquecido do que ela lhe ensinou.
-E por que raio tiveste que falar da minha família?
-Veio numa conversa. Ela estava interessada em saber como é que os vampiros do Norte viviam, então, falei da tua família e dos Denali.
-Somos uma família muito rara – disse-lhe.
-Sim, eu sei, mas ela queria saber se os do Norte viviam como eles viviam.
-Ela está a criar um exército?
-Oh, sim. Aliás, eu transformei alguns, mas depois percebi o esquema dela.
-E qual é o esquema dela?
-Para a Maria, eles são só números, não são seres que pensam. Quando eles chegam a quase um ano de existência, ela elimina-os – respondeu ele. – E aquilo chocou-me. A minha tia não me ensinou daquela maneira, mas por um lado, compreendo-a: ela tem que fazer aquilo para sobreviver.
-E quando é que foi que ficaste a saber que eles estavam a pensar mudar-se para o Norte?
-O Texas é um excelente Estado, mas no Norte eles conseguem dispersar-se mais, devido ao mau tempo.
-Como Forks.
-E não só. O Alasca, Ontário e Montereal são umas das opções de Maria, apesar de, pelo que eu entendi, ela querer o Jasper de volta.
-Isso não ajuda nada – comentei.
-Pois não. Foi por causa disso que eu vim. Para vos avisar que o melhor era saírem de Forks por uns tempos. A Maria não é confiável.
-Pois, já tinha percebido pela história do Jasper.
-Tens que perceber que a Maria é muito pior do que aquilo que o Jasper te disse. Não sei bem quando é que ele a conheceu, mas ela é muito má e calculista. Não olha a meios para atingir os fins.
-Sim, eu sei – concordei. – Tenho que avisar a matilha sobre a Maria.
-E avisa também a tua família. É perigoso estarem separados agora.
-Acabaste de dizer que o melhor era eles saírem de Forks.
-Não sei bem o que está certo ou errado
-Nisso estás certo. Não podia concordar mais contigo.
Saí de casa e transformei-me. Felizmente, apenas o Embry e o Paul estavam de ronda, por isso, eu avisei-os rapidamente que tínhamos um visitante e para terem cuidado com qualquer indício que denuncie outro vampiro (ou vampiros), tanto aqui, como no resto do Estado de Washington.
Voltei a casa e telefonei para a minha mãe.
-Filho! Está tudo bem?
-Sim, está. O Nahuel apareceu por aqui, e não trás muito boas notícias.
-Ai sim? – ela pareceu um pouco desiludida, mas não percebi bem porquê.
-Sim, parece que a Maria está a pensar em vir para o Norte.
-Oh, isso é muito mau.
-Pior, parece que ela quer o Jasper de volta.
-Talvez fosse melhor voltarmos.
-Não! – exclamei de repente. – Têm que ficar para cuidar dela. Por mim.
-Taylor, temos que voltar a Forks.
-Discute isso com o Edward ou com o Carlisle. O meu voto é vocês não voltarem. Vou dando notícias. Adeus.
Desliguei o telemóvel, não lhe dando hipótese de ela se despedir ou falar de outro assunto.
-Passa-se alguma coisa? – perguntou Nahuel, da ombreira da porta.
-Não – menti, e continuei a fitar a paisagem do meu quarto. Ou melhor, do quarto da tia Rose. – Não se passa nada.
E esse, era o problema: não se passava nada.
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