Hoje, têm mais um capítulo da fanfic.
Capitulo 13
Nessie tinha razão. Os meus documentos falsos chegaram cinco dias depois.
Durante aqueles cinco dias diverti-me imenso. Alice ensinou-me a maquilhar e alguns truques. Ajudei-a a meter a roupa que já não usávamos em sacos para levarmos a instituições. Rosalie pintou o meu carro de um roxo escuro lindo. Quando o Sol incidia nele ou qualquer outra luz o carro brilhava. Edward ensinou-me como tocar piano. Jasper e Emmett ajudaram-me a manusear o meu escudo. Foram maravilhosos aqueles dias. Todos eram muito pacientes comigo. Os pesadelos pararam e ainda bem; significava que já não tinha medo. Vi a forma de lobo do Jacob e da Leah quando eles voltaram de La Push. Gozei tanto com Jacob por causa do seu pêlo cor de ferrugem que cheguei a achar que ele me ia atirar uma jarra há cabeça.
***
No dia seguinte iria pela primeira vez às aulas. Estava a caçar com a minha família, quando começou a nevar. Já era a segunda vez que nevava desde que chegáramos a Ontário. Eu pessoalmente adorava ver nevar; para mim era um espectáculo incrível. Voltei para ao pé de casa, visto que já tinha caçado três alces. Entrei para dentro do jardim que rodeava a casa. Sentei-me mesmo no centro do jardim a observar a neve a cair ao meu redor. O meu cabelo começou a ficar com neve e depois molhado. Deitei-me de costas e fechei os olhos. Sentia-me em paz. Ultimamente ninguém me incomodava; nem mesmo Edward que estava sempre tão atento aos meus pensamentos. Parecia que ele compreendia que precisava de espaço. Ouvi uns passos demasiado pesados para serem de vampiro. Abri os olhos e olhei em redor. Nada. Cheirei o ar e veio o odor de madeira e musgo: lobisomem. Não podia ser Leah ou Embry porque eles só voltariam de madrugada. Tinham ido a La Push visitar a família. Por isso só podia ser Seth ou Jacob. O Quil também não podia ser porque ele voltaria com o Embry e com a Leah.
Levantei-me tomando o cuidado de não fazer barulho. Rodei sobre mim mesma com os olhos muito abertos, ouvidos bem apurados e narinas dilatadas. Quando rodei sobre mim pela terceira vez senti um baque no meu ombro que me fez rebolar pela neve, acabando por parar quase ao pé do muro. Olhei para cima e vi um lobo cor de areia em cima de mim. Só podia ser Seth.
-Ei! – gritei.
Ele mostrou os dentes, mas parecia mais um sorriso. Tentei empurrá-lo mas sem sucesso. Olhei para os olhos daquele lobo que fazia quatro de mim.
-Podes sair de cima de mim, por favor?
Ele tossiu, mas saiu. Voltou para trás das árvores e quando voltou vestia os seus jeans pretos habituais. Sem camisa para o proteger do frio.
-Como é que é possível estares assim? – perguntei-lhe. – Só com jeans? Não tens frio?
-Não, porquê, tu tens?
Abriu os braços num gesto convidativo. Como sempre fazia, quando ele abria os braços, corri e abracei-o. O seu calor (apesar de não sentir frio) era muito bom. Aquecia-me a alma. Algo que agora eu não precisava, porque já não tinha medo, mas mesmo assim… era reconfortante. Ele abraçou-me de volta num abraço de urso. Estive assim uns cinco minutos e depois afastei-me. Não lhe queria dar falsas intenções. Por agora, só amigos. E era assim que o via. Como um amigo. Assustei-me com o seu rosnado. Ele nunca me tinha rosnado. Depois saltou para cima de mim, tal como tinha feito instantes antes. Deu uma gargalhada e depois deitou-se ao meu lado.
-E eu a pensar que ias usar o teu escudo contra mim – murmurou desanimado. – Adoraria ver como é que irias reagir.
-Isso nunca irá acontecer, – disse aborrecida – porque não te vejo como uma ameaça. E aliás, eu só uso o meu escudo quando preciso dele.
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