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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Capítulo 38, New Life

Enquanto ele remexia nos meus caracóis achocolatados, eu saboreava o momento, mais um. Não sabia explicar como senti a sua falta, falta do seu sorriso, do seu calor, dos seus beijos, o costume.
Passar quase uma semana longe dele, fora uma tortura, pior ainda do que aquela vez em que ele deixou de falar comigo por causa de Derek, durante, precisamente, três longas semanas, pelo menos durante esse tempo, eu sabia que ele estava bem, nesta semana não soube, nem dele nem de ninguém.
- Princesa, acho que está na hora de levantar... – Suspirou.
- Pois, seria lindo aparecer ai alguém e além do mais temos que ir ver a tua maninha, não deve estar muito satisfeita de ter tido alta e não saber... – Ri-me.
- A Leah será sempre a Leah...
(...)
Já estávamos vestidos e com o quarto arrumado, desci as escadas e estávamos a ir em direcção à porta, rumo a casa dele.
- Princesa, espera ai um bocado. – Desapareceu antes que pudesse responder.
Quando voltou trazia consigo um pacote de batatas fritas e um sumo de frutos tropicais.
- Agora podemos ir. – Disse, com a boca cheia de batatas.
Ao caminharmos, pousei inconscientemente a minha mão nas suas costas e senti a sua camisola molhada, ainda, o que era estranho visto que o calor que saia do seu corpo secava a camisola em poucos minutos.
- Não sei como é que molhas-te a camisola, Seth Clearwater...
- Eu explico-te: Ao que parece alguém tinha muitas saudades minhas e pensava que eu cheirava mal, e resolveu dar-me um banho, juntamente com a roupa. - Riu-se com as batatas a transbordar da sua boca.
- Há cada pessoa...
- Pois. – Falou olhando para o fundo do pacote. – Já acabaram. – Lamentou-se.
- Amor, o Quil não vai gostar de saber que comeste as batatas dele...
- Será o nosso segredo. – Beijou-me.
- Olha que se eu morrer, tu terás que me vingar. – Brinquei, mas Seth ficou tenso, percebi pela rigidez dos seus lábios e pelo seu corpo. – Desculpa, amor, estava a brincar. – Toquei no seu ponto fraco.
Ele ficava sempre assim, quando se dizia ou se fazia algo contra a minha segurança, mesmo que fosse eu, inclusive.
- Não gosto dessas brincadeiras. Tenho tanto medo de te perder, estive uma semana sem ti e não gostei da experiência. Não quero pensar no que faria se tivesse chegado tarde de mais, ou se, te tivesse acontecido alguma coisa, acho que morreria. Tu és a minha vida, princesa.
- Claro que não morrerias, mesmo que tivesse acontecido alguma coisa. Tu nunca, nunca farias nenhum disparate. – Repeti as mesmas palavras que ele usara no dia de Natal.
- Isso é discutível…
- Não, não é. Ouve-me, Seth Clearwater: Eu posso morrer a qualquer altura, posso ser atropelada, ficar doente, levar um tiro, qualquer coisa, mas tu não ias fazer nada, porque mesmo que eu fosse embora deste mundo, deixaria o meu coração contigo, ele bateria até o teu deixar de bater, ele ficaria para sempre contigo. Ouviste-me? – Durante todo o meu discurso, nós estremecemos.
- Porque estamos a falar disto? Não te vai acontecer nada, não me vai acontecer nada, não nos vai acontecer nada. Ficaremos juntos até ao fim… - Sorriu-me, mas percebi que ainda estava tenso.
- Tens razão, nada nem ninguém nos pode separar. – Beijei-o.
- Nós somos um só. Um pack, mas agora temos que nos despachar, vem ai uma tempestade. – Disse, pegando em mim e levou-me para o meio da floresta.
- Queres boleia? – Perguntou, piscando o olho.
- Depende, se for de um certo lobo cor de areia sim, se for de outra pessoa ou animal não.
Antes de me responder, foi para trás de uma arvore, o que não percebi conhecia aquele corpo melhor do que ninguém, cada partícula, e quando apareceu, o meu lobo cor de areia veio até mim e baixou o focinho para eu subir.
Ri-me, subi e agarrei-me ao seu pêlo curto.
Seth começou a correr velozmente, de repente vi umas figuras, pelo cor do pêlo, percebi que era Quil e Jared, mas Seth nem parou, continuou a correr até chegarmos à floresta que ladeava a sua pequenina e acolhedora casa.
Baixou-se novamente para eu sair e foi para trás da árvore mais próxima, quando voltou, falei:
- Não percebo.
- O quê? – Perguntou, vindo na minha direcção e rodeando a minha cintura com os seus braços.
- Porque vais para trás da árvore.
- Sei lá. – Disse e riu-se.
Olhou para as árvores que cada vez ficavam mais carregadas e começou a caminhar, levando-me a reboque.
Antes que chegássemos à porta, esta abriu e dela saiu Embry, nem parou para falar connosco e foi para o meio da floresta.
- Esperas aqui? – Perguntou-me Seth.
- Posso entrar? Ou tenho que ficar aqui mesmo? – Brinquei.
- Entra. A casa é tua. – Beijou-me e foi a correr ter com Embry.
Entrei e ouvi alguma coisa a partir, subi as escadas e percebi que vinha do quarto de Leah.
Avancei devagar até lá, a porta estava meia partida, abri-a devagar e vi Leah completamente irritada.
- O QUE QUERES? – Perguntou-me gritando.
- Calma.
- CALMA?!? EU ESTOU CALMA!
- O que aconteceu?
- NADA. – Os tremores acentuavam-se.
- Leah Clearwater, sou eu, a tua melhor amiga, conheço-te!
- NADA!
- É o Sam e o Embry?
Leah olhou para mim com os seus olhos enraivecidos, começou a aproximar-se e deu-me um estalo.
- ESTOU BEM! – Mal acabou de dizer isto, saiu pela janela.
Deixei-me ficar por ali, durante algum tempo, não acreditava que ela me tinha batido!
Eu sabia que ela estava a sofrer, mas quem pensava que era para me bater?!? Percebi que agora quem tremia era eu, acalma-te Bianca, pensei.
Finalmente sai do seu quarto em direcção ao quarto do meu namorado, estava mais calma, mas precisava do seu cheiro para me acalmar mais.
Deitei-me sobre a sua cama e abracei-me à sua almofada, que continha o seu odor amadeirado.
(...)
Devo ter adormecido, pois o que voltei a sentir, foi os seus quentes dedos a contornar a minha face, mais precisamente o meu lado direito, abri os olhos e ele tinha os seus olhos como os da sua irmã, enraivecidos.
Quando percebeu que eu tinha acordado, tentou suavizar a sua expressão, mas não conseguiu muito bem.
Seth que ainda estava sentado na cama, começou a deitar-se, para ficar a meu lado, aconcheguei-me nele.
- Desculpa ter-te deixado sozinha. – Murmurou contra o meu cabelo, ele ainda estava tenso, não percebi porquê.
Comecei a lembrar-me do que acontecera, desde a fúria de Embry até ao estalo que recebi da minha melhor amiga.
- Como está o Embry? – Perguntei.
- Mais ou menos. – Pôs o seu dedo no meu queixo para mo subir. – O que te aconteceu à cara? – Perguntou, ficara ainda mais tenso e irritado.
- Cai. – Menti.
- Caíste? Não sabes mentir. Quero a verdade, por favor. – Os seus olhos começaram a fixar-me e com aquele brilho, não conseguia mentir.
- Nada, esquece. – Não menti, mas também não disse a verdade.
- Foi a Leah! – Colocou-se imediatamente de pé. – Eu mato-a.
Estremeci, e levantei-me rapidamente.
- Pára, eu resolvo isto. Não te metas neste assunto, por favor. – Pedi.
- Mas...
- Mas nada. Eu resolvo este assunto. – Disse determinada.
Suspirou derrotado e eu encostei-me no seu peito desnudado, não sabia porquê, mas a cara começou a arder-me, não liguei.
- Pensava que tinhas visto o que aconteceu na mente da Leah. – Sussurrei contra o seu peito, ele arrepiou-se, sorri.
- Ela não se transformou...
- Mas ela saiu irritada pela janela e a tremer, pensava que tinha transformando-se.
- A Leah deve ser das melhores da história dos lobos, ela consegue não se transformar, mesmo quando esta super irritada, e também consegue esconder os seus pensamentos, nem mesmo o Jake ou o Sam, conseguem. – A sua voz irradiava orgulho da irmã. – O que ela te fez?
- Seth...
- Pronto, pronto. Não pergunto mais nada.
Ri-me, por causa da sua voz que continha imensa curiosidade e irritação.
- Obrigada. – Separei-me dele.
- Princesa, tenho fome. Queres comer alguma coisa? Vou buscar à cozinha.
- Não, mas tenho sede.
- Eu trago-te alguma coisa para beberes. – Beijou-me e saiu.
Fui até ao pequeno espelho que Seth tinha no quarto e virei a minha cara, para conseguir ver o meu lado direito e analisei-a.
A minha face, estava completamente vermelha com umas coisas marcadas, percebi que era dedos, ardia ao passar a mão, então era por causa disso que ela começou a arder, quando me encostei em Seth, pensei.
Ele apareceu de repente atrás.
- A tua cara, tinha melhor aspecto, quando estavas deitada, assim já vejo melhor o que se passou, eu mato-a. – Começou a tremer.
- Eu trato disto! Ela estava irritada.
- Então foi ela...
- Como se tu não soubesses.
- Princesa, sabes o que podia ter acontecido se ela não fosse tão... tão... tão Leah?!
- Mas ela é muito Leah, esta bem? Não aconteceu nada, amor.
Via pelo pequeno espelho a sua cara, estava irritada, quando me viu a observa-lo pelo espelho, desviou o olhar.
- Estás com o colar... – Constatou, ainda com o olhar longe do meu pescoço.
Olhei e percebi que colar, era aquele que me dera no Natal, já nem me lembrava dele, era como sempre tivesse estado sempre comigo, como se fizesse parte do meu corpo, de mim, como... não sei... como se fosse óbvio.
- Sempre estive com ele, já nem me lembrava dele.
De repente, Seth virou-me e os seus olhos ficaram duros, nunca o tinha visto assim.
- Já nem dele te lembravas?!? Se não gostas dele, então porque andas com ele?!?
- Amor, eu não me lembrava dele, porque é como se ele fizesse parte de mim a vida toda, como se ele fizesse parte do meu corpo, como se precisasse dele para respirar... – Reproduzi o meu pensamento.
- A sério? – Os seus olhos voltaram a brilhar, e ele levou a sua mão até ao meu pescoço, percebi que levei a minha mão, inconscientemente, até lá também.
- Claro. O lobo és tu, eu preciso de ti para viver. É como 2+2, fácil.
Bateram à porta e Seth ficou demasiado tenso, com os maxilares cerrados e os punhos fechados.

2 comentários:

Margarida Teixeira disse...

tá mt lindo o que será que se passou com a leah
bjs
gudinha

Anónimo disse...

tou super curiosa para a saber o que aconteceu com a Leah!!!
Adorei!!! continua a escrever.
Beijos
Matilde