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domingo, 21 de agosto de 2011

As mestiças 2 - 26º capítulo

Olá a todos!
Hoje vão conhecer oficialmente o Patrick, que está na capa ao lado da Jenny. Espero que gostem, e comentem!




Capítulo 26

Narrado por Jenny

 -OK, Selena, pela última vez, vamos falar mais civilizadamente, sem esta sanguessuga nojenta, noutro lado – falei, perdendo quase a minha paciência.
-E pela última vez, eu digo não! – exclamou ela, esquivando-se de mim e saindo pelo corredor. Jane olhou para trás e sorriu vitoriosamente. Cerrei os dentes e fui até ao meu cacifo.
Tirei os livros que iria necessitar para a aula seguinte e fechei o cacifo.
-Credo! Seth, tu precisas mesmo de parar de fazer isso! – exclamei, saltando e revirando os olhos.
-Tens tido notícias do Taylor?
Voltei a revirar os olhos e encaminhei-me para a sala.
-Seth – tinha que o tratar assim sempre que estávamos na Faculdade. Na verdade, já o tratava quase sempre assim. – A única pessoa que provavelmente tem mais notícias é a Rosalie. E, por favor, eu só cá estou há duas horas.
-Desculpa, mas pensava que ele te tinha contactado.
-Tu e o Jacob seriam os primeiros a saber, e tu sabes disso.
-Sim, eu sei, mas apesar de eu saber que vocês estão sempre em disputa um com o outro, acho que ele iria falar primeiro contigo.
-Errado! – ripostei e a campainha tocou. – Seth, tenho que ir para a aula. Vemo-nos mais logo.
-OK. Até logo.
Ele seguiu para a saída e eu entrei na aula. Sentei-me numa das últimas filas, abrindo o caderno e anotando a data.
-Bom dia turma – disse o professor, enquanto pousava as coisas dele na secretária. – Houve vamos prosseguir com a matéria dada…
A porta abriu-se de rompante e o professor parou de falar, olhando ameaçadoramente para o aluno. Ele não era ninguém que eu já tinha visto na aula, nem ninguém que eu alguma vez tenha visto no campus, e acreditem, eu tenho andando muito pelo campus, tentando proteger a Selena da sanguessuga malcheirosa.
-Desculpe professor.
-Quem é o senhor?
-Patrick Monroe – disse ele e entregou uma folha ao professor.
-Sente-se e no final da aula venha ter comigo.
Ele acenou e fitou a turma. Deu um sorriso enviesado e o meu coração parou de bater uns segundos, para voltar a bater de maneira completamente louca. O meu desejo era ir ter com ele e protegê-lo daqueles olharem inquisidores da turma.
Ele olhou para mim e sentou-se ao meu lado. Pensando melhor, talvez ele estivesse a olhar para a única cadeira vazia, que estava ao meu lado direito.
O professor continuou a falar sobre a matéria mas eu não ouvi nada. Estava concentrada em tudo o que ele fazia, observando-o pelo canto do olho. Quando a campainha tocou, foi como se eu tivesse acabado de acordar de um sonho. Arrumei as minhas coisas o mais rápido que podia, e para meu grande azar, um lápis caiu para o chão. Baixei-me para o apanhar e ele também, o que resultou numa batida na minha cabeça.
-Au! – exclamou ele. – Desculpa, culpa minha.
Ele apanhou o lápis e entregou-mo.
-Chamo-me Patrick. E tu?
-Jenny – respondi mecanicamente. Os olhos dele eram tão azuis que me faziam lembrar os olhos da tia Sophie, tão azuis e tão profundos.
-Prazer, Jenny. Posso pedir-te um favor? Sei que isto fica mal a um aluno que acabou de chegar, mas posso pedir-te alguns apontamentos que tenhas?
-Claro que sim. Amanhã entrego-tos.
-OK. Obrigado. Tens mais alguma aula?
-Não, vou agora para casa. Porquê?
-Bem, eu ainda não conheço muito bem o campus, e tu pareces muito estudiosa… - ele corou e eu sorri.
-Na verdade, conheço bastante bem o campus. Vamos?
-Pode ser.
Saímos da sala e saímos do pavilhão. Virámos à esquerda e vi o meu pai na esquina, a olhar ameaçadoramente para Patrick.
-Hum… Patrick, acho que a visita vai ter que ficar para outro dia. Tenho que ir.
-Mas já?
-Sim, já. O Jacob vai comigo para casa.
-É o teu irmão? – perguntou ele, olhando para o meu pai.
-Não, é meu primo. Tenho que ir. Tchau.
Corri até ao meu pai que me abraçou e pegou na minha mochila.
-Eu posso carregar a minha mochila – afirmei enquanto andávamos.
-Quem é ele?
-Quem se importa?! – exclamei e pelo olhar que ele me deitou, percebi que não tinha outra hipótese em falar, mas a minha garganta ficou seca e dei uma olhadela para trás, tentando certificar-me que ele estava bem. Já lá não estava e fiquei triste. – Chama-se Patrick e é novo na minha aula de Comportamento Humano.
-Parece que gostou muito de ti.
Aquela conversa já me estava a irritar e tirei a minha mochila das mãos dele abruptamente.
-Pois, e pelo que eu sei, o mundo também me adora porque eu sou maravilhosa e filha do Jacob Alpha da matilha de Forks. Até logo, pai.
-Jennifer… - ouvi o rosnado dele, mas já estava muito longe. Sabia que ele me seguiria, mas fiz um desvio e entrei no edifício das camaratas das raparigas.
Respirei fundo e coloquei-me à escuta. A porta abriu-se e Selena entrou a rir ás gargalhadas com Jane. Trazia na mão um gelado. Quando me viu, o sorriso dela desapareceu.
-O que queres?
-Acredita, Selena, tu não és o centro do meu mundo.
Uma pontada na cabeça atingiu-me, provocando-me uma dor imensa.
-Ah! – gritei e caí no chão com as dores.
-Jane, pára com isso! – exclamou Selena.
-Como queiras – respondeu Jane e a dor parou imediatamente. – Um recado para a tua família: os Volturi estão de volta.
Deixei-me ficar no chão e elas subiram as escadas. A porta voltou a abrir-se e o meu pai apareceu.
-Jenny, o que aconteceu? – perguntou ele, levantando-me.
-Nada – menti. – Falamos em casa. Prometo.
-Falamos em casa, então.
Saímos do campus e fomos em direcção ao metro. Primeiro veio o cheiro, intenso, enjoativo, e demasiado frio, que me queimava as narinas. Não era o cheiro de nenhum da minha família, era desconhecido.
E depois vi. Os olhos vermelhos intensos, a olharem para mim e para o meu pai, com um sorriso vingativo no rosto. Atrás dele, estavam mais dois, com as suas vestes pretas e chapéus com abas grandes.
-Pai – murmurei e ele ficou instantaneamente tenso ao meu lado.
-Entra, Jennifer, entra – disse ele muito rápido e assim que a carruagem abriu, entrámos.
Aqueles breves segundos foram de pura tensão. Tanto eu como o meu pai, fitávamos aqueles três rostos ameaçadores, à espera que eles fizessem algo, mas nada fizeram.
Os meus pensamentos fugiram instantaneamente para Patrick e o sorriso de embaraçado dele.
Oh, não, primeiro tenho que chegar a casa, e pensar que estranha sensação era aquela que eu tinha por ele.
O metro arrancou e eu continuei presa àqueles olhos vermelhos vivos, a olharem para nós.
-Pai…
-Em casa Jennifer. Temos muito que falar.
-Aqueles eram… os Volturi? – falei, num tom mais baixo, que os humanos não conseguiriam captar.
-Sim. Alec, Felix e Demitri. O Edward não vai ficar muito feliz por saber que eles estão de volta.

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