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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Capítulo 33, "New Life"

Seth
Não sabia o que fazer, não podia ir salvar a minha namorada e deixar a minha irmã doente, mas também não podia ficar com a minha irmã e deixar a minha namorada morrer.
Estava no antigo quarto de Edward com as Alcateias e os Cullen, já estava farto das discussões entre Sam e Embry.
- Eu sou o namorado dela! Quem fica sou eu! – Gritou Embry.
- Eu sou amigo dela. – Respondeu calmamente Sam.
- Não sejas cínico! Afasta-te da Leah, não te através a tocá-la! – Meteu-se entre Sam e o corpo imóvel de Leah.
Ela estava assim à um dia, ainda inconsciente, o veneno continuava a alastrar-se e a temperatura continuava a subir.
- Oh por favor! Toquei mais vezes nela do que tu! – À cara de Sam chegou um sorriso.
Embry começou a tremer, tal como Sam.
- Podem parar? Temos assuntos para tratar, não precisamos disso agora! – Repreendi, tentando manter-me calmo.
- O Seth tem razão, não precisamos disso agora! – Repreendeu também Jake.
Cada vez odiava mais aquele Nahuel, uma coisa era tentar matar-me, outra completamente diferente era raptar a minha namorada e por a minha irmã naquele estado.
Desde a morte do meu pai, que era o homem da casa, a minha função era proteger a minha família, mas a cada dia que passava ficava com menos forças, parecia que ao pouco ia perdendo tudo que tinha, tudo que me fazia feliz, sim, tinha umas discussões com a minha irmã, mas todos tinham com os seus irmãos, não queria dizer que não a amasse!
- Seth, podes vir comigo? – Perguntou calmamente Edward.
- Não posso deixar a minha irmã sozinha…
- Eu fico com ela… - Disseram simultaneamente Sam e Embry, de seguida olharam-se com puro ódio.
- Jake, ficas com ela? – Pedi, ignorando aqueles dois.
- Claro, meu. Nem é preciso perguntares.
Sai da casa branca com Edward e afastamo-nos o mais que pudemos.
- Não te podes deixar abater. – Começou. – Elas precisam de ti…
- E como é que protejo as duas?!? Uma está em Itália em perigo, outra está aqui, também em perigo! – Cai de joelhos na terra, derrotado.
- Vais com alguns buscar a Bianca, e outros ficam aqui com a Leah…
- E faço isso à minha irmã? – Enterrei a minha cara nas minhas mãos.
- Então ficas aqui com alguns, e outros vão buscar a Bianca…
- E falo isso à minha namorada?
- Tu não podes estar em dois sítios ao mesmo tempo.
- Eu não posso fazer isso a nenhuma delas! Esse é o meu problema, não tenho opções, nem alternativas…
- O Embry ou o Sam tomam conta dela…
- Eles ainda se matam!
- Não se matam nada. Eles estão apenas preocupados…
- Meu, tu leste-lhes o pensamento e viste que eles não se importariam nada de se matar, até eu sei isso. E não leio mentes! – Enterrei ainda mais a minha cabeça.
Eu amava as duas, de maneira diferente, mas eu amava-as. Não as podia deixar sozinhas e desprotegidas, se não, que tipo de irmão seria eu? E que tipo de namorado?
- A Bianca precisa de ti…
- Tal como a Leah! – Gritei.
Quem me dera, que o semi-vampiro me tivesse morto, talvez ele as tivesse deixado em paz, e talvez nem a minha namorada nem a minha irmã estariam nessas situações.
- E se não tivesse adiantado de nada? Elas ficariam sem ti e ficariam na mesma situação! – Respondeu severamente ao meu pensamento.
- E se tudo fosse diferente? – Perguntei.
- Se tudo fosse diferente era, mas como tu percebeste esta é a situação actual, a situação que tens que enfrentar!
- Eu quero proteger a minha princesa, mas não posso deixar a Leah, mas também quero proteger a minha irmã, mas não posso deixar a Bianca! – Gritei desesperado.
- Precisas de te acalmar. – Disse Edward, colocando a sua mão no meu ombro. – Podes contar comigo para tudo, para o que precisares é só dizeres.
- Eu sei. Obrigado, meu. Mas agora vamos, tenho que ir ver a minha irmã.
Levantei-me a muito custo e caminhei vagarosamente, Edward mantinha-se a meu lado, sem se pronunciar sobre os meus pensamentos.
Bianca
Mais um dia sem os beijos de Seth, sem as maluquices de Emment, sem os abraços do meu primo, sem as palavras do meu avô, sem as conversas com Leah, sem nada! Não tinha mais nada!
- Parabéns. – Sorriu-me Alec, entrando no quarto com um grande bolo na mão.
- Obrigada. – Agradeci fracamente.
- Bianca, não estejas assim, por favor. – Pediu, enquanto colocava o bolo em cima da mesa grande.
- Eu tenho saudades deles! – As lágrimas ameaçavam sair.
- Parabéns, minha querida. – Entrou Aro com um grande sorriso, estava acompanhado por mais dois vampiros.
- Mestre, trouxe-lhe um bolo, não há problema, pois não? – Perguntou Alec, apontando para o bolo.
- Foi uma óptima ideia, meu querido, como sempre. – Sorriu-lhe. – Minha querida, trouxe-te uma coisa também. – Sorriu.
Aquele vampiro de pele translúcida, começou a aproximar-se lentamente com os outros dois vampiros a seguirem-no, encolhi-me.
- Meus queridos, não precisam de me acompanhar, está tudo bem. – Disse para os vampiros que o seguiam.
- Mestre, a minha irmã? – Perguntou Alec, parecia que se tentava controlar.
- Saiu. – Sorriu. – Pegue, minha querida. – Entregou-me uma caixa.
Essa caixa era num preto aveludado, abri cuidadosamente a caixa e quando o fiz, apareceu um colar de ouro branco, com uma enorme pedra azul reluzente.
-- Gosta, minha querida? Quando vi esse colar, pensei logo em si, esse azul fica lindo na sua cor de pele. – Sorriu-me novamente.
- Obrigada. – Agradeci com medo.
- Como está? Tem sido bem tratada? – Sorriu para Alec, percebi o sentido das palavras e estremeci.
- Sim, Alec tem sido muito acolhedor. – Sorri.
- Ainda bem. Não esperava outra coisa do meu querido Alec. Agora vou-vos deixar. Adeus, meus queridos. – Saiu, sorrindo a Alec.
- Aro gosta de dar presentes desses. – Disse, quando me viu a olhar para a pedra preciosa. – Mas anda comer o bolo. – Sorriu, pegou na minha mão e levou-me para a mesa.
Seth
Quando cheguei perto da minha irmã, Carlisle colocara várias toalhas geladas em cima do corpo da minha irmã.
- O que aconteceu? – Corri até ao corpo dela.
- A temperatura continua a subir… - Respondeu-me Sam, visivelmente transtornado do outro lado da cama.
- O que podemos fazer? – Perguntei.
- A única opção, que temos é muito arriscada…
- Qual é? – Perguntou Sam, com um brilho esperançoso no olhar.
- Sugar o veneno… - Disse Carlisle.
- Eu faço isso. – Sam levou a boca até ao pescoço dela, onde se encontrava a ferida.
- E ficarias tu assim… - Falou Carlisle.
- Eu não me importo. Eu quero é salvá-la, por favor… - Implorou Sam.
- Então…? – Perguntei, afastando Sam da ferida.
- Eu posso fazê-lo. – Disse Carlisle.
Vi Sam a ponderar, o que me irritava, o que ele tinha a ver com isso?
- Faça-o, Carlisle. – Disse firmemente.
O Dr., levou a sua boca até ao sitio, em que a de Sam estivera à momentos e começou a sugar, fazendo Sam estremecer.
- Sam, anda comigo. – Disse.
Sam, segui-me silenciosamente até à floresta, ao mesmo sitio onde estive com Edward.
- Afinal o que queres? – Perguntei irritado.
- Ah?
- Tu vais-te casar com a minha prima, o que queres da minha irmã?
- Eu… Eu…
- Tu, o quê? – Inquiri irritado.
- Eu amo a tua irmã! – Gritou-me. – Eu pensava que amava a Emily, e amo-a, mas numa forma diferente, eu amo verdadeiramente a tua irmã e só vi isso, quando a perdi para o Embry! – Caiu na terra molhada.
- O quê? – Perguntei monocromaticamente.
- Eu não tenho culpa, e não sei como falar com a Emily, ela está sempre tão contente em relação ao casamento e tudo…
- Tu devias ter-me dito, Sam… - Fomos interrompidos por uma voz que provinha de trás de uma árvore, daí saiu Emily.
Sam
Com Leah doente, o meu mundo acabava, ela era a razão da minha vida. Foi preciso eu a perder para aquele Embry para eu perceber que afinal sempre a tinha amado?
Fui falar com Seth, e no meio da conversa, no momento em que admiti o que sentia pela sua irmã, fomos interrompidos por Emily.
- Eu vou-vos deixar falar… - Disse Seth saindo apressadamente.
- Emily, eu… - Comecei.
- Não precisas de ficar assim. Eu é que nunca percebi, ou percebi, mas não queria acreditar. Tu já nem me tocavas, nem beijavas como antes, agora é tudo tão obvio…
- Desculpa-me, por favor….
- Não peças. Eu é que estou a mais, sempre estive. Tu, ama-la. Vai ter com ela, ela precisa de ti. – Disse-me com as lágrimas a transbordarem dos seus olhos.
- Perdoa-me, e não chores. – Percebi que também chorava.
- Não há nada que perdoar, vai ter com ela. - Sorriu
- Obrigada. – Levantei-me e beijei a sua testa. – Tu mereces ser feliz. – Sorri-lhe.
- Tu também. Agora vai, ela precisa de ti. – Voltou a sorrir-me.
Voltei a beijar a sua testa e comecei a correr o máximo que consegui. Queria chegar à beira de Leah, ela precisava de mim, tal como Emily dissera.

1 comentário:

Larissa disse...

Perfeito!!
Continue a postar^^