As mestiças - 12º capítulo 1º parte

Como prometido, a primeira parte do 12º capítulo.

Capitulo 12

Acenei com a cabeça. Comecei a sair da garagem. Agora tinha a noção que ele me seguia. Quando entrei em casa ouvi um piano a tocar. Devia de ser Edward. Rosalie e Bella estavam a arrumar as maquilhagens, Alice as roupas em cada um dos nossos quartos e Nessie estava a ajudá-la.
-Então, conta-me Sophie, – começou Seth sentando-se no sofá – como foram as compras? Divertidas?
Depois deu uma gargalhada. Acendeu a televisão e enroscou-se mais no sofá. Sentei-me ao lado dele a assistir ao jogo de basebol que estava a dar na TV.
O sono começou a chegar-me e quando dei por mim já estava num dos meus sonhos.
Estava no meio da floresta a andar sem destino nenhum. Comecei a entrar em pânico. Ouvia passos mas não sabia de onde vinham. Queria ir ao encontro deles e dizer que precisava da ajuda. Nessie apareceu-me há frente. Fui ao encontro dela, mas havia uma parede de vidro a separar-nos. Bati contra ela. Atrás dela estava toda a família. Não comecei a gostar daquilo.
-Não és bem-vinda. Desaparece! – sibilou Nessie.
Estava em pânico. Depois eles desapareceram e comecei a gritar por eles. Apareceu-me Seth à frente, voltou a dizer a mesma coisa que Nessie e desapareceu. Comecei a gritar por socorro. Não queria ficar ali, sozinha.
-Soph! – gritou uma voz distante.
-Soph, acorda! – implorou a voz. – Sophie! Sophie!
Acordei. Há minha volta estavam a Nessie, o Seth, o Jacob, a Alice, o Edward, a Bella e a Esme. Olhei para cada um daqueles rostos e comecei a chorar. Não queria perder a minha família. A minha única família. Agora eu era parte dela, mas se algum deles não me aceitasse, teria que ir embora. Não queria isso. Não agora que já me tinha afeiçoado tanto a eles.
Seth abraçou-me com um abraço de urso. Era demasiado apertado, mas confortou-me.
-Foi só um sonho. – disse enquanto me acariciava o cabelo – Já passou.
Deixei ele consolar-me e depois afastei-me dele para enxugar as lágrimas.
-Preciso de ir para o meu quarto – afirmei com a voz abafada.
Levantei-me e subi todas as escadas até chegar ao meu quarto. Quando fechei a porta deste, sentei-me com as costas apoiadas contra a porta. Recomecei a chorar. Mais valia chorar tudo agora. Deitei todas as lágrimas para fora de mim e depois fui vestir o pijama e deitar-me na cama. Jurei a mim mesma que aquele sonho nunca iria acontecer, porque todos gostavam de mim. Aquele sonho, tinham sido os meus medos a funcionar. Isso mesmo. Os meus medos, não a realidade. E como no sofá, num momento estava acordada e no outro já sonhar.