Este capítulo adorei escrevê-lo mas é grande, por isso está bem dividido.
Espero que gostem.
Capítulo 16
Chegámos a casa era quase uma da manhã. A Nessie já estava a dormir tal como os lobisomens. Fui direita para a minha cama e Seth também. Já tinha apagado a luz e pronta a adormecer quando me bateram há porta.
-Falo contigo amanhã, Alice – resmunguei.
-Não é a Alice – disse a voz que estava ao pé da minha porta. – Mas posso entrar?
Era Seth.
-Claro.
Acendi a luz do candeeiro da mesa-de-cabeceira. Ele sentou-se na minha cama e encarou-me por um longo momento.
-Conta-me melhor – pediu ele. – Gostaste de conhecer todos os meus amigos? E a reserva? E o que é que te deu para saltares do penhasco? Ainda…
-Calma! Uma pergunta de cada vez.
Ele ficou há espera que dissesse alguma coisa e suspirei. Vendo que ele estava há espera das minhas respostas, comecei:
-Sim, adorei La Push porque é calma e também gostei imenso dos teus amigos lobisomens e não lobisomens. Quanto ao penhasco juro que não me lembrei e não estava a tentar suicidar-me. É tudo. Foi o melhor fim-de-semana de sempre! E obrigada mais uma vez por me teres levado lá.
Ele ficou há espera que acabasse.
-Há uma semana que já não caças. Queres ir caçar? – indagou com tom de desafio.
-Agora?
-Por que não? Estás com medo de perder?
-De perder o quê? Eu nunca perco nada.
-Uma corrida na floresta. Apetece-me.
Já não estava a gostar muito da conversa. Não era rápida como os lobisomens. De certeza que ia perder. Mas um desafio não fazia mal a ninguém, e também não tinha sono.
-Mas é uma caçada ou uma corrida?
Seth suspirou:
-Vou-te deixar caçar primeiro. Tens 10 minutos a partir de agora para te vestires e caçares alguma coisa. Eu espero lá fora.
Saltei da cama, fui ao roupeiro e tirei de lá umas calças de fato de treino azul escuras com uma risca branca de cada lado. Das gavetas tirei uma T-shirt branca e um pulôver cor-de-rosa. Pronta!
Desci as escadas em dois milésimos de segundo e fui em direcção há floresta caçar. Havia um veado por perto e cacei-o. Voltei ao jardim e o lobo já estava a trotar no jardim divertido.
-É um desafio, certo? Então alguém tem que sofrer as consequências. Tu, portanto – o lobo cor de areia revirou os olhos. – Por isso eu quero que me deixes maquilhar-te quando fores para a escola. Um, dois,… TRÊS!
Desatei a correr para a floresta. Qual é que seria o limite? Não queria saber. Talvez pudesse ser a Baía de Hudson.
-Baía de Hudson, Seth? – perguntei para o ar, mas sabia que ele estava ao meu lado. Eu estava a dar o meu melhor e ele nem por isso. Correr era uma coisa que ele fazia com naturalidade. Tinha que acelerar mais, mas eu já estava no meu máximo. Ouvi ele a acelerar mais e percebi isso como um sim. Eu tinha que correr mais rápido. Muito mais rápido do que ele para poder ganhar. Comecei a avistar água há minha frente. Estava quase a chegar. Ele acelerou ainda mais e ficou a uma distância muito maior de mim. O jogo já estava perdido. Comecei a abrandar aceitando a derrota.
Quando cheguei há baía ele estava na forma humana.
-Eu ganhei! Tu perdeste!
Começou a rir. Não me ri com ele porque estava furiosa. Eu tinha perdido. Agora ia levar um castigo. Que seca!
-Qual é que vai ser o meu castigo?
Seth aproximou-se mim com um ar sério. Não gostei daquilo. Não gostava quando ele ficava sério. Não me descansava. Levantou a palma da mão em gesto de convite. Agarrei a mão dele e depois aconteceu tudo depressa. Ele puxou-me para si com extrema violência e beijou-me.
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