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terça-feira, 29 de dezembro de 2009

New Sun - 6º Capítulo

Olá meus queridos!
Desculpem a demora mas este Natal foi impossível.
Mas aqui está.
Capítulo 6

Estava emocionalmente e fisicamente cansada. O dia de hoje tinha sido praticamente inacreditável. Deixei a casa do avô Carlisle sem conseguir dizer mais uma palavra.

Tinha de sair dali. Era impossível encontrar as minhas respostas estando tão perto de Jacob. Apesar de saber que era necessário encontrá-las não percebia porque tinha de o fazer longe da pessoa que amava. Bem não era propriamente longe, mas eu já não conseguia estar com ele sem ser como namorada. Nada fazia sentido na minha cabeça.

Jacob ainda me seguiu, tentou falar comigo, mas afastei-o. Quando teve oportunidade não falou. Agora eu não o queria ouvir. Pode ter sido precipitado da minha parte, pois parecia que finalmente ele tinha arranjado a coragem para falar. Mas podia voltar a perdê-la e dizer-me mais coisas que eu não queria ouvir. Não agora. Por isso mandei-o embora. A dor que sentia estando junto dele sem lhe puder tocar estava a”matar-me” por dentro. A ruptura total neste momento era inevitável.

Deitei-me na cama. Finalmente este dia tinha chegado ao fim… pelo menos para mim.

A manhã estava chuvosa. A tia Alice levou-me até à escola.

“Tem um bom dia querida.”

“Obrigada tia. Ah é verdade, hoje não precisas de me vir buscar. Vou a casa do Taylor estudar, ok?”

“Ok. Se mudares de ideias é só dizeres.”

“Mudar de ideias?” questionei-lhe.

Mas ela já tinha arrancado.

Será que ela percebeu que eu estava a mentir? Pensei.

Mas na verdade se o Taylor não se importasse era mesmo isso que ia fazer. Passar o dia com ele. Faltava duas semanas para o final do ano escolar. Na escola já só se falava no baile de fim de ano. Estavam todos contentes e maravilhados com o baile. Eu também estaria se pudesse ir com o Jacob. Para mim, isso era algo que só fazia sentido ir, se ele fosse o meu par. Era com ele que eu sonhava estar nesse dia. Não conseguia imaginar outra cara no seu lugar. Mas isso agora… era praticamente impossível.

Enquanto passava, ouvia as raparigas a explicarem como iam ser os seus vestidos, quem tinham convidado para o baile, e algumas tinham estratégias para conseguirem convencer o rapaz mais giro da escola a irem com elas.

Suspirei.

Depois vi o Taylor. Estava sentado junto da sala de música e estava a ler um livro.

“Olá Taylor”.

“Oh, olá Nessie!”

“O que estás a ler?”

“Bem, é um livro de música. Nada de importante… – e guardou o livro. - Mais animada hoje?”

“Um pouco. Hum… estava a pensar… tens alguma coisa para fazer hoje depois das aulas?”

Ele ficou sério a olhar para mim. Depois de alguns segundos admirado ou talvez confuso perguntou “Nessie, hoje não vais com o Jacob?”

“Não. Eu e o Jacob terminámos.”

“Tu e o Jacob? – depois murmurou para ele muito baixinho provavelmente para eu não ouvir – então era por isso que estava tão em baixo…”

“ Nessie por mim tudo bem.” E sorriu-me docemente. “Podemos ir onde quiseres. “

“Óptimo.”

No final das aulas Taylor esperava-me junto a um carro.

“Então Nessie onde queres ir?”

“Uau! Já tens um carro?”

“Já! Bem, eu tentei dizer-te ontem mas tu nem me deixaste terminar!”

“Ah! então foi por isso que perguntas-te se eu queria companhia para casa!” sorri para ele. “Então vamos lá dar uma voltinha no teu carro!”

E sorriu-me de volta. “Visto que a chuva abrandou que tal irmos até a praia de La Push?”

“A La Push?”

“ Ah Nessie, desculpa! Esqueci-me que o teu namo… o Jacob mora lá.”

Taylor ficou tão vermelho, e estava tão atrapalhado que não consegui evitar rir! Era isso que eu adorava no Taylor. Ele era sempre tão espontâneo! Ao ver-me a rir ele riu-se também, mas ainda um pouco embaraçado.

“Bom e que tal vires conhecer a minha casa?”

“ A tua casa? Por mim tudo bem.”

Taylor também morava em Forks mas do lado oposto da casa do avô Charlie. Recordei que o avô Charlie estava a fazer uma viagem com Sue. Sorri. Em breve era possível que tivéssemos um novo casamento.

Ele continuava sem saber a verdade sobre nós. Ainda esperávamos o dia em que ele nos viesse dizer que queria saber de tudo. Foi por ele que mudámos o nosso estilo de vida e ainda não tínhamos ido embora. Apenas eu continuei a ir à escola. O avô Carlisle com a ajuda de Rose criou uma maquilhagem para fazê-lo parecer mais velho, para assim puder continuar a trabalhar no hospital. Quanto ao papá, à mamã, à Rose, ao Emmett, à Alice e ao Jasper fingiam estar a estudar/trabalhar fora da cidade e só vinham aos fins-de-semana a casa. Como os carros tinham os vidros escuros, os meus colegas nunca sabiam quem na realidade me vinha buscar ou levar. Além de que a maior parte das vezes era o Jacob que tinha esse trabalho. A mãe continuava a falar com a Ângela mas à muito que não se viam. Ângela também tinha mudado de cidade.

“Chegámos!” a voz de Taylor cortou os meus pensamentos.

Taylor vivia numa vivenda. Em redor da casa havia um enorme jardim, tinha um pequeno lago e junto ao lago um banco de jardim. As flores davam uma imensa cor e alegria ao lugar.

“Queres comer alguma coisa?” Perguntou-me.

“Não Taylor obrigada, não tenho fome. Os teus pais estão em casa?”

“Eu só vivo com a minha mãe. E não, ela ainda não está em casa. Passa a maior parte do tempo a trabalhar.”

“Ah, está bem.”

“Vamos até lá dentro?” perguntou-me amavelmente. Reparei que não se sentiu confortável ao falar na família.

Segui-o. A casa tinha um enorme hall de entrada. Do lado direito tinha a cozinha e em frente estava a sala. A primeira coisa que reparei foi que tinha um piano. Fomos até à cozinha, onde ele bebeu um copo de água e de seguida subimos até ao seu quarto.

Era um quarto médio. Tinha vários posters de bandas de música. Na realidade todo o seu quarto ilustrava música.

“Ena, tens uma guitarra! Posso?”

“Claro!” respondeu-me com um sorriso.

“Nessie?” chamou a minha atenção enquanto eu me entretinha a tocar uns acordes na guitarra.

“Sim?”

“Porque é que tu e o Jacob terminaram? Quer dizer vocês pareciam gostar tanto um do outro…”

“É. Às vezes parece que o gostar não chega.”

“Contas-me o que se passou?”

Olhei para ele. Não me apetecia ter de falar no assunto, mas via que ele queria mesmo saber. Era raro Taylor perguntar-me o que quer que fosse da minha vida. Depois de tanta amizade que ele demonstrara para comigo, contei-lhe parte do acontecido.

“Ele terminou comigo. Disse que precisava de tempo.”

Taylor chegou-se junto a mim, pegou na guitarra que eu ainda segurava e colocou-a no chão. Depois pegou-me na mão e olhou-me nos olhos.

“Bem visto que… eu sei que tu…mas…”

“Sim Taylor diz”. E sorri para ele, encorajando-o a falar.

Ele respirou fundo, sorriu e perguntou firmemente.

“Queres vir ao baile de final de ano comigo?”

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