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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

As mestiças - 18º capítulo 2º parte

E mais uma parte deste capítulo.
Não se esqueçam que o concurso termina no dia 30 de Janeiro. Por isso, se quiserem enviar o vosso fanart sobre a fanfic, mandem para o mail ana.teresa.barreiros@gmail.com

-Sonho agitado, não? – perguntei-lhe divertida.
Ele olhou para mim confuso. Parecia que não estava à espera que estivesse ali. O seu rosto abriu-se num sorriso e fiquei mais aliviada.
-Foi só um sonho – disse ele.
Sentou-se e chegou-se mais para mim, enrolando os seus braços há volta da minha cintura. Meteu o queixo em cima do meu ombro e suspirou.
-O que foi?
-Sonhei contigo – murmurou ele. – Sonhei que te tinhas ido embora com aquele… Leonardo.
A última palavra saiu-lhe como um rosnado e ri-me. Ele estava a ter ciúmes! E ainda por cima de um humano sem imaginação nenhuma.
-Sabes que isso nunca irá acontecer – assegurei-lhe. – Primeiro, não vou lado nenhum sem ti, e segundo, só mesmo nos teus sonhos é que iria com aquele humano!
-Eu sei. É por causa disso que foi só um sonho.
Ele não pareceu muito convencido, mas não liguei. Era normal ele ter medo de me perder. Eu também tinha. Ele respirou fundo e depois deu-me um beijo no pescoço.
-Porque é que tens que cheirar tão bem? Deixas-me louco – rosnou ele.
Dei uma gargalhada e depois respondi:
-Não tenho a culpa. Em parte é por eu ser meia vampira. Os vampiros cheiram bem.
Ele enrugou o nariz e depois fungou.
-Eu sei, talvez para ti seja difícil, mas eles cheiram bem para os humanos.
-É um cheiro que queima as narinas por ser demasiado doce – resmungou ele abanando a cabeça.
Deixámo-nos ali ficar por um tempo em silêncio até que ele o cortou:
-A propósito, hoje estás muito bonita.
-Obrigada. Sabes, estive a pensar em irmos jantar hoje fora, o que achas?
-Por mim, tudo bem. Escolhes tu o restaurante – concordou encolhendo os ombros.
Deitou-se para trás e levou-me consigo. Respirou fundo e depois o seu coração começou a acelerar.
-Queres dizer-me alguma coisa? – questionei-o.
-Amo-te.
-Tens a certeza que é só isso?
A conversa estava a ficar estranha, mas ele queria-me dizer mais qualquer coisa e eu tinha que saber o que era. Ele não falou, mas voltou a respirar fundo muitas vezes e o seu coração começou a acelerar cada vez mais.
-Fala! – incentivei-o.
Ele não falou. Comecei a ficar preocupada. Virei-me agilmente de maneira a encarar o seu rosto.
-Seth!
Ele rolou e fiquei por baixo dele. O seu olhar tinha chamas e fiquei assustada. A única vez que o tinha visto assim tinha acabado numa discussão.
-Seth, – murmurei com a voz a falhar – o que se passa? O que foi? Diz-me!
Beijou-me com demasiada violência e este beijo era rude. Ele queria dizer-me qualquer coisa e estava a tentar arranjar coragem. Bati-lhe na cabeça levemente.
-Au! – queixou-se ele.
-Pára com isso! O que é que me queres dizer?
Ele fixou-me irado. Voltou-me a beijar com violência e desta vez não correspondi ao seu beijo. Fiquei parada sem mover um músculo. Ele parou e suspirou. Depois rendeu-se:
-Tens razão. Tenho uma coisa para te dizer.
Rolou para o lado e fixou o tecto. Ficou assim um tempo e depois disse:
-Preciso que me digas umas coisas. Eu sei que podem ser só inseguranças minhas mas… eu tenho que confirmar.
-Claro, Seth.
O que é que ele queria que eu garantisse? Fiquei apreensiva á espera que ele dissesse alguma coisa. Assim aconteceu:
-Tu gostas de mim? Amas-me como eu te amo?
-Amo-te mais do que tu a mim, tenho a certeza – respondi-lhe.
-Isso é um bocado difícil, mas tudo bem.
Ele hesitou, percebi isso. A pergunta devia ser difícil e devia ser sobre Leonardo. Acertei mesmo.
-Eras capaz de amar o Leonardo como me amas a mim?
-Não.
Nem sequer tinha pensado na resposta. Mas todas as minhas células diziam que o amava demasiado. Mesmo que vivesse dois mil anos nunca iria encontrar ninguém como ele. Nunca iria amar alguém como o amo. Nunca.
-Tens mesmo a certeza disso?
-Seth, que pergunta é essa? É claro que tenho! Nunca iria amar ninguém como te amo a ti!
-Eu sei – murmurou ele. – Desculpa, devia confiar mais em ti.
-Pois devias! Eu confio em ti, por isso, queria que também confiasses em mim!
-Desculpa – pediu-me mais uma vez.
-Tudo bem Seth.
-Então, o que queres fazer hoje há tarde?
-Tens um fato para irmos comer logo há noite?
-Posso pedir ao Emmett que me empreste um dos dele – resolveu.
-Nem pensar! – exclamei sentando-me – Vais ás compras comigo! Vamos comprar algumas coisas para ti.
-Não quero! – exclamou ele como uma criança pequena.
-Não há negociações.

***
Lá fomos os dois às compras. Ele comprou uns sapatos pretos envernizados, um fato de gala preto e uma camisa branca. Depois voltámos a casa porque Alice tinha lá gravatas, por isso, não seria necessário.
Pedi a Alice para me ajudar a arranjar o cabelo e a maquilhagem. Pedi-lhe a opinião sobre o vestido e ela disse que era perfeito. Vesti-me e calcei as sandálias pretas envernizadas que Alice me tinha emprestado. Ela maquilhou-me em tons de rosa pastel e enfiou-me uns brincos da mesma cor pequenos. O cabelo estava todo apanhado com madeixas encaracoladas a saírem do penteado. Meteu-me laca e levou-me há sala. Quando desci nem queria acreditar: estavam todos com fatos de gala, mas Seth não estava lá. Porquê? O que é que aconteceu? E porque é que eles estavam vestidos assim? Será que pensaram que o convite também se estendia a eles? Era óbvio que não. Olhei para cada um daqueles rostos atentamente. Leah, Embry e Quil também não estavam no quadro de família, mas era óbvio. Tinham tido coisas a fazer em La Push, excepto Leah, mas ela agora estava em forma de lobo (era a única maneira de ela lidar melhor com as emoções).
-Desce lá o noivo! – riu Alice ainda me agarrando o braço. Olhei para ela estupefacta. Ele não era o meu noivo. Ainda. Sorri só de pensar nisso. Eu e Seth no altar prontos a casar. Eu com um vestido branco. Que imagem tão… horrorosa. Nunca quis casar na vida e também não me apetecia.

1 comentário:

XanaLautner disse...

Amo a tua FanFic, tou viciada *.*
Quero mais e mais!
Beijos