Capítulo 52
De dentro da caixa, estava um pequenino cãozinho cor de areia. Peguei nele e olhei para Emment.
- É para quando o teu lobito estiver a patrulhar, tu teres alguma coisa com que te entreteres, assim podes passear com ele, dar-lhe de comida, dar-lhe banho. Ei! Mas não te esqueças de mim! Ainda temos que saltar de um avião.
- Adorei Em. Obrigada. – Abracei-o e o cãozinho começou a choramingar.
- Puff! O cão é um mal agradecido! Dei-lhe uma dona e mesmo assim não gosta de mim!
- Não te preocupes, eu vou dar-lhe boas maneiras. – Disse, contendo o riso.
- Dá-lhe, lobita. Ele bem precisa. – Resmungou mais algumas coisinhas, mas eu estava entretida com o meu novo cãozinho.
- Como lhe vais chamar? Ah?
- Em. – Ri-me.
- Muito engraçadinha, como vais chama-lo?
- Não sei. Vou pensar. – Respondi.
- Mas Em, nem é mau pensado. Assim lembraste sempre de mim. – Sorriu.
- Não te preocupes, eu nunca me esqueço de ti.
Nem que quisesse, tu não deixavas, pensei.
- Mas eu quero Em! – Começou a fazer birra.
- Fica Em, então…
- Fixe!! O teu lobito vai ver.
Pegou em mim e começou a descer rapidamente as escadas, o cãozinho ficou assustado e tentou esconder-se, o meu vampiro parou de repente e eu quase perdi o equilíbrio, ele segurou-me.
- Ó fedorento, a tua namorada deu o meu apelido ao cão. Ahahah. – Começou a gozar Seth. – Tu também querias, mas ela escolheu o meu. Ahahah.
- Que cão? – Perguntou.
Levantei o meu novo cãozinho, que tentava se esconder.
- É bonito, não é? – Perguntei-lhe.
- Muito. Como te lembraste de lhe dar um cão?
- Fácil. Estava a andar às voltas atrás de um presente e passei pela loja de animais, que me fez lembrar de ti, entrei e vi o cão. – Respondeu Emment, orgulhoso, a Seth.
- Ah… Qual é o nome dele?
- Em. – Respondi, enquanto Emment tinha um grande sorriso na cara.
- Ah… Onde ele vai ficar?
- Em minha casa. – Depois virei-me para o meu avô. – Pode? Por favor…
- Bianca, Bianca… - Começou o meu avô. – Tens que ser tu a tomar conta dele, a responsabilidade é tua.
- Eu tomarei conta dele, como se fosse meu filho. – Quil e Embry engasgaram-se.
- Então pode, mas já sabes, tu tomas conta dele.
- Obrigada. – Abracei o meu avô.
- Diz lá se aqui o teu vampiro sexy, não te conhece.
- Conheces. – Ri-me e fui ter com o meu amor.
- Que se passa, amor? – Sussurrei, quando cheguei ao seu lado.
- Nada, princesa. – Sorriu-me e beijou-me.
Olhei em redor e vi que faltava uma pessoa.
- Onde está a tua irmã?
- Não sei, desde que voltei nunca mais a vi, mas também não está aqui o Sam… - Riu-se.
- Deixa a tua irmã sossegada. – Avisei-o.
- Não disse nada, nem fiz nada…
- Amor, eu conheço-te. Estavas a pensar… É mentira?
- Não, mas não fiz nada. Estou aqui contigo, e ao que parece, com o nosso filho. – Quil e Embry voltaram a engasgar-se e correram até Seth.
- O QUÊ? - Perguntaram.
- Meninos, ele estava a falar do cão. – Respondi, suspirando.
- Ah, então desculpem lá. – Disseram e voltaram para a mesa.
- Fantástico, tenho dois de olhos em mim.
- Estás a queixar-te? Se não estiveres bem, já sabes o que tens que fazer. – Disse magoada.
- Ei, princesa! – Levou os seus dedos até ao meu queixo obrigando-me a fita-lo. – Eu nunca me queixarei disto, porque significa que te tenho, e eu aguentaria qualquer coisa, por ti. – Beijou-me.
- Meu, cuidado! – Quil e Embry avisaram-no.
- Vocês deixem-na sossegada, ela sabe cuidar de si e o Seth também sabe cuidar dela! – Repreendeu o meu avô.
- Mas…
- Nem mas nem meio mas! Vocês os dois comam e deixem-na viver!
- Desculpa. – Murmurei contra os seus lábios.
- Não peças. Eles são protectores.
- Eles exageram. Eles conhecem-te, eles sabem o que tu pensas!
- Mesmo assim continuas a ser a pequenina e a princesinha deles. – Sorriu-me.
Suspirei.
(…)
Estávamos a ir todos embora.
- Amor, quem vai patrulhar hoje?
- O Embry, Quil e Jake…
- Aí sim?
- Sim… porque?
- Por nada. Ate manhã, meu amor.
Peguei em Em, que já dormia no aconchegante sofá bege dos Cullen e fui para casa.
(…)
Já no meu quarto, peguei numa pequena colcha que já não utilizava e pu-la no chão, perto da cama, e deite lá o meu cãozinho, ainda adormecido.
Depois fui tomar banho, vesti o meu pijama e deitei-me. Peguei no meu telemóvel e mandei uma mensagem ao meu amor:
Boa noite, amor.
Amo-te muito.
Passado uns minutos, ele respondeu:
Boa noite, princesa. Cada vez amo-te mais.
Aconcheguei-me mais na minha cama, talvez na esperança de sentir o meu amor, à minha beira, nesse instante, Em começou a choramingar, levantei-me e peguei nele.
Fui até à janela e vi fugazmente um lobo, era o meu lobo. Mas ele não ia patrulhar, pelo menos foi o que me disse. Quando ele desapareceu, deitei-me na cama e coloquei o cãozinho a meu lado, cada vez fui ficando mais sonolenta.
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