Capítulo 18- Parte 1
- Estás bem?- Perguntou Quil, olhei para o relógio e era 1.30h
- Estou óptima, porque não vais dormir? Pareces cansado.
- Sim, tens razão, acho melhor.- Disse levantando-se
- Ate manhã.- Sorri-lhe
Quando estava a sair da porta, virou-se.
- Priminha estás estranhaaaaaa.
- Amanhã vou ter teste.- Menti
. Hum... Então boa sorte. Ate manhã.- Saiu desconfiado.
(...)
Olhei mais uma vez para o relógio apontava 3:15h, Seth ainda não tinha aparecido e eu estava uma pilha de nervos. Finalmente ouvi as tão esperadas pedrinhas no vidro. Fui até lá e abri-a, ele entrou.
Veio até mim e beijou-me, eu afastei-me.
- O que me queres dizer, princesa?
- Bem… Eu já te devia ter contado à mais tempo, eu sei, mas não sabia como to dizer, sem tu me perdoares.
-Princesa, estás-me a deixar preocupado.
- Eu antes de te conhecer, antes mesmo de começar a namorar com o Kevin, eu envolvi-me com outro rapaz. - Olhava fixamente para o quadro que se encontrava na parede.
- É o teu passado, princesa, não estava à espera que eu tivesse sido o teu primeiro namorado, eu já sabia do Kevin.
- Mas… O rapaz… Bem… Tu conheces-o …- Não continuei.
- Quem é? - Não respondi. - Bianca Ateara, quem é ele?
- O Jacob. - Percebi que Seth tinha começado a tremer. - Mas eu já não gosto dele… Eu e ele tínhamos uma óptima química… Mas depois eu comecei a namorar com o Kevin e nunca mais aconteceu nada, e depois eu conheci-te, e eu amo-te. - Disse gaguejando, indo ate ele.
Pensava que ele me ia afastar, mas não, em vez disso, ele abraçou-me fortemente, como se quisesse que eu nunca mais me afastasse dele, abracei-o e lágrimas brotaram dos meus olhos.
- Princesa, não chores, é o teu passado, e pelo menos contaste-me, tiveste a coragem de mo dizer. Eu não gostei de o saber, mas gostei que tenhas sido verdadeira comigo. O Jacob olha-te de uma maneira, não sei se ele te esqueceu.
- Mas o que interessa é que eu esqueci-o e que eu amo-te, muito. - Disse, procurando os seus lábios quentes.
Beijámo-nos e ele sentou-me na cama, e ajoelhou-se à minha beira.
- Porquê é que me contas-te?
- Bom, eu queria-te já ter contado à muito tempo, mas depois acontecia alguma coisa, e eu pensava que não era preciso to dizer, como é o meu passado. Mas hoje eu percebi que era melhor ser eu a contar-te. - Olhava para os seus olhos, mostravam compreensão, tristeza e felicidade, tudo junto, mas não mostravam o que eu mais temia mágoa ou desilusão.
- O que te fez mudar de opinião?
-Bem… Como tu deves ter percebido, eu hoje estive com ele. - Seth começou a ficar nervoso. - E … Pronto… Ele referiu o nosso passado e eu tive medo que ele falasse sobre isso.
- Contaste-me com medo que ele mo dissesse? - Os seus olhos naquele momento mostravam um pouco de desilusão.
- Bem… Amor… Eu… Eu ia-te contar, mas depois nunca apareceu o momento certo, e também foi por medo que não te contei… Desculpa. - Baixei o meu olhar para as nossas mãos entrelaçadas.
Ele retirou uma das suas mãos e ergueu-me o queixo para ficar à altura da sua face.
- Não fiques triste, agora podemos aproveitar a nossa relação, já não há segredos. - Sorriu-me, não respondi. - Há mais alguma coisa que me queiras dizer?
- Depende.
- Do quê? - Perguntou confuso.
- Não é um segredo, mas ninguém sabe.
- O quê?
- Amor, quando estavas no hospital, eu falei com o teu amigo.
- Com quem, princesa?
- Com o Edward Cullen, o irmão do Emment.
- Para quê? - Perguntou, enquanto acariciava a minha cara.
- Eu queria saber o que tinha acontecido ao vampiro que te atacou, o Nahuel.
- Princesa, não te preocupes com isso, eu estou bem e nada nem ninguém se voltará a meter entre nós.
Dito isto beijou-me apaixonadamente e deixei-me levar para mais uma noite inesquecível.
(…)
Acordei e ele já estava acordado olhando para mim, senti a minha cara a aquecer.
- Não me canso de olhar para ti, minha princesa, tu és tão linda. - Sorriu-me e beijou-me.
Quando ia responder, ouvi passos nas escadas, empurrei Seth para fora da cama e ele foi para baixo dela, levando consigo as suas roupas. Nesse mesmo instante, o meu avô abriu a porta.
- Já acordada, princesinha?
- Sim, não tinha sono. O que vieste aqui fazer?
- Ouvi um barulho e pensava que era daqui.
- Ah… Mas não foi daqui. - Sorri-lhe.
- Está bem. Levanta-te, eu vou acabar de preparar o teu pequeno-almoço, tenho que ir ter com o Billy. -Disse-me, enquanto vinha à minha beira e beijou-me a testa, depois saiu.
Seth saiu debaixo da cama e beijou-me, mas logo se escondeu. A porta voltou a abrir.
- Princesinha, vens almoçar a casa?
- Não, nunca venho. - Respondi ao meu avô.
- Está bem, até logo.
Saiu e sem reparar Seth já estava de pé.
- Princesa, tens que te levantar e ir para a escola.
- Vou tomar banho. - Disse, levantando-me - Queres vir? - Perguntei contra o seu peito quente.
- Adorava, mas tenho que ir para casa, tomar banho, vestir-me e vir-te buscar para te levar à escola. - Disse, sorrindo contra o meu cabelo.
Suspirei.
- Princesa, íamos ser apanhados pelo teu avô e mesmo assim não te importas? - Perguntou-me incrédulo.
- Íamos, não fomos. Mas está bem, despacha-te, vou ficar à tua espera para tomar o pequeno-almoço, não demores. - Beijei-o.
- Estarei aqui, antes mesmo de poderes sentir saudades minhas. - Voltou a juntar os nossos lábios e saiu pela janela.
Peguei nos meus produtos de higiene pessoal e na minha roupa, indo tomar banho.
Quando terminei voltei para o quarto para arranjar o cabelo e quando entrei, assustei-me.
- O que estás aqui a fazer?
- Vim dar-te os bons dias. Ai Bia, se o teu primo sabe que o Seth dormiu aqui…- Deixou a frase em suspenso.
- Não tens nada a ver com a minha vida. – Respondi-lhe.
- Oh linda, não sejas assim comigo, estava a brincar e eu pensava que era o teu melhor amigo.
- O meu melhor amigo, aquele que eu conheço não é assim, como tu estás a ser.
- Eu continuo o mesmo, só te quero proteger. - Respondeu-me.
- Não preciso que me protejam, eu sei tomar conta de mim, Jake.
- Sou o teu melhor amigo, e tu és a minha melhor amiga, é a minha obrigação.
- Como queiras, agora tenho que me acabar de arranjar.
- Posso ficar para o pequeno-almoço? – Perguntou-me com o seu sorriso travesso.
- O Seth vem tomar o pequeno-almoço…- Não acabei a frase.
- É melhor então eu ir. - Quando acabou a frases, beijou a minha bochecha, quase no canto do lábio e saiu.
O que ele queria? Arranjar-me problemas? Será que ele não percebi-a que eu amava Seth? Não me queria afastar, mas se fosse necessário lá teria que ser.
Quando estava a descer as escadas, Seth abriu a porta. Saltei para o seu colo.
- Com saudades minhas? – Perguntou sorrindo.
- Sempre. – De seguida juntei os nossos lábios.
(…)
Tínhamos tomado o pequeno-almoço e arrumamos a cozinha. Como ainda tinha muito tempo para a escola começar, pedi a Seth para me levar a dar uma volta.
- O que queres? – Perguntou.
- Não sei, queria uma coisa engraçada e ao mesmo tempo especial.
Na sua cara apareceu o sorriso maroto que tanto amava e levou-me para a floresta. Parámos bem no meio da densa floresta.
- Seth, amor, o que estamos aqui a fazer?
- Confia em mim. – Dito isto, correu para o meio das grandes árvores e passados alguns segundos apareceu o lobo de cor areia que tanto amava.
Baixou o seu focinho e mostrou os dentes, percebi que estava a sorrir e que supostamente era para subir, assim o fiz. Agarrei-me no seu curto pêlo (devido ao seu curto cabelo, não gostava de ver Seth com ele comprido), e ele começou a correr velozmente.
Saboreei o meu passeio ao máximo que consegui, até que olhei para o relógio, era quase horas da minha primeira aula.
Seth voltou para o sitio em que inicialmente estávamos e transformou-se, depois pegámos na mota e fomos para a escola.
Quando cheguei lá, saí da mota e virei-me para Seth.
- Amor gostei tanto, tanto do nosso passeio. – Abracei-o.
- Podemos repetir sempre que quiseres, princesa. – Sussurrou-me - Mas agora tens que ir para as aulas e eu tenho que ir patrulhar. – Continuou.
Fiz beicinho, mas fiz o que disse, quando estava a ir embora, Seth puxou-me e beijou-me apaixonadamente.
- Amo-te. – Disse contra os meus lábios, voltando a juntá-los.
Depois foi para a minha primeira aula, ainda com a noite anterior na cabeça e com aquele beijo de Jacob, teria que resolver as coisas.
