Como prometido vou publicar 2 capítulos.
Espero que gostem.
Boa Leitura e comentem, a Chloe agradece.
Capítulo 4
“Rose o que é que vão falar com o Jacob?”
Rosalie tranquilamente, olhou-me e disse:
“Não foi nada bom o que fizeste. O teu pai… bem ele já estava a tentar aceitar o vosso namoro e agora já não sei o que te diga.”
Estava prestes a chorar de novo.
“Rose não percebo porquê tudo isto agora… quis vê-lo, pronto… não avisei fiz mal. Concordo. Mas era preciso o meu pai reagir assim? Só o fiz aquilo porque amo realmente o Jacob. Amo-o tanto. E não tens noção como tinha saudades de o ver…”
“Eu sei querida mas devias ter mais calma. É difícil para os teus pais aceitarem que já és uma mulher. Porque apenas passaram 6 anos desde que nasceste. Infelizmente eles não te imaginam como uma jovem adulta. Crescente demasiado rápido para eles. Mas sei que o teu pai sabe que o Jacob é ideal para ti, mas dá-lhe tempo para se mentalizar. Sabes os pensamentos do Jacob também não ajudam… fugir contigo? Onde é que ele tinha a cabeça?! E não me leves a mal, mas eu também acho que tu e o Jacob deviam dar um tempo. Devias aproveitar melhor a tua infância. Ter a certeza se é ele quem realmente queres…”
“Não Rose, tu também não por favor…” já não aguentava mais. Não queria voltar a chorar. Abri a porta do carro e saí.
“Nessie, espera eu...” ainda ouvi Rosalie dizer. Mas não me voltei.
Entrei a correr na escola. Não conseguia, não queria ouvir mais nada.
Sentei-me num banquinho junto ao campo de futebol. Ainda faltavam alguns minutos para tocar. Tinha de me recompor até lá. Voltei a imaginar a cena de há pouco. Sinceramente não estava nada arrependida do que fiz. Mais um dia afastada do Jacob, e podia ter cometido uma loucura pior. Pensei no que o pai tinha dito e que a Rose voltara a referir, “ele quer fugir contigo…” fechei os olhos com força e coloquei as mãos à frente da cara. Se era a única forma de ficar com Jacob então iria com ele. Eu fugiria com ele. Por muito que isso me custasse. Por muito que custasse afastar-me das pessoas que mais amava.
“Nessie?” Alguém interrompeu-o os meus pensamentos. Tirei a mãos da frente da cara e abri os olhos. “Taylor...” não conseguia falar. Abracei-o à procura de algum consolo e compreensão.
“Nessie! Queres-me contar o que se passa?”
Abanei a cabeça em sinal de negação.
Ele suspirou e continuou simplesmente a abraçar-me. Era isso que mais gostava no Taylor. Nunca insistia quando eu não queria falar nem fazia perguntas. Ficava ao meu lado, ou a falar de algo que me fizesse rir, ou cantarolava muito baixinho a canção que cantou para mim no primeiro dia de aulas. A sua voz acalmava-me e ele sabia isso. Taylor era sem dúvida o meu melhor amigo, (depois do meu Jacob claro!) tinha cabelo escuro quase preto, um pouco espetado e desalinhado. Tinha uns maravilhosos olhos verdes. A sua pele era clara e era alto. Tinha um corpo bem definido e um bonito sorriso. Mas o que mais me encantava nele, não era a sua beleza mas a sua presença de espírito. Estava sempre animado e fazia-me constantemente rir.
Depois adorava música tal como eu. E havia uma coisa, que nunca tinha dito a ninguém e muito menos pensado em frente do meu pai. O cheiro dele. O cheiro do sangue dele, era muito agradável. Em geral, todos cheiravam bem para mim, principalmente o meu Jacob, mas o cheiro do Taylor de alguma forma também era especial. Por vezes demasiado agradável. Mas, nem me passava pela cabeça morde-lo, nem sequer pensava nisso, até porque o meu pensamento estava sempre em Jacob.
O toque da campainha soou, afastando os meus pensamentos. “Nessie sentes-te melhor para ir para aula? Se preferires podemos ficar aqui.”
“Não Tay. Vamos para aula. Obrigada mais uma vez.” Sentia-me ligeiramente melhor e esforcei-me para lhe dar o meu melhor sorriso.
A manhã parecia que não tinha fim. Até a aula de educação física que eu tanto gostava, estava a demorar a passar.
Só tenho de esperar mais uma hora. Depois já posso ir para casa. Mais um pouco de paciência. Pensei para mim.
Finalmente soou a campainha. Finalmente ia para casa.
“Nessie?” Taylor estava na porta da minha sala, á minha espera. sorriu abertamente quando me viu sair. Retribui-lhe o sorriso.
“Sim, diz.”
“O Jacob vem buscar-te, hoje?”
“Bem acho que hoje não.” E ao ouvir o nome dele senti-me triste. Mas evitei mostrá-lo a frente de Taylor. Não queria que ele ficasse novamente preocupado.
“Bem se quiseres faço-te companhia para casa. Eu tenho…” interrompi-o.
“Desculpa Tay, mas hoje não é bom dia para isso. Talvez para uma próxima. Desculpa.”
“Oh Nessie não tens que me pedir desculpa. Tudo bem, fica para uma próxima vez.” Voltou a dar-me o sorriso que eu tanto gostava. Beijou-me a face e foi embora.
Respirei fundo.
Alice esperava-me no seu Porshe 911 turbo amarelo. Tive dificuldades em entrar no carro, estava rodeado de miúdos que tiravam fotografias com os telemóveis, enquanto que os miúdos mais tímidos, cochichavam entre si. Por ser como sou, conseguia ouvir os seus “uaus!” ou então as frases típicas como “mas que bomba”, “olha-me para este carrão, quem me dera ter um carro destes”. Ignorei-os e lá consegui passar.
Entrei no carro de olhos baixos. Alice arrancou, não se importando nada da atenção que tinha. Não tive coragem de dizer o que quer que fosse. Só queria ver Jacob. Queria ter a certeza que ele estava bem.
A Alice quebrou o silêncio.
“Então Nessie como correu a manhã?”
Olhei para ela incrédula. Como é que ela era capaz de falar da escola numa situação destas? Inacreditável.
Não lhe respondi á pergunta e em vez disso ataquei-a com outras perguntas.
“Como está o Jacob? O que lhe disseram?” Porque é que não pudemos estar juntos?”
Ela suspirou. “Nessie, nós gostamos muito de ti. O teu pai e a tua mãe querem muito ver-te feliz…”
“Sabes como eu vou ser feliz? Interrompia-a. - Com o Jacob! É ele que eu quero! Só com ele posso ser feliz.” Gritei-lhe já com as lágrimas a escorrem-me na cara.
Ela não respondeu, e eu continuei.
“Porque é que é tão difícil aceitar isto? Ele sempre esteve connosco. Ele sempre tomou conta de mim. Sempre me protegeu. Sempre fez parte da minha vida. Porquê isto agora? Porque é que me afastam dele só porque namoramos? Quando me tratava como uma irmã mais nova ninguém o impediu. Sempre foi bem recebido e nunca houve qualquer problema. Porquê, porquê? Porquê agora?” as lágrimas corriam cada vez mais pela minha face.
Lá estava a dor no peito outra vez.
Alice parou o carro. Abraçou-me e disse.
“Nessie, sei que é impossível afastar-vos. Estou do teu lado miúda! Vou ajudar-te.”
“Tia!” sorri. Muito obrigada! Nem sei como te agradecer.”
“Enxuga essas lágrimas. O que vem a seguir não vai ser fácil. Tens de ter força. E não te esqueças, estou do teu lado. Vou ajudar-te, aconteça o que acontecer. Mas tens de ser forte.”
“Tia… viste alguma coisa de como vai correr a conversa?”
“Não querida… não consigo ver o vosso futuro…” pareceu-me que ia acrescentar mais alguma coisa, mas acabou apenas por sorrir.
Saímos do carro. Respirei fundo. Finalmente ia saber qual era conversa que todos tinham tido na minha ausência.
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