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domingo, 20 de dezembro de 2009

As mestiças - 15º capítulo 1º parte

Este capítulo (e os próximos) são bastante grandes (sete páginas A4), por isso, vou ter que os dividir em muitas partes, mas, postarei todos os dias uma parte.
Espero que gostem!

Capítulo 15

Íamos levar o Porshe do Seth. Partimos de manhã, ainda de madrugada para chegarmos lá doze horas depois. Seth foi o caminho todo a conduzir e eu a dormir. A viagem não me interessava muito. Estava desejosa de chegar a La Push, conhecer o Sam, o Paul e o Jared. Conhecer a mãe do Seth. Eles davam-se muito bem.
Senti o carro a abrandar e abri os olhos. Haviam casas dos dois lados da estrada. Eram praticamente todas de madeira. Seth parou pouco tempo depois á frente de uma casa amarelo pêssego com um alpendre de madeira. Levou a minha mala e a mala dele. Saí do carro dando um salto para fora deste sem abrir a porta. Estava desejosa de fazer isto e comecei a rir-me. Seth também se riu comigo.
-Tu estavas desejosa de fazer isso! – exclamou.
Encolhi os ombros e voltei-me a rir. Segui-o até chegarmos à porta. Alguém abriu a porta e pôs os braços há volta do pescoço de Seth. Depois de o abraçar deu muitos beijos em toda a cara.
-Mãe, pára com isso! – disse Seth afastando-se.
Tive a oportunidade de olhar pela primeira vez para a senhora Clearwater. A Leah saía mesmo a ela. E o Seth também. Ele tinha os olhos da mãe. Ela abriu os braços e dei-lhe um abraço.
-Prazer em conhecer-te Sophie – disse Sue. - Entrem!
A casa era pequena e modesta. Não era como os casarões dos Cullen ou a casa da minha mãe na Rússia.
-Vais ficar no quarto da Leah – disse a senhora Clearwater.
Olhei para ela em gesto de agradecimento.
-Não querem comer nada?
Seth abanou a cabeça e olhou para mim. Também não tinha fome. Fiz o mesmo que Seth.
-Vou apresentar-lhe ao Sam e aos outros – informou Seth. – Sabes onde é que eles estão, mãe?
-Talvez na casa do Sam. A Emily adoeceu.
Seth acenou uma vez com a cabeça. Olhou para mim e disse para eu o seguir. Despedi-me da senhora Clearwater e segui-o.
A reserva era calma. Seth levou-me à First Beach. Nunca tinha visto uma praia. Apenas cais, onde os barcos atracavam. Estivemos a andar um bocado e depois sentámo-nos na areia.
-Porque é que não vamos a casa do Sam? – perguntei-lhe.
-Queria avisar-te primeiro de uma coisa.
-Diz – incentivei-o.
-Não olhes muito para a Emily, está bem? O Sam… não gosta muito, sente-se culpado por aquilo que lhe aconteceu.
-O que é que aconteceu?
-A Emily estava muito perto e… acabou por… o Sam magoou-a, feriu-a… A Emily tem uma cicatriz enorme na cara, por isso, não te foques muito nela, está bem? O Sam fica sempre muito nervoso.
-Mas posso olhar para ela, certo? – perguntei-lhe confusa.
Ele riu-se da minha pergunta e disse:
-É claro que podes. Não te fixes é muito nela.
Acenei com a cabeça. Encostei-me ao seu ombro apreciando o momento. O Sol batia nas ondas, fazendo-as brilhar. O som da água a bater na areia era relaxante. Fechei os olhos e ouvi o som das ondas. Ao longe havia uma águia que estava a rondar. Os animais na floresta… La Push foi decididamente uma boa escolha. Enfiar-me num centro comercial com Alice e Nessie não era definitivamente uma boa escolha. Bah! Uma péssima escolha para aquela semana de aulas. Respirei fundo, pensando no que aquelas pessoas tinham dito sobre a minha família mas afastei-o imediatamente. Prometi a mim mesma que não iria pensar naquelas coisas durante o fim-de-semana. Não queria estragar aquele tempo precioso, porque na segunda estaria outra vez naquele sitio cheio de egoístas. Deitei-me na areia. Fechei os olhos com força tentando pensar em coisas boas. Não devia ser tão difícil, mas foi. Aqueles comentários não me saiam da cabeça. Mas porquê que eu fui logo pensar nisso? Porquê?
-O que foi? – perguntou Seth.
-Nada.
-Eu não estava só a falar de agora – disse ele. – Ultimamente, especialmente desde sexta que andas assim. O que é que se passa?
Abri os olhos. Ele estava sentado, olhando para mim por cima do ombro. Sentei-me e decidi que não valia a pena esconder coisas dele. Ele era meu amigo e preocupava-se comigo.

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