Bom Ano Novo!
Capítulo 17
Ficámos lá até o sol estar no seu auge. Depois regressámos a casa juntos. Esme estava a preparar o almoço. Seth ainda tinha trabalhos de casa para fazer, por isso ajudei-o a fazê-los até há hora de irmos almoçar. Da parte da tarde Seth ensinou-me a nadar. Fartei-me de engolir água, mas valeu a pena. Fui tomar banho e depois disso fui jogar no computador com Jasper. Ganhei-o com uma facilidade imensa. Chegou a hora de jantar e lá fui eu para a cozinha. O dia tinha-me corrido muito bem. Voltei a sentar-me ao pé de Seth. Parecia que agora era inevitável; como se ele fosse o meu Sol e eu o seu. O jantar acabou. Amanhã Embry queria ir com Leah comprar um jipe que tinha visto num site. Nessie, Jacob, Seth e eu ficámos sentados a ver televisão no sofá branco e largo. Estava a dar uma série policial americana. Ficámos acordados até bastante tarde. Alice foi ter connosco e disse-nos que da parte de manhã íamos todos para a escola com um ar aborrecido. Acenámos os quatro e começámos a rir-nos mal ela desapareceu de vista.
-Quem quer fazer directa? – perguntou Jacob.
-Eu sou o primeiro! – exclamou Seth.
-Eu alinho – afirmou Nessie.
-Contem comigo! – disse animada.
Também não era uma directa muito grande. Só umas cinco horas. Fomos para a sala de jogos e começámos a jogar monopólio. Era um jogo entediante, mas às vezes engraçado. Jacob ficou com uma fortuna enorme! Quando Nessie já não tinha mais nada para pagar as dívidas atirou o seu peão à cabeça de Jacob. Ele fingiu que estava muito magoado e que ia ficar com uma nódoa negra. Seth desatou a rir às gargalhadas. Era impossível, alguém naquela casa ficar magoado eternamente, e muito menos com uma nódoa negra. As horas passaram e eu estava mesmo a divertir-me imenso. Começou a amanhecer e fomos vestir-nos. Eu ia levar uma mini-saia de ganga clara e uma T-shirt azul escura. As minhas botas seriam azul escuras e claro de salto alto. Maquilhei-me em tons de azul escuro e parti com a minha mochila em direcção há cozinha para tomar o pequeno-almoço. Leah e Nessie ainda não estavam a tocar o pequeno almoço. Iam chegar atrasadas.
Quando chegámos há garagem já lá estava Emmett e Rosalie. Estes iriam no jipe do Emmett com Edward e Bella. Entretanto chegou Alice, seguida de Jasper e dos outros. Jasper iria levar a mota Ducati e Jacob a sua Harley. É claro que levavam Alice e Nessie atrás. Leah iria levar o seu Audi (que agora nunca o largava) com Seth, Embry e Quil. Decidi assim que iria no jipe do Emmett. Fui para jipe e partimos rumo há escola dos humanos. Quando chegámos foi o mesmo alarido dos outros dias.
Fui com Nessie para a aula de História. Quando entrei nem queria acreditar quem estava na primeira fila: Leonardo. Estanquei mesmo à porta. Nessie reparou e olhou-me ameaçadoramente. Andei para a frente e tentei tapar o rosto com o meu cabelo. Parece que aquele gesto o fez olhar para mim. Olhou-me com profundidade nos olhos. Desviei o olhar.
Mas como é que era possível, ele estar ali? Logo ali?
Sentei-me ao lado de Nessie. Ela arrancou uma folha do seu caderno e escreveu:
Quem é ele?
Escrevi por baixo muito rápido:
Leonardo. Conheci-o quando vim há vossa procura.
Ela acenou com a cabeça uma vez em jeito de compreensão. A aula começou. Desta vez, acabou depressa. Eu adorava História. Agora seguia-se Espanhol com Edward. Segui para a aula seguinte sem nunca olhar para trás. Alguém me agarrou o braço. Não como Seth ou os outros me agarravam. Era uma força demasiado leve. Era uma força humana. Virei-me para trás. Leonardo. Claro, óbvio. Ele queria ver se era mesmo eu. Olhou-me e depois acusou:
-És a rapariga que eu conheci no cais.
-O que é que estás a fazer aqui?
-O mesmo que tu: a aprender. Qual é que vai ser a tua próxima aula?
-Não tens nada a ver com isso! – exclamei dando um puxão ao braço que ele ainda me segurava. Virei-lhe costas e fui para a minha aula. Entrei e antes que Edward pudesse tentar ler o meu pensamento, construí uma parede inacessível aos meus pensamentos. Edward olhou-me incrédulo. Desisti e destruí a parede. Mais tarde ou mais cedo ele iria saber. Sentei-me ao lado dele, olhando-o de esguelha.
-Porque é que fizeste aquilo? – indagou ele.
Mostrei-lhe o que se passou com Leonardo à minutos atrás e aquele dia no cais.
-Ele pode representar um perigo? – indagou preocupado.
Abanei com a cabeça. Depois acrescentei:
-Ainda não.
-Como assim “Ainda não”? Estás há espera que ele descubra quem nós somos? Soph, isto é importante!
-Eu acho que ele ainda não sabe! – disse rapidamente.
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