Ficámos em silêncio durante muito tempo, mas aquele silêncio não era desconfortável, pelo contrário; mas acabou logo quando ouvimos o estômago de alguém a roncar. Vinha atrás de mim: Seth, de certeza absoluta. Começámos a rir, até mesmo o próprio. Olhei para ele entre gargalhadas, e ele olhava para mim.
-Oh, estou a compreender – murmurou Edward.
Queria perguntar-lhe o que é que ele compreendia, mas não tive tempo. Uma senhora com cachos de cabelo castanhos e amendoados dirigiu-se a mim. Era a vampira que estava atrás de mim e de Seth.
-Eu sou a Esme, querida.
-A Esme é a nossa mãe adoptiva, tal como o Carlisle é o nosso pai. – disse Edward.
Eles realmente eram uma família. Edward apresentou-me o resto da família dele. Fiquei mesmo impressionada com a beleza de Rosalie; ela era mesmo muito bonita, tal como me tinham contado.
-Está na hora do jantar, crianças! – disse Esme maternalmente depois das apresentações – Vamos para a cozinha!
Seth virou-se, Renesmee e Jacob vieram atrás de nós, seguidos de Embry e Leah. Também me tinham dito que existia o Quil mas estava a passar férias em La Push, perto de Portland.
Voltámos à sala de estar, onde a Tanya, Carmen, Eleazar, Kate e Garret se despediram de nós, deixando-os. Eles também tinham a sua própria casa. Estava enganada. A porta que eu pensei que dava para a garagem era uma cozinha ampla, com uma bancada oval no meio onde estavam bancos a rodeá-la. Todos se sentaram num. Parecia que faziam aquilo como se fosse uma rotina. Fiquei parada a olhar para cada um deles enquanto se sentavam. Pela primeira vez desde que tinha ido ali, senti-me desconfortável.
-Ei, Soph – chamou-me Seth indicando-me um banco ao lado dele – senta-te aqui.
Assim o fiz. Sentei-me ao lado dele. Esme dançava de um lado para o outro na cozinha, cantando uma música que eu desconhecia. Ouvi alguém a tocar piano numa sala no andar de cima. Quem seria?
-Não te importas que te chame Soph, pois não? – perguntou-me Seth –É que sai mais rápido e é menos formal.
Abanei a cabeça de um lado para o outro. O seu calor era-me estranho, mas confortável ao mesmo tempo. Parecia que éramos fogo e gelo. Ele era quente, enquanto eu era fria. Não tão fria como os vampiros, mas fria. Ele era mais quente do que os humanos normais… Ele era humano, sequer? Parecia que não. Mordi o lábio. Onde tinha deixado o meu batom do cieiro? Será que tinha deixado na Rússia? Ou tinha-o trazido comigo?
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