Dá-nos a tua opinião sobre o filme Amanhecer-Parte 1 AQUI.

sábado, 2 de janeiro de 2010

As mestiças - 17º capítulo 2º parte

Não se esqueçam de enviar uma capa para a minha fanfic, feita por vocês. O concurso só termina dia 30 de Janeiro.


O professor entrou e nós calámo-nos. Ele passou a aula inteira a olhar para mim pelo canto do olho. Tentei prestar atenção há matéria, mas era inútil. Aquele olhar incomodava-me. “És capaz de parar com isso?”, pensei. Ele desviou o olhar mas não por muito tempo. Era mesmo chato! Chato, chato, chato! Finalmente tocou. Saímos os dois da aula ao mesmo. Quando nos dirigimos aos carros tive a sensação que estava a ser seguida. Edward acenou com a cabeça num movimento que os humanos não conseguiriam detectar. Até apostava quem era. Leonardo. Olhei para os carros onde a minha família nos esperava. Seth estava a fulminar Leonardo. Edward estava tenso. Não devia ser coisa boa. Comecei também a ficar tensa e acelerei o passo. Finalmente cheguei perto de Seth, o meu porto de abrigo, melhor amigo e principalmente meu namorado. Para ninguém ter dúvidas disso lá na escola, beijei-o. Um coração parou de bater atrás de mim. De seguida acelerou como uma mota.
-Sophie – chamou Leonardo. – Preciso de falar contigo.
Olhei para Seth em pedido de socorro. Emmett veio para o meu lado direito e Seth desviou-se para o meu lado esquerdo. Jasper tentava respirar fundo. A tensão que se sentia não devia de ser fácil para ele. Inspirei lentamente e virei-me. Ele estava a três metros de mim. Quando me viu o rosto o seu coração acelerou ainda mais. Jasper cortou a respiração. Leah tinha as mãos a tremer como varas verdes.
-Entra – assobiei para ela. Leonardo não ouviu porque falei demasiado baixo para ele.
-Nós não temos nada para falar – disse-lhe com a voz firme.
-Temos, sim – insistiu ele dando um passo em frente.
Seth começou a tremer. Oh, não, mais um não. Leonardo deu mais um passo na minha direcção e eu recuei. Seth meteu-se à minha frente.
-Deixa-a em paz – sibilou ele.
-Porquê? Vais bater-me? – provocou Leonardo.
-Chega! – gritei ladeando Seth. - Chega, Leonardo! Não provoques o meu namorado, porque assim também me provocas! E eu juro que não respondo por mim!
Falei num tom tão rude que ele deu um passo atrás.
-Esta é mesmo a tua família?
-O que é que tens a ver com isso? – perguntei-lhe – Não tens nada a haver comigo, percebeste? Nada!
-Por acaso até tenho, lembras-te? – recordou-me ele – Fui eu que te entreguei aquela jóia, lembras-te? Eu! Não te lembras do que aconteceu entre nós, pois não? Então eu vou recordar-te como…
-Pára! – gritei-lhe – Pára de me fazeres sentir mal, porque não vais! Não aconteceu nada entre nós e não vais acontecer!
-Pensei que…
-Pensaste mal – disse-lhe. – Vamos, pessoal.
Entrámos nos carros em cinco segundos e saímos logo dali. Quando entrei no carro comecei a tremer como Leah, momentos antes. Precisava de Seth e urgentemente. Finalmente chegámos à garagem. Ninguém tinha dito nada. Alice foi buscar as chaves do seu Porshe e avisou:
-Vou sair. Preciso de ir buscar uma coisa. Até já!
Saiu com o seu carro mal entrou nele. Saíram todos um a um, deixando-me para trás, assim como Seth. Ele estava encostado ao Audi ainda a tremer. Aproximei-me dele cautelosamente. Não o queria assustar.
-Seth, – chamei-o – não aconteceu nada entre mim e aquele rapaz. Nada.
Ele olhava o chão e estava a respirar fundo.
-Se calhar é melhor transformares-te – disse-lhe. – Pelo menos não te custa tanto e não tens que me aturar.
Finalmente ele olhou-me. Senti-me culpada por aquele olhar. Estava triste e doloroso.
-Não Seth! Por favor, não olhes assim para mim! Por favor, não me faças isso! Não!
Caí de joelhos. Já não aguentava o meu peso. Estava em pânico. Primeiro, Leonardo aparece na escola e agora, ele olha-me daquela maneira. Não era possível aquilo estar a acontecer. Tinha medo de o perder. Sabia que não iria aguentar a sua perda. Seria uma ferida aberta que nunca mais iria sarar. Sabia disso. Não iria suportar aquela dor.
-Soph! – chamou-me, também ajoelhando-se à minha frente.
Não conseguia falar. Não me conseguia mexer. Não conseguia mexer um músculo sequer. Tinha ficado petrificada ali. Ele levantou-me e levou-me ao colo para casa. Sentou-me no sofá, com os seus olhos a reflectirem o meu rosto. Estava mesmo em pânico.
-Jasper! Nessie! Edward! – gritou ele.
Uma onda de calma passou por mim. Alguém me tocou no braço e mostrou-me Seth mais novo. Entre essas recordações, aparecia uma clareira onde o sol reflectia o orvalho da relva. Comecei a conseguir mover os meus músculos pouco a pouco. Consegui esticar-me no sofá e encostei-me há almofada mais próxima que havia. Mas não era aquilo que eu queria.

Sem comentários: