Fãs do Edward, preparem-se porque ele vai colocar o seu instinto de avô (isto soa muito mal)!
Capítulo 27
-Temos que voltar a Forks – afirmou Bella. – Temos que ir, Edward, é a única hipótese que temos. Não podemos correr riscos desnecessários.
-Concordo com a Bella, Edward – disse o meu pai. – Em Forks ao menos estamos mais protegidos. Temos o resto da matilha e ainda podemos chamar os Denali.
-Não queremos provocar nenhuma guerra, Jacob – disse Carlisle. – Se fugirmos para Forks, vai parecer que estamos a cometer algum crime, e se chamarmos os Denali, os Volturi irão querer guerra.
-O Taylor voltou para Forks. Foi a decisão mais acertada. Todos nós devíamos voltar também – afirmou Rosalie.
-Eu fico – disse e todos ficaram a olhar para mim. – Tenho os meus motivos. Eu não saio daqui.
-Não podemos correr o risco de seres apanhada.
-Eu acho que… - parei a frase a meio, por afinal, o que achava eu? Que Patrick era giro e muito atraente, que fazia o meu coração bater mil à hora, mas nada mais, certo? E o instinto protector que eu senti no momento em que o olhei nos seus olhos? O que era aquilo?
-Com licença – disse e retirei-me para o meu quarto.
Alguém me seguiu, mas eu não me importei quem era. Sentei-me no chão do quarto, observando a paisagem nova iorquina que eu tanto amava. Amava? Eu não me importava, isso sim. O meu voto de nos mudarmos para aqui foi nulo, porque eu simplesmente não me importava. O Taylor queria vir, e eu não me importei. Apesar de tudo, eu tinha começado a gostar da faculdade e de Nova Iorque, mas não amava. Eu gostava mesmo era de Forks, da sua humidade (que não fazia muito bem ao meu cabelo), da terra, das árvores, da chuva, do tempo sempre nublado, de La Push, dos meus amigos e de correr em forma de loba por longas horas até à fronteira do Canadá ou até mesmo ir para o Sul.
-Posso interromper os teus pensamentos? – perguntou Edward, da ombreira da porta.
-Claro que sim – falei. – Entra.
Ele entrou e sentou-se ao meu lado, com o sol a brilhar-lhe na pele.
-O que se passa Jennifer?
-Eu não sei se me apetece falar.
-Então pensa. Sempre é mais fácil.
Respirei fundo e mostrei a Edward o que tinha acontecido hoje: a minha discussão com Selena; conhecer Patrick e o que eu senti por ele; a discussão com o meu pai e a forma como me esgueirei dele; a Jane a atacar-me; os Volturi no metro; e a minha preocupação com Taylor. Eu sei, ele era meu primo e eu posso não gostar muito dele, mas sabia muito bem que ele é muito importante para a família.
-Não te preocupes com o Taylor. Tenho a certeza que ele está bem.
Suspirei.
-E sobre esse rapaz… acho que seria melhor falares com o teu pai.
-O quê? – perguntei chocada.
-Jenny, eu compreendo que o teu pai pode não ser muito compreensivo em relação a isso, mas ele é um lobisomem e conhece melhor do que eu os indícios de Impressão.
-Não estás a insinuar que eu posso ter ganho a Impressão Natural com um rapaz que eu nem conheço, pois não?
-Não serias o primeiro caso.
-Ai não?
-Não. O Jacob quando teve a Impressão com a tua mãe e não a conhecia, o Jared, o Paul e o Quil também lhes aconteceu o mesmo.
-Eu sei mas… aconteceu em Forks ou em La Push! Se eu me vou mudar para Forks, posso nunca mais o ver.
-Hum… - ele pensou durante um pouco, com os olhos semicerrados e uma ruga na testa. – Isso não seria muito saudável para os dois. Por que não o conheces um pouco e conversas com ele?
-Para quê?
-Para perceberes melhor o que esse coração te está a dizer – disse ele, apontando para o meu coração. – Ele saberá dizer-te melhor o que estás a sentir do que eu.
-OK, OK. Vou tentar. E o que faço em relação à Selena e à sanguessuga malcheirosa?
-Isso é fácil: ignora-as. Pode ser que um dia eu faça uma visita ao campus.
-E a mensagem da Jane?
-A Jane já devia de ter aprendido que os Cullen podem não chacinar pessoas, mas têm mais estratégia do que eles.
-Ela não está sozinha, em Nova Iorque. E com os poderes deles, isto pode tornar-se um jogo muito perigoso.
-Só se tornará se nós o jogarmos, Jenny. Faz a tua vida normalmente, ignorando-os – aconselhou ele.
-E se eles vierem ter comigo? – perguntei, tentando não pensar num cenário pior.
-Eles não irão. O que eles querem, não conseguirão através de ti, e eles sabem disso.
-E o que eles querem?
-Querem-me a mim, a tua avó e a Alice. Eles sabem que não o conseguiram pela força.
-Mas podem matar-me.
-Jenny, só se torna perigoso se tu jogares o jogo deles. Não deixes isso acontecer – voltou a recomendar Edward. – Agora, vou deixar-te a sós com os teus pensamentos e se precisares de mim, é só chamares-me.
-Obrigada, avô.
-De nada, pequena Jenny – disse ele e beijou-me o cabelo, retirando-se de seguida.
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